Consciente de que deu o seu melhor na Eurovisão de 2014, Suzy sente-se desiludida com o país que a viu nascer e pondera voltar a emigrar.
Ao ter crescido com as reuniões familiares para assistir ao Festival da Canção e à Eurovisão, viu no convite por parte de Emanuel a oportunidade de realizar um sonho de criança. Ainda que o caminho para lá não tenha sido o que esperava, Suzy recorda com saudade as semanas que passou em Copenhaga.
1. Como foi pisar o palco da Eurovisão de
2014?
“Foi magnífico, eu posso dizer que foram os
três melhores minutos da minha vida em termos da minha carreira musical. É indiscritível,
cantar para 11 mil espetadores, porque a arena tinha 11 mil lugares, foi fenomenal.
E depois ter aquela perceção e aquela responsabilidade de estar a cantar para
128 milhões de telespetadores – é a média que dizem – foi espetacular, foi
extraordinário. Eu jamais vou esquecer e gostaria de algum dia repetir. Porque
não?”
·
Então
surpreendeu as tuas expectativas…
“Sem dúvida. Acho que este ano até houve um
investimento a nível tecnológico e a nível de equipamentos acima da média. E eu
tive, portanto, essa oportunidade de experienciar e de estar presente nesse
grande espetáculo. E também foram 50 anos de Portugal a participar na
eurovisão, então aí foi ao rubro.
·
Como era
o teu dia-a-dia e o da vossa equipa naquelas semanas em que estiveram em
Copenhaga?
“Eu trabalhei imenso. Não parei de fazer promoção,
fiz uma promoção prévia dentro das nossas possibilidades, da minha equipe, e
acho que ate então Portugal também não tinha feito, pelo menos ir a Amesterdão,
ir a Londres, fui a umas entrevistas em Madrid… Gostaríamos de ter feito muito
mais a nível promocional, mas como nós fomos dos últimos países a escolher a
canção, só tínhamos duas semanas para fazer promoção. Tínhamos convites para ir
à Moldávia mas não foi possível, pois tínhamos também que nos preparar para a
Eurovisão. Em Copenhaga também não parei de fazer promoção: atuei em diversos
eventos, fiz entrevistas, imensas entrevistas (risos). Portanto, o trabalho que
Portugal tentou fazer a nível promocional e a nível de música foi bastante
exaustivo e fizemos o nosso melhor dentro das nossas possibilidades. Como sabem
não tivemos apoios financeiros para tal e então foi basicamente do nosso bolso.”
2. Quando foste convidada para trabalhares com
o Emanuel para o Festival da Canção, não estavas a trabalhar em nada
relacionado com a música.
·
Como é
que este convite surgiu e o que te levou a aceitá-lo?
O convite
surgiu de uma maneira muito inesperada, porque eu estava a viver no Dubai e
estava muito descansadinha (risos). Também estava a fazer algo na música, a
preparar temas. Nunca parei por completo, sempre que eu tinha oportunidade a nível
do horário eu aí faria algo na musica, porque eu tinha outro trabalho paralelo.
Mas foi bastante surpreendente porque o meu irmão é que me ligou, porque tinha
estado em conversa com o filho do Emanuel, o Samuel, e eles andavam a procura
de uma cantora com certas caraterísticas. Quando ele disse o meu nome e o que
eu tinha feito no passado o Samuel ficou bastante contente e queria mesmo que
eu viesse conhecer o Emanuel. E então eu apanhei um voo, só fiquei 24horas em Portugal
e vim para a reunião e quando eu cheguei deparei-me que não era só uma reunião,
nem sequer vinha preparada. Era um casting porque ele tinha outras duas meninas…
Sim porque eu já tenho 34, eu já sou uma senhora! (risos)
·
Para ver
se tentavam concorrer ao Festival?
