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Apreciações Musicais - ESC 2021: Israel


Eden Alene - "Set Me Free"



INSTRUMENTAL

Daniel Fidalgo: Uma produção pop comercial, com alguns elementos étnicos israelitas. É dançável e bem produzido, mas não cria uma verdadeira conceção com quem a escuta.  É bem previsível e não possui um momento verdadeiramente impactante para me fazer saltar da cadeira.

Jessica Mendes: Parabéns, Israel, por conseguirem passar de uma música muito boa com raízes tradicionais para isto. Não é que “Set Me Free” seja má, até era a minha preferida das três, mas fica tão aquém e é tão igual a tantas outras…

João Vermelho: O instrumental é bastante diversificado e com mudanças de ritmo ao longo da canção, de uma forma geral gosto bastante, principalmente do som de cordas.

Neuza Ferreira: Sinto que “Set Me Free” encaixa bem melhor na Eden do que “Feker Libi”. Comparações à parte, “Set Me Free” é bastante ritmado e animado, mas um pouco igual àquilo que, no fundo, todos os anos se ouve na Eurovisão. 

Pedro Lopes: O instrumental tem umas partes até bastante interessantes, sobretudo depois do primeiro refrão. Mas há uma mistura entre ritmos mais típicos do ‘cancioneiro’ israelita com uma tentativa de rasgos modernos, que na minha perspetiva não encaixa lá grande coisa. Gosto da parte final, em que há uma ligeira mudança de tom, mas é pena que essa parte dure tão pouco tempo. Como noutras canções, volta a ser insuficiente para se destacar como um todo.

Tiago Lopes: "Set Me Free" talvez não fosse uma das favoritas dos fãs, mas a verdade é que ganhou e a meu ver, deve-se ao facto deste tema ser bastante cativante à primeira audição. Tem vários instrumentos de cordas que dão outra elegância à melodia e depois são adicionados vários ritmos que prendem o ouvinte à música.

VOZ

Daniel Fidalgo: Eden já provou ser uma excelente intérprete várias vezes. Voz sem defeitos. 

Jessica Mendes: Eden Adele é fenomenal, custa a acreditar que é ainda tão nova tal é o controlo vocal que tem. Nada a apontar neste aspeto.

João Vermelho: Eden Alene já nos tinha mostrado a sua capacidade vocal o ano passado, e este ano com este tema não será diferente.

Neuza Ferreira: Para além de ter uma ótima voz, Eden é bastante versátil e só é pena que, tanto o tema deste ano, como o tema do ano passado, não lhe permitam mostrar aquilo que ela realmente consegue, levando-a a ficar sempre um pouco aquém.

Pedro Lopes: Como já muitas vezes referido, a Eden venceu o Rising Star em Israel, e mesmo que às vezes isso já não queira dizer nada, aqui tem, e muito. Ela é uma intérprete incrível, e sem sombra de dúvidas, a entrega vocal é a componente mais forte da proposta. Falo mais porque tenho 0 dúvidas de que o apresentado na versão áudio vai ser exatamente aquilo que iremos encontrar ao vivo.

Tiago Lopes: Eden tem uma voz bastante bonita e sem dúvida que não desapontará em Roterdão.

LETRA

Daniel Fidalgo: Uma letra despretensiosa, que fala sobre liberdade e que soa a uma lufada de ar fresco.  Cumpre a sua função na canção, deixando-a mais leve e de fácil memorização. 

Jessica Mendes: Tal como a música, a letra é mais do mesmo e igual a muitas outras que já ouvimos.  

João Vermelho: A letra é um pouco básica e nada de diferente do que já estamos acostumados a ouvir, mas não desgosto e fica no ouvido, principalmente o refrão.

Neuza Ferreira: Boazinha, mas nada de especial. Faz jus ao instrumental, pois, a par deste, também é igual ao que todos os anos ouvimos na Eurovisão. Há sempre algo deste género… E em demasia.

Pedro Lopes: Não deixa de ser (mais) uma letra que encontramos por aí a falar sobre uma relação amorosa, em concreto o seu final. Não quero desmerecer a mensagem, que considero importante, mas acho-a ligeiramente banal. Gostava igualmente de uma maior presença do hebraico!

Tiago Lopes: Aquelas partes em hebraico para mim elevam a música, é uma letra engraçada e resulta.


EUROVISÃO MINHA, QUE FUTURO SE AVIZINHA:

Daniel Fidalgo: Não sei se não veremos Israel a fica pelo caminho… eu cá penso que não, mas não descarto a possibilidade. 

Jessica Mendes: Ou tem uma excelente atuação, ou fica-se pela semifinal e é uma pena para a artista se assim for.

João Vermelho: Acredito que com um bom staging possa lutar por um lugar na final, mas será uma tarefa bastante complicada.

Neuza Ferreira: Meio da tabela na final, talvez. Depende da performance em palco.

Pedro Lopes: Tudo depende da competição existente na semifinal. Sinto que o país pode ter mais dificuldades em encontrar o seu lugar na final.

Tiago Lopes: Passa à final, mas não espero grande resultado.

PONTUAÇÃO FINAL

Daniel Fidalgo: 6 pontos
 
Jessica Mendes: 6 pontos

João Vermelho: 7 pontos
 
Neuza Ferreira: 6 pontos

Pedro Lopes: 5 pontos

Tiago Lopes: 5 pontos

35 pontos


ESTA MÚSICA NUMA SÓ EXPRESSÃO...

Daniel Fidalgo: Será que se pode abrir uma exceção e trazer Israel 2020 de volta?

Jessica Mendes: A perfeita definição de downgrade.

João Vermelho: Acho que depois de um ano de pandemia fechados em casa, todos queremos dizer “Set Me Free” ao vírus… 

Neuza Ferreira: Set Eden free das más escolhas de Israel. Coitada

Pedro Lopes: Mas o público israelita nunca aprende a votar numa canção? Segundo ano, segunda asneira. 

Tiago Lopes: É melhor pedir um Hallelujah a outros países.

CLASSIFICAÇÃO GERAL


1.º Lituânia - 59 pontos; 2.º Suécia - 46 pontos; 3.º Azerbaijão - 45 pontos; 4.º Bélgica - 45 pontos; 5.º Chipre - 44 pontos; 6.º Austrália - 43 pontos; 7.º Irlanda - 43 pontos; 8.º Croácia - 41 pontos; 9.º Rússia - 40 pontos; 10.º Israel - 35 pontos; 11.º Eslovénia - 33 pontos; 12.º Macedónia do Norte - 13 pontos.

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