Apreciações Musicais - ESC 2021: Moldávia

Natalia Gordienko - "Sugar"

INSTRUMENTAL

Daniel Fidalgo: Por vezes uma “Sugar” é tudo aquilo que precisamos para levantar o espírito! Uma canção completamente despretensiosa, extremamente agradável a nível sonoro e com uma temática acessível a todos. Na Eurovisão deve haver espaço para todo o tipo de produções, desde as mais conceituais e obscuras, até às mais dançantes e radiofónicas. “Sugar” é a receita perfeita que combina elementos da música comercial com sonoridades pop da Europa de Leste. É o chamado pop perfection!

Jessica Mendes: O que eu deduzo destes três minutos é que foram compostas duas músicas e, como não sabiam qual escolher, meteram um bocadinho das duas aqui e ali. A transição dos versos para o refrão (que é incrível porque nem sequer é cantado) é absolutamente medonha.

João Vermelho: Não desgosto do instrumental, principalmente no refrão, é um pop característico do leste e acho o moderno, mas há algo que para mim não funciona.

Neuza Ferreira: “SUGAR” é divertida e dá 10-0 à canção do ano passado. Nota-se perfeitamente que é uma canção da Dream Team e a qualidade, embora que um pouco plástica, é inegável. Isto parece uma espécie de estilo Britney Spears, mas adaptado a 2021.

Pedro Lopes: Acho que, chegados aqui, já perceberam minimamente os estilos musicais que mais gosto, os que mesmo não gostando, tolero, e aqueles em que não faço muito esforço para tal. Aqui, a opção que prevalece é a última. Sobretudo por achar que não há grande coisa a apreciar no meio desta agitação toda. Entendo quem aprecie o tema, mas há tão melhor por aí…

Tiago Lopes: Que mudança do ano passado para este! A Moldávia a trazer, talvez, a sua música mais comercial de sempre. SUGAR é muito eurovisão e vai-se dar bem.

VOZ

Daniel Fidalgo: A voz de Natalia está tecnicamente abaixo da concorrência. Se isso prejudica o resultado da canção? De todo!  A diva não é uma Powerhouse, mas tem algo que a maioria não tem: noção de performance. 

Jessica Mendes: Natalia é uma das piores interpretes deste ano (senão mesmo a pior) e, se a isso juntarmos dança, será ainda pior. Das duas uma: ou há desgraça, ou arranjam alguém para cantar por ela. 

João Vermelho: Não acho que o problema desta canção seja a voz da Natalia, acho que ela irá entregar o necessário ao vivo.

Neuza Ferreira: Neste aspeto, não evoluiu muito face ao ano passado. Voz decente, mas nada de especial. A Natalia é competente.

Pedro Lopes: Só estou à espera para estar totalmente confortável, pronto para assistir ao momento em que a Natalia tiver que cantar este tema VERDADEIRAMENTE vivo, em pleno palco da Eurovisão (desculpem o Caps Lock). Portanto, cantar no correto sentido do termo, possivelmente carregada de nervos, e ao mesmo tempo que não se pode esquecer de dançar ou fazer piruetas. Vai correr tão, mas tão bem! Can’t wait!

Tiago Lopes: SUGAR vai ser um arraso em palco, mas estará Natalia preparada para dançar e cantar ao mesmo tempo? Vou ficar à espera.

LETRA

Daniel Fidalgo: A letra vai de encontro à despretensão do tema. Não é um poema que se pretende, mas sim algo de fácil memorização que dê para berrar nas discotecas. 

Jessica Mendes: É péssima, mas não esperávamos outra coisa.

João Vermelho: Acho a letra bem fraquinha, e não sou muito fã do refrão, quer dizer nem há bem letra no refrão…

Neuza Ferreira: Genérica e a apelativa, pois facilmente fica na cabeça, principalmente o refrão.

Pedro Lopes: Banal, sem dizer grande coisa de relevante. Mas assim até encaixa na perfeição no estilo musical apresentado. Imaginem este plástico todo, com a Natalia num pensamento filosófico estilo “o que é ser ou não ser, eis a questão”. Ainda iam dizer que a senhora andava a consumir açúcar a mais, que lhe danificava as tentativas de pensamento racional!

Tiago Lopes: Fico sempre surpreendido como é que fazem letras tão básicas, mas tão boas. SUGAR foi feita para resultar neste instrumental, ainda assim não creio que as atenções estejam para aqui viradas.

EUROVISÃO MINHA, QUE FUTURO SE AVIZINHA:

Daniel Fidalgo: Preciso disto na final e espero que termine numa excelente posição.

Jessica Mendes: Há muitas músicas do género nesta semifinal e não acredito que passem todas. A minha aposta para ficar na semifinal é a Moldávia.

João Vermelho: Acredito que vá passar à final, acredito que vão fazer um bom staging e consigo ver o público a votar nisto.

Neuza Ferreira: Passa à final, sem dúvidas.

Pedro Lopes: Parece que dei um bocadinho de hate nesta apreciação, mas não. Mesmo assim, se for preciso, o karma que referi da outra vez ainda cai é em cima de mim. No entanto, mantenho a minha fixa ideia de que não há espaço para a Moldávia na final!

Tiago Lopes: Passa à final.

PONTUAÇÃO FINAL

Daniel Fidalgo: 12 pontos

 

Jessica Mendes: 3 pontos

João Vermelho: 2 pontos

 

Neuza Ferreira: 6 pontos

Pedro Lopes: 3 pontos

Tiago Lopes: 8 pontos

34 pontos

ESTA MÚSICA NUMA SÓ EXPRESSÃO...

Daniel Fidalgo: Se a Natalia não arrancar o maxilar a alguém durante a atuação, olhem… nem vale a pena. 

Jessica Mendes: E pensar que, se a final nacional do ano passado não tivesse disso manipulada, podíamos ter tido duas músicas do Pasha Parfeny.

João Vermelho: Eu até gosto de açúcar, mas quando é demais fica enjoativo. 

Neuza Ferreira: Impróprio para diabéticos.

Pedro Lopes: Eu já andava a cortar no consumo de açúcar. Faço o meu agradecimento a esta canção por ter sido mais um impulso a isso!

Tiago Lopes: Eu vou precisar de uma pica de insulina. 

CLASSIFICAÇÃO GERAL

1.º Lituânia - 59 pontos; 2.º Islândia - 53 pontos; 3.º Roménia - 48 pontos; 4.º Suécia - 46 pontos; 5.º Azerbaijão - 45 pontos; 6.º Bélgica - 45 pontos; 7.º Chipre - 44 pontos; 8.º Austrália - 43 pontos; 9.º Irlanda - 43 pontos; 10.º Noruega - 42 pontos; 11.º Croácia - 41 pontos; 12.º Malta - 41 pontos; 13.º Rússia - 40 pontos; 14.º Grécia - 38 pontos; 15.º Ucrânia - 37 pontos; 16.º Israel - 35 pontos; 17.º Moldávia - 34 pontos; 18.º Áustria - 34 pontos; 19.º Eslovénia - 33 pontos; 20.º Estónia - 30 pontos; 21.º Macedónia do Norte - 13 pontos.

Vídeo: Eurovision Song Contest