“Não, isto era para um projeto para um
álbum, porque eles queriam tentar fazer algo a nível internacional com uma
mulher. E entretanto eu, à ultima da hora arranjei dois temas, saquei da
internet (risos). Eu disse “olha, eu não estava à espera, pensei que era algo
definido!” então fiz o casting e ele prontamente quis ficar comigo. Só depois
mais tarde é que veio a possibilidade do Festival da Canção mas isso também foi
no espaço de uma semana. Eu na altura nem pensei muito, achei que era uma coisa
tão querida que me estava a acontecer, porque era um sonho de menina, pelo
menos as pessoas que nasceram nos anos 80… crescemos com o festival, a minha família
parava. Como podes imaginar eu nem sequer tive muita preparação, nem tive tempo
para ensaiar muito porque eu não podia deixar o meu trabalho assim de um dia
para o outro. E foi assim que surgiu, e surgiu também o convite para ser Rainha
do Carnaval na Figueira da Foz. Achei que, após 14 anos, surgir-me os mesmos
convites que surgiram em 2000 foi muito giro, porque eu em 2000 também era para
ter participado no Festival da Canção, a minha produtora na altura, a NZ
Produções, é que não me permitiu.”
3. Tu já lançaste o teu álbum, fizeste uma
colaboração com os Anjos…
“Em 1999, o produtor dos Anjos viu-me a
participar num concurso de karaoke e prontamente quis que eu pertencesse à NZ
Produções. E foi assim que surgiu o convite de entrada no mercado, com um
convite por parte da produtora e dos Anjos para fazer um dueto, ‘Nesta Noite
Branca’.”
·
Que toda
a gente ouve todos os anos, em todos os Natais!
“Claro! É verdade! (risos) Acho que ficou
para sempre, a canção de Natal de Portugal, sim.”
·
Depois
participaste em alguns musicais…
“Sim, com o Filipe La Féria, também com o
Fernando Pereira… O Felipe La Feria foi com o ‘My Fair Lady’, nesse ano até
ganhámos o Globo de Ouro. Antes, fiz com o Fernando Pereira, no Casino de
Espinho, fiz o musical “3001”, foi muito giro, também. Fiz muita coisa, muita
coisa.”
·
E depois
disso, fizeste ainda algumas colaborações com DJS.
“Exato, isso já foi quando vi dos Estados
Unidos, no final de 2009 até ir embora para o Dubai. Fiz live acts com o Diego
Miranda, fui ao live act da marca Ed Hardy, na festa de lançamento, no Blues
Café, que eu já nem sei como é que se chama, não saio à noite! (risos)”
·
Depois, o
que fizeste? Continuaste a fazer algo relacionado com a música?
“Escrevia letras para os DJs, fazia live
acts e estava a ver se reunia material para novamente fazer um álbum, mas
queria fazer algo mesmo que eu gostasse e que fosse internacional. Eu estava
sempre a pensar, por isso é que também fui para fora varias vezes. Claro que
fui exercer também trabalhos na minha área e não na minha área.
·
Mas isso foi porque não surgiu aquela oportunidade de fazeres o teu próprio álbum ou foi
porque seguir outro caminho?
“Não, eu aqui sempre tive convites para
fazer álbuns. Maluca, pronto! Tentei de uma maneira ou de outra ir para fora.
Pensei “porque é que eu não tento lá fora? Pode ser que eu consiga o american
dream or something like that!” É aquelas coisas de miúda.”
4.
Então,
viste no Festival da Canção a grande oportunidade de regressar a Portugal e tentares regressar
à musica?
“Não, eu não pensei no Festival da Canção
como uma oportunidade de voltar a Portugal ou de fazer um álbum porque ia fazer
um álbum de qualquer maneira. Neste momento o Festival da Canção não te dá credibilidade
nenhuma, tanto que a nível de audiências, as percentagens são muito pequenas. As
pessoas já não seguem o Festival da Canção, infelizmente já não é algo
prestigiante. Devido ao aumento dos canais de cabo, aumento dos canais
generalistas e também aumento excessivo, na minha opinião, de concursos de
canto. É que o mercado não sustenta tantos cantores em Portugal. É
demasiadamente pequeno, devido à crise, devido à falta de apoio à nossa cultura.
