Apreciações Musicais - ESC 2021: Suécia

Tusse - "Voices"

INSTRUMENTAL

Daniel Fidalgo: Uma produção pop moderna, à semelhança das apostas suecas anteriores. Acho o instrumental um pouco vazio e repetitivo, sentido falta de algo mais arrojado e cativante. O keychange não serve de muito à canção, visto que só é aplicado para que o ouvinte não se desligue do tema, antes dela terminar. Proposta razoável. 

Jessica Mendes: É capaz de ser das poucas músicas da Suécia de que eu até gosto. O instrumental é 100% sueco, claro, mas tem qualquer coisa que o diferencia das outras músicas do Melodifestivalen.

João Vermelho: A melodia é excelente e o instrumental é bem produzido, não traz nada de novo.

Neuza Ferreira: A abertura conquistou-me, mas depois, com o desenvolvimento, fiquei uma bocadinho desiludida. É um bom instrumental, mas estava à espera de uma evolução mais “wow” e isso não aconteceu.

Pedro Lopes: O início do instrumental em nada diz naquilo que a música se vai transformar. Sinceramente, apesar de apreciar muito esta componente da canção, acho que é uma receita já muito conhecida, e antes utilizada, inclusive nesta competição. Aqui, resulta (e muito bem) pela forma como se encaixa nos vocais apresentados. Contudo, claro que são ritmos efusivos, memoráveis, e facilmente podemos andar por aí a trautear a música. A parte final, com a keychange, é incrível, e vai marcar muito pela diferença só à custa dessa parte.

Tiago Lopes: Mais uma música à Suécia, não é nada de novo, mas é objetiva. A gaita de fole dá-lhe outro toque. 

VOZ

Daniel Fidalgo: O Tusse é um intérprete especial, com uma voz cativante e emotiva.

Jessica Mendes: A voz é perfeita para a música ainda que tenha ligeiras falhas aqui e ali. Como a Eurovisão se está a tornar, cada vez mais, um Melodifestivalen, os coros gravados ajudarão a disfarçar essas pequenas falhas.

João Vermelho: O Tusse tem das melhores vozes e dos melhores timbres deste ano e tem uma excelente presença em palco.

Neuza Ferreira: Tusse parece-me ótimo intérprete, apesar de algumas falhas aquando das suas atuações no Melodifestivalen. Acredito que em maio vá estar bem melhor.

Pedro Lopes: Já sabemos que a Eurovisão é cada vez mais o palco da malta jovem… mas, como assim! O Tusse tem 19 anos e faz uma entrega assim em palco? Certo que já somou muita experiência depois do Ídolos, na Suécia. Mas não deixa de ser bastante bom. Não é caso único, mas continua a ser importante destacar. Até porque, na minha opinião, a versão ao vivo bate em muito a canção na sua versão estúdio. E, claro. Suécia: há que incluir os coros, que fazem sempre uma diferença significativa…

Tiago Lopes: Reconheço a qualidade de Tusse, mas durante a atuação no Melodifestivalen senti que havia espaço para melhorias. Ainda assim é também um ponto forte nesta música.

LETRA

Daniel Fidalgo: Um grito de socorro por parte de todos aqueles que não têm as suas vozes ouvidas. Letra simples e eficaz.

Jessica Mendes: Não é que seja uma letra genial, mas, tendo em conta ser o país que é, surpreende-me pela positiva.

João Vermelho: Apesar do excelente refrão, a letra é bastante banal.

Neuza Ferreira: Pode haver muita coisa a apontar de negativo nesta proposta sueca, mas de certeza que uma delas não é a letra. “Voices” tem uma letra que acredito que seja especial. Traz uma ótima mensagem.

Pedro Lopes: Mesmo não sendo um texto que se destaca em demasia, acho que tem uma mensagem interessante e importante. Gosto em como também tem várias rimas, muito fáceis de descobrir, e às vezes isso é uma vantagem. E mesmo depois de o ESC já ter tido um “A Million Voices”, nunca deixa de haver espaço para mais.

Tiago Lopes: Este ano temos muitos temas sobre a superação e o quão difícil por vezes se torna o nosso caminho, certamente tocará a vários votantes. É uma mensagem que nunca será banal e "Voices" poderá destacar-se pelo seu refrão catchy.

EUROVISÃO MINHA, QUE FUTURO SE AVIZINHA:

Daniel Fidalgo: Passará à final, mas não sei até que ponto será prejudicada pela falta de arrojo sueco nos últimos anos. 

Jessica Mendes: É a Suécia. Fica no top 10, claro.

João Vermelho: Vai facilmente passar à final e quem sabe até ficar nos primeiros lugares. Na final acredito que consiga lutar por um top 5.

Neuza Ferreira: Não acho que vá fazer um grande resultado. Talvez top 15.

Pedro Lopes: Qualificação fácil, top 5 na final (nunca ficam longe disso também…)!

Tiago Lopes: Mais um top 10.

PONTUAÇÃO FINAL

Daniel Fidalgo: 6 pontos

 

Jessica Mendes: 7 pontos

João Vermelho: 8 pontos

 

Neuza Ferreira: 7 pontos

Pedro Lopes: 8 pontos

Tiago Lopes: 10 pontos

46 pontos

ESTA MÚSICA NUMA SÓ EXPRESSÃO...

Daniel Fidalgo:  Apesar da fórmula sueca resultar, o meu interesse pelo país na Eurovisão está em queda…

Jessica Mendes: Será que o trabalho de biologia que tinha de entregar na segunda depois do Melfest lhe correu bem?

João Vermelho: Se esta música fosse para o Festival da Canção o refrão seria “Ouves ou não, ouves ou não”.

Neuza Ferreira: Até custa acreditar que este ano a Suécia não leva à Eurovisão algo plastificado.

Pedro Lopes: É incrível como fico mesmo com vozes na cabeça. E são vozes a repetir o refrão da música em loop. Socorro!

Tiago Lopes: A million vo... tes. Sim, votem no rapaz! 

CLASSIFICAÇÃO GERAL

1.º Lituânia - 59 pontos; 2.º Suécia - 46 pontos; 3.º Austrália - 43 pontos; 4.º Irlanda - 43 pontos; 5.º Rússia - 40 pontos; 6.º Eslovénia - 33 pontos; 7.º Macedónia do Norte - 13 pontos.

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Vídeo: Eurovision Song Contest