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Apreciações Musicais - ESC 2017: Hungria



JOCI PÁPAI - "ORIGO"




André Sousa: Dos instrumentais mais étnicos que encontro nesta edição do certame. Mas não é este o objectivo da Eurovisão? Mostrar as diferenças culturais? Levar a concurso canções que representam os países? Parabéns Hungria, é mesmo este o caminho.

Andreia Valente: O instrumental desta canção é delicioso. Uma mistura de pop eletrónico com um sabor étnico. Incluir canto Romani nesta canção foi uma escolha brilhante e a melodia do refrão é algo de muito especial. Não gosto da parte de rap mas o resto da canção compensa.

Catarina Gouveia: “Origo” é uma canção que eu quero muito gostar por ter tudo o que eu apoio na Eurovisão mas simplesmente há algo que não bate certo. Não me entra na cabeça, é demasiado constante. Tem tudo mas falta qualquer coisa!

Daniel Fidalgo: Muito bonito, muito étnico e, ao mesmo tempo, fresco e cheio de diversidade. Gosto bastante.  Dos poucos que dá alguma riqueza a esta edição. 

Diogo Canudo: Pode não fazer parte das músicas que irei ouvir nos próximos meses, mas é interessante no concurso pela sua diferença e ousadia. Um instrumental que puxa a alma romani, com umas batidas lindíssimas e muito fluídas. Acho que vai marcar o concurso este ano!

Elizabete Cruz: No meio de um mar de instrumentais que soam todos iguais, a Hungria traz-nos um instrumental único, com sons bem tradicionais e que facilmente vai chamar a atenção.

Jessica Mendes: As partes em que ouvimos apenas instrumental são fenomenais mas acho que houve vontade de juntar demasiadas coisas em apenas três minutos. As transições não são grande coisa e aquele “rap” ali no meio não faz sentido.

Joana Raimundo: Adoro, adoro, adoro. Se não me engano tem assim uns toques de música da etnia cigana e algo tradicional, que trazem algo de único.

Neuza Ferreira: Parece aqueles ritmos de rua... é um instrumental totalmente diferente dos outros. Adoro o efeito do violino junto com todo o ritmo. Encaixa tudo na perfeição!


André Sousa: Soberbo. Ganha todo o meu respeito e admiração por cantar algo com tantas raízes culturais.

Andreia Valente: Pápai Joci tem uma voz única que não se assemelha a ninguém do certame deste ano. 

Catarina Gouveia: Joci tem uma voz que encaixa como uma luva na canção. No entanto, para mim, o rap era totalmente dispensável!

Daniel Fidalgo: É possível sentir cada palavra que Joci canta. Uma voz diferente e que dá vida a um tema que foi feito para o seu aparelho vocal. 

Diogo Canudo: Joci Papái é um excelente cantor e intérprete, e é suficientemente bom na parte mais melódica da canção bem como na parte mais rapper. 

Elizabete Cruz: A condizer com o instrumental, também Joci Pápai tem uma voz bastante diferente das demais. De olhos fechados, o seu timbre seria com certeza imediatamente reconhecido. A nível de interpretação, não há falhas a apontar.

Jessica Mendes: Há problemas de afinação aqui e ali e de respiração também, mas não é nada que não se melhores até maio.

Joana Raimundo: Isto vai ser tão agradável de ouvir ao vivo, Joci tem uma voz única que facilmente se destaca. Adoro a paixão com que canta.

Neuza Ferreira: Única. É a voz perfeita para este tipo de música.


André Sousa: Espero que os planos de imagem ajudem no tema. Sabemos de antemão que o intérprete não se mexe muito em palco, mas também não é o que se pretende. 

Andreia Valente: O meu problema está na apresentação visual da canção.  Na seleção nacional, as roupas de todos os indivíduos em cima do palco eram horrendas. No momento sem parte vocal em que Joci toca o instrumento étnico, há uma quebra de energia demasiado grande. Eu gosto da inserção de uma dança tradicionalmente romani, mas será preciso contextualizar a dançarina com o cantor.

Catarina Gouveia: A coreografia estranha da bailarina e a utilização de um jarro como tambor é algo que eu não compreendo, simplesmente. A indumentária de ambos é pavorosa! Espero que tudo isto seja melhorado para o festival.

Daniel Fidalgo: Espero que apresentem algo moderno, sem esquecer as raízes culturais. Não gostei muito da apresentação na final nacional. Espero que em Kiev seja bem melhor. 

Diogo Canudo: Gostei do facto de ter levado para palco no A Dal 2017 um pequeno teatrozinho em que a sua amada dança à sua volta para lhe mostrar a sua paixão. Gostei também da interação do cantor com a bailarina. Espero que levem o mesmo, ou melhor, para a Eurovisão.

Elizabete Cruz: Também no palco a actuação busca o mais tradicional, desde as vestes de Joci Pápai e da bailarina até à própria coreografia. Não acho que seja necessário tornar alguma coisa melhor.

Jessica Mendes: Em relação ao A Dal não é preciso mudar muito. A performance faz sentido tendo em conta a música e letra. 

Joana Raimundo: Espero que não alterem muito do que apresentaram na final nacional porque foi lindo e creio que irá encantar muitos no palco eurovisivo. 