E a verdade é que aqueles que realmente trabalham no meio da música nos dias de
hoje são sempre os mesmos, ou seja os que começaram nos anos 90, nos anos 80,
não falta trabalho.”
·
Numa
altura em que o mercado conseguia sustentar…
“Sustentava, sim. Eu trabalhei imenso, eu
nunca tive problemas relativamente a falta de trabalho na música, nunca. E eu
voltei, estive desaparecida dois ou três anos e continuo a não ter falta.
Porque comecei muito novinha.”
5.
Quando
venceste o Festival da Canção 2014, toda a vossa equipa foi bastante criticada
nas redes sociais. Olhando para trás, e vendo todo o sucesso que fizeram ao
longo destes meses no estrangeiro, o que é que tens a dizer de toda a
reviravolta que se deu?
“Para já, não houve uma polémica sustentada
pela população, porque foi a população que votou em mim. Logo aí não há polémica.
A polémica surgiu porque as equipas não vencedoras suscitaram e criaram essa
polémica, tal como criaram nos anos anteriores, sempre que não ganhavam. Isto é
assim, o meio da musica não é só escrever uma canção, cantar e depois ir ao Festival
da Canção. Tem que haver um trabalho promocional e de marketing bem executado.
E foi o eu nós fizemos, aliás, fomos a única equipa que o fez. Portanto, logo
aí a lógica de termos tantos votos. Porque fomos os únicos a ir à televisão –
nós fomos à televisão entre a semifinal e a final, e antes, fui Rainha do
Carnaval da Figueira da Foz com o Emanuel, logo, aí… Figueira da Foz é um dos
maiores concelhos do distrito de Coimbra. Eles são muito bairristas. Só eu é
que sei, que estive lá a viver, o que foi passar de carro alegórico com o
número de telefone a passar pelos milhares pessoas! (risos) Fizemos entrevistas
de rádio, o nosso tema passou nas rádios locais! Todo esse trabalho, tudo em
tão pouco tempo… Eu pouco comia, pouco dormia, porque eu estava a viver no
Dubai então eu não tive o mesmo tempo de preparação do que os meus colegas. E o
que eu pensei foi: eles só estão a fazer redes sociais. Não é as redes sociais
que te vão trazer votos. O que te vai trazer votos é o televoto. Telefone. E
quem é que liga? Uma certa faixa etária. Que está em casa, que tem mais poder
de compra.”
·
Que não
estão nas redes sociais?
“Que não estão nas redes sociais! O Festival
da Canção é um concurso, tal como outro qualquer, tal como o X-Factor, tal como
outros concursos que é por televoto! As pessoas têm que trabalhar na promoção,
têm que trabalhar no marketing. Só que, infelizmente, este ano foi com o
Emanuel, e ele é uma pessoa que já tem uma carreira e tem os seus fãs implementados.
E nós, pronto, foi fácil no sentido de apelar ao voto dos fãs dele, num tema
dele. E eu só dei a voz ao tema do Emanuel. Porque o Festival da Canção é um
concurso de canções. Não é um concurso de intérpretes, porque senão não tinham
convidado compositores primeiro. Portanto, aqui, a mais-valia é os compositores,
é a canção. Eu só emprestei a voz a um tema, isso não me vai definir como
cantora. Lá fora foi extraordinário, porque as pessoas também não entendem o
português e o que entendem é a sonoridade e o que as faz sentir. Então, quando
tu tens uma canção uptempo no meio de baladas, destacas-te. E as pessoas
estavam ansiosas por dançar, tanto que o nosso tema era o tema nº1 dos
euroclubs em Copenhaga. Onde quer que fosses, era o tema mais tocado.
·
Quando
estavas aqui, havia toda aquela história, de receberes mensagens que também te
deve ter afetado um bocado. Depois chegas lá, e vês aquela receção toda, deve
ter sido uma lufada de ar fresco que estavas a precisar.
“Foi, foi. Eu posso dizer que eu aqui, acho
que as pessoas estão doentes. Acho que existe uma doença social em Portugal,
mesmo. Antigamente éramos um povo que sabias estar, e, neste momento estou um
bocadinho desiludida, e eu já vivi em muitos países. As pessoas não sabem estar
e não sabem dar opiniões. Eu tiro o chapéu aos meus colegas que não venceram,
que fizeram um trabalho muito bem feito de divulgação e de difamação das redes
sociais, com situações não-factuais e conseguiram expandir a mensagem, porque a
realidade é que só foi isso. E é engraçado porque antigamente as redes sociais
iam-se alimentar do que saia nos meios de comunicação, agora é ao contrário. A
imprensa, a televisão e etc. vão-se alimentar do que é divulgado nas redes
sociais. E isso é muito curioso, eu estou sempre a aprender todos os dias e foi
isso que eu aprendi. Lá fora, quando tu recebes amor, carinho e compreensão, tu
dás na mesma moeda. E eu lá fora senti-me eu própria, e as pessoas acabaram por
criar uma simpatia enorme para comigo. E eu era naturalmente alegre, era uma
pessoa acarinhada. Eu digo-te, houve muitas vezes que me emocionei, porque foi
um contraste enorme. Eu estava no meu quarto e vejo-me no noticiário da
Dinamarca. Eu nem quis acreditar. Falaram de mim na Bélgica, em França… E eu
fiquei surpreendidíssima com isso.”
6. Apesar dos imensos apoiantes que ganhaste
durante a promoção da canção, ficaste a um ponto da final.
·
Como
encaraste isto? Sempre acreditaste que a canção pudesse ir à final ou estavas à
espera de ficar pela semifinal?
“Eu estava à espera. Eu sou uma pessoa muito racional - e, apesar de no
meu dia-a-dia ser uma pessoa muito positiva, sou muito terrena. Quando te
deparas que na tua semifinal a maioria dos países são do Leste, com três países
que não têm televoto (e eu sabia que os meus votos viriam maioritariamente do
televoto) e sabendo eu que os júris têm mais tendência para baladas… Eu não
fiquei triste, porque senti-me realizada; eu fiz o melhor que eu pude, dentro
das minhas possibilidades. E só de pensar, no final, os que não passaram à
final a única canção que estavam a cantar era o ‘Quero Ser Tua’, isso foi uma
recompensa extraordinária. É evidente que, quando eu fui para Copenhaga, eu
estava com esperanças de passar à final, por causa de Amesterdão e de Londres,
porque os que tinham mais aplausos no espetáculo era eu, a Conchita e a Ruth.
Chamavam-nos as três divas da Eurovisão, eu fartava-me de rir, nem sabia que
estas coisas existiam! Mas depois, em Copenhaga, quando eu comecei a analisar,
só pensei que tinha de dar o meu melhor e divertir-me, e foi o que eu fiz.”
·
Mesmo
assim ainda ficaste em 6º lugar no televoto. Achas que as regras deveriam
mudar?
“Eu acho que sim. Os júris são tendenciosos. Se fosse pelo público,
nós, indo à final, teríamos arrancado um lugar muito bom.”
·
Achas que
podiam ter feito algo diferente que talvez vos pudesse levar à final?
“Nós tínhamos um protocolo e um regulamento a seguir. Nós pensámos que
íamos levar o tema em inglês, mas não foi aceite. As coisas não podiam ser
mudadas, infelizmente. Mas, após tudo o que passámos, percebemos que não era a
língua.”
7. “Quero ser tua” era das poucas canções
interpretadas na língua nativa do país este ano.