Neuza Ferreira: Uma interpretação magnífica e cativante em todos os aspetos. A bailarina é execelente e a dança que faz com o interprete a meio da atuação é execelente. Conseguem transmitir a letra. Só é pena a violinista sozinha no canto; dá a sensação que o palco está muito vazio, pois está distanciada do resto dos elementos.


André Sousa: Um mensagem simples que todos acabamos por identificarmo-nos.

Andreia Valente: A letra de “Origo” é das melhores escritas do ano. Tem um carácter religioso que é, só por si, um enorme risco, mas o fundamento desta letra é o sentimento de separação com alguma revolta. A tradução “Porque me mentistes/ E disseste que a cor da minha pele não interessa/ Tu sabias que os meus olhos eram castanhos/ Isso nunca muda.” é uma das frases mais poderosas da canção e, sendo o rap sobre o apreço e confiança que Pápai tem por Deus, “Origo” apresenta uma letra completamente distinta. 

Catarina Gouveia: O que vale é que ninguém entende nada do que é cantado, pois o facto de mencionar um chamamento divino e de até falar de ser samurai é algo um tanto confuso para mim!

Daniel Fidalgo: Só por não ser em inglês, já merece uma ovação. 

Diogo Canudo: Aplaudo que cantem a música na língua nativa, no entanto é bastante repetitiva e, quando traduzida, menciona apenas uma história de amor do tipo: “se me amas, fica comigo; se não, deixa-me ir”. Já vi isto mais de mil vezes na Eurovisão.

Elizabete Cruz: Para mim o ponto mais positivo nesta proposta é com certeza o facto de ser cantada em húngaro! Apesar de não entender a letra acho que a interpretação de Joci é suficiente para deduzir a que a letra se refere. A letra em si não é nada de especial, mas é um prazer ouvi-la.

Jessica Mendes: A letra é tudo o que podemos esperar de uma música como estas. É uma história de vida de quem passou por muito. Depois de “Running” e “Pioneer”, é mais um excelente poema que a Hungria nos apresenta. 

Joana Raimundo: Ficou belíssimo a letra em húngaro, fico tão feliz de não haver uma única coisa que entenda, e mesmo assim consigo compreender tudo, graças à expressão e paixão que o cantor transmite. 

Neuza Ferreira: Ainda bem que não é em Inglês. A letra é muito bonita e, mesmo sendo preciso tradução para perceber o que ele diz, não deixa de ter poder sobre o ouvinte... Afinal, a música é algo universal.


André Sousa: Isto vai estar presente na final, de certeza.

Andreia Valente: Merece ir à final e ficar a meia tabela, se melhorar a apresentação de palco.

Catarina Gouveia: Acredito que vá surpreender, é incomparável com todas as restantes canções.

Daniel Fidalgo: Espero que alcance a final… pelo menos!

Diogo Canudo: Tenho um feeling que isto vai surpreender tudo e todos. Acredito num top 12.

Elizabete Cruz: Temo por esta música, mas para mim é um lugar na primeira metade da tabela.

Jessica Mendes: Esta é daquelas música que se ama ou odeia, por isso é difícil prever que lugar terá mas penso que a passagem à final está assegurada.

Joana Raimundo: A meio da tabela na final, mas para mim era um top 10. 

Neuza Ferreira: Passa à final.


André Sousa: 6 pontos.

Andreia Valente: 10 pontos.

Catarina Gouveia: 4 pontos.

Daniel Fidalgo: 8 pontos.

Diogo Canudo: 5 pontos.

Elizabete Cruz: 7 pontos.

Jessica Mendes: 6 pontos.

Joana Raimundo: 8 pontos.

Neuza Ferreira: 10 pontos.

Total: 64 pontos.


André Sousa: Coloquem os olhos nisto, e reinventem o certame para que possam ver algo que represente o país - e não mais uma coisa igual a todas as outras. 

Andreia Valente: A representação de romani em Kiev é oportuna para celebrar a diversidade. 

Catarina Gouveia: Jálomá lommá, isto é música do culto!

Daniel Fidalgo: Dos poucos países que perceberam o slogan da eurovisão deste ano. 

Diogo Canudo: A Hungria marca sempre pela diferença.

Elizabete Cruz: Hungria a surpreender!

Jessica Mendes: pelo menos é diferente.

Joana Raimundo: Obrigada, Hungria, por não teres trazido pop. 

Neuza Ferreira: Dos poucos países a celebrar a diversidade.


1.º Azerbaijão - 77 pontos; 2.º Portugal - 77 pontos; 3.º Dinamarca - 70 pontos; 4.º Finlândia - 68 pontos; 5.º Polónia - 65 pontos; 6.º Suécia - 65 pontos; 7.º Hungria - 64 pontos; 8.º Bélgica - 63 pontos; 9.º Arménia - 60 pontos; 10.º Austrália - 60 pontos; 11.º Islândia - 59 pontos; 12.º Holanda - 58 pontos; 13.º Albânia - 56 pontos; 14.º Áustria - 49 pontos; 15 Geórgia - 46 pontos; 16 Moldávia - 45 pontos; 17 Montenegro - 41 pontos; 18.º Grécia - 37 pontos; 19.º Chipre - 32 pontos; 20.º República Checa - 30 pontos; 21.º Letónia - 29 pontos; 22.º Eslovénia - 14 pontos.

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