·
Qual é a
tua opinião com o cada vez maior uso do inglês nas músicas eurovisivas, que à
partida deviam ter nelas traços culturais de cada país?
“Nós vivemos na era da globalização, e a tendência é a uniformização. O
inglês vai acabar por dominar, só se houver uma regra rígida na Eurovisão. Eu
acho que isso para mim até era bom, acho que era mais justo. Mas é muito
complicado, porque não se pode agradar a gregos e a troianos.”
8.
Voltaremos
a ver esta equipa a tentar ir à Eurovisão? Há planos para isso?
“Só se fosse a nível de convite. Já não faz sentido ir a concurso. Se
fosse por concurso, tinha que ser com um outro tema, ou por outro país.”
9.
Quais
são, para ti, as razões para Portugal nunca ter ganho a Eurovisão? Acreditas
que a vitória do festival poderá acontecer algum dia?
“Eu acho que se houvesse uma fórmula vencedora, toda a gente a
seguiria. Mas, como tudo na vida, é um totoloto, porque é um concurso. Portugal
dificilmente vai sair vencedor porque não somos um país coeso, não somos uma
população unida e não temos o culto do Festival da Canção nem da Eurovisão. As
audiências são muito poucas – este ano, subiu surpreendente, talvez pelo fator
Emanuel e pela polémica que já estava antes. Mas não é só um fenómeno
português: é dos países que estão há mais tempo na Eurovisão. Os países
escandinavos vivem isto e os de Leste morrem por isto.”
10. Como foi voltar à realidade após teres
vivido a magia da Eurovisão? Já sentes saudades?
“Eu não queria voltar. Quando tu és amada e acarinhada daquela forma, e
sabes que tocas na vida daquelas pessoas, é fantástico... Tenho muitas
saudades.”
11. Quanto aos resultados em geral, o que
achaste?
·
Concordaste
com a vencedora?
“Eu fui ter com a Conchita ao camarim, e eu disse-lhe que ela iria
ganhar. E ela disse ‘não digas isso, já sabes como estas coisas são’, e eu ‘tu
vais ganhar e depois eu digo-te porquê’… Ela fez uma interpretação à altura.
Ela era uma personagem, mas era uma personagem com uma mensagem a transmitir. E
essa mensagem foi transmitida. E foi por isso que ela ganhou, também. Ela
também tem talento, mas também foi pela mensagem. Basicamente: ‘todos
diferentes, todos iguais’. E é por isso que ela foi uma justa vencedora, nesse
sentido. É evidente que havia outros cantores com excelentes vozes, com excelentes
temas - eu gostei do tema da Suécia, gostei do instrumental do da Arménia.
Havia temas muito válidos.”
·
Houve
algum país cuja classificação achasses injusta ou inesperada?
“Fiquei surpreendida com São Marino. Eu estava à espera porque tinha
ouvido nos bastidores que ela tinha de passar – era a terceira vez. Mas nunca
pensei, e foi. Os fãs são importantes, mas sempre me disseram para não tomar
tanto em conta – porque se eu fosse a tomar em conta o que os fãs me diziam, eu
ia super confiante e a expectativa seria alta, e ainda bem que não a tive.
Existe muita coisa por detrás, muita política, e que nós não temos controlo. A
única coisa que temos controlo, e que aí ninguém tem influência, é o televoto.”
12. Na passada semana estiveste em cena com a
peça 74.14
·
Como
surgiu este convite?
“Surgiu devido à desistência da Diana Monteiro, que estava no elenco
desde o início. Por motivos profissionais, infelizmente ela não pôde estar
presente. Felizmente para mim, fui convidada pelo Henrique Feist diretamente
para puder fazer parte deste elenco fantástico.”
·
Achas que
foi uma boa oportunidade para os portugueses te conhecerem melhor enquanto
cantora, deste ver num outro registo?
“Eu já canto desde os 5 anos, mas a geração mais nova pôde-me ver
noutros registos. Consigo cantar outras coisas – eu cantei desde Deolinda, até
dei um modo lírico, desde músicas pop, brasileiras. Não tanto a nível de
potencial vocal.”
13. Pretendes fazer da música a tua única
profissão daqui para a frente ou tencionas voltar para o Dubai?
“Estou a dar-me um timing em Portugal para puder viver daquilo que amo.
Mas viver bem. Eu já trabalhei e estudei muito, e estou numa fase que é agora
ou nunca. Já não tenho 20 anos, tenho um prazo na minha cabeça para ver se
consigo fazer realmente aquilo de que gosta – que passa pela música, televisão,
artes. É algo que me dá alegria, mas só me dá alegria se eu tiver algum
retorno. As pessoas não vivem do ar, portanto tem de haver retorno. Se isso não
acontecer, ou vou para uma profissão noutra área, ou faço a música em paralelo,
ou então emigro. Porque eu, realmente, apercebi-me que sou feliz lá fora.”
14. E que outros projetos estão já pensados
para o futuro? Sabemos que há planos para a gravação de um álbum para o final
deste ano. Será um álbum direcionado para que tipo de música?
“Estamos a trabalhar para o álbum - noutro registo, mas também não
muito diferente. Possivelmente, vou mais para pop, porque eu quero fazer
concertos. Uma pessoa tem de ser realista, pop toda a gente pode ouvir. E vou
sempre gravar português e inglês. Está a ser tudo feito com calma, tem de ser
algo muito bem feito.”
·
Quem é
que te irá acompanhar neste projecto?
“Estamos a escolher os compositores. Estamos a analisar as músicas,
porque normalmente tens de ter vinte músicas em carteira para escolheres 12.”
15. Queres deixar alguma mensagem especial para
os nossos leitores que tanto te apoiaram este ano?
“Esta vida é muito curta - portanto,
aproveitem-na bem. E tentem fazer aquilo que amam – e se não for em Portugal,
que seja noutro país. Para depois sentirem essa alegria inata nas vossas vidas
– e também receber algum por isso (risos). Mas vão à conquista dos vossos
sonhos, arrisquem sempre. Nunca é tarde para começar de novo.”
Entrevista realizada no dia 04/07/2014
Jornalista: Catarina Gouveia/Edição do Vídeo: Diogo Canudo
Imagens: Google/Vídeos: Youtube
Fantastic
ResponderEliminarFelicito a Suzy pelo esforço e dedicação dela no Esc, tanto na atuação, como nas entrevistas e conferências de imprensa. Mas tal como o senhor Vasco na entrevista dele, foi algo incoerente, especialmente quando falou na promoção antes e durante o festival da canção. Quer dizer, como é que ela diz que foram os únicos a ir à televisão se todos os que passaram à final o fizeram, como é que ela diz, que o facto de ter sido a rainha do Carnaval da Figueira da Foz pode ter ajudado a ganhar com aquele exagero de percentagem na final?! E ainda, como é que ela diz que as redes sociais não dão votos? É certo que não dão tantos como o televoto normal...mas ajudam bastante. E posto isto, uma questão muito importante, então a equipa do Emanuel fez uma promoção diferente e pelo resultado na final, foi muito eficaz na promoção. E eu pergunto, se assim foi, porque é que a Suzy na semi-final passou em 5º (ou seja ultimo lugar de apuramento para a final...parece que o 6º não ficou muito longe dela) e depois na final ganhou e ainda por cima, ganhou com praticamente mais do dobro de quem tinha vencido a semi-final (Mea Culpa)??!! De facto foi um fenómeno interessante, pode-se que houve uma grande reviravolta no gosto da população, ou então existe outra razão, não sei, o que sei é que a RTP não permitiu que a situação fosse esclarecida em transparente. Mas pronto é sempre melhor olhar para o lado e fingir que não aconteceu nada de anormal. PS Não sou hater da Suy nem fã da Catarina, apenas um individuo que gosta de ver o festival, e gosta que ganhe a canção mais votada pela população, não a canção mais votada sabe-se lá pelo quê. A maior verdade que a Suzy disse neste aspecto, foi que a canção era do Emanuel e que isso pesa muito...ai não pesa não?!
ResponderEliminarA Suzy continua a dizer que foi a unica a ir a amesterdão e a londres. enfim... muito mal acnselhada e mal informada
ResponderEliminarConcordo quando diz que os de Leste vivem a Eurovisão.
ResponderEliminar1º A Suzy e o Vasco mencionam AMBOS San Marino e a Valentina de forma suspeita...acho ridiculo pois ninguem têm culpa disso(sim ñ era a melhor musica da Val mas prontos),chamam tendiciosos aos juris mas se a situação fosse ao contrário se calhar os tendiciosos já iam ser o publico e ñ se iam importar nadinha.
ResponderEliminar2ºChamar doentes aos Portugueses...é muito triste(Que ainda diz que foi quem votou nela(MTO DUVIDOSO) mas a seguir já se saí com um "A única coisa que temos controlo, e que aí ninguém tem influência, é o televoto.” PORQUE SERÁ?...toda a essa história de as pessoas de uma certa idade é que ligam e blá blá e que as redes sociais ñ chegam,e que foi as outras "equipas" que começaram com estas guerras...3ºContinua a bater na mesma tecla que só ela é que foi a Londres e Amesterdão.
Enfim ela esforçou-se sim(fizeram o que podiam com o tempo que tinham e até deu frutos,ninguem pode negar o sucesso que fez lá fora),ñ tenho nada contra a Suzy mas devia ter mais atenção ao que diz, e se quer ir por outro país boa sorte(já que foi tão apoiada,acarinhada etc etc então que se divirta) que por aqui acho que pouca gente vai sentir saudades.
Verdade anonimo das 11:01, não percebo porque a Suzy diz isso, já houve outros artistas que nos representaram no Esc que foram a vários locais, inclusive a Londres e Amesterdão no mesmo ano e mais sítios. Mas pronto, ela quer que o pessoal..aqueles que votaram nela, que como ela diz estão em casa e têm mais poder de compra, acreditem nisso, então ok. Seja como for, é mentira.
ResponderEliminarNão vai ter qq sucesso e no esc fez sucesso apenas junto das OGAE's
ResponderEliminarAs OGAE's adoram Suzy!
ResponderEliminarAlém das OGAE's (que é um mundo muito muito pequeno e altamente tendencioso).... não sei...
Oh Suzy!
ResponderEliminarJá tens idade para seres mais esperta....
O Povo Português não está doente, está é farto de Chicos Espertos!
Acredito que não estivesses muito bem informada, como é normal. E não venhas com essa conversa das redes sociais, que não funcionam, porque isso só os velhinhos pensam assim. E quanto ao voto popular, achas que foram os reformados com 300 Euros por mês, que foram investir na canção do Emanuel? Sim, porque é essa geração que acha graça ás composições dele.
Eu sei que tens uma imagem a proteger e concordo. Mas devias ter mais cuidado em bater com a mão no peito, porque tudo se sabe. E o que se sabe não é bonito! Não culpes as outras equipas das reações que ouveram, principalmente a equipa do Mea Culpa, que foi a 2ª classificada. Tens de estudar melhor a lição e não somente repetir o que ouves.
Quero acreditar, porque eu quero gostar da Suzy, que ela foi simplesmente mal informada e mal assessorada. O assessor dela é do blogue festivais no sapo que da uma péssima imagem do fc, pq é retrogrado nos seus textos e defesas. Quem só ler aquele blogue ficara a pensar que a Eurovisão continua a ser igual aos anos 60. Pois a Suzy foi infelizmente contagiada por ele e o mau resultado esteve a vista
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