Crónicas de Eurofestivais
A edição número 50 do Festival Eurovisão da Canção teve lugar
entre os dias 19 e 21 de Maio de 2005. Os apresentadores do evento foram DJ
Pasha e Maria Masha Efrosina. Dia 19 aconteceu a semi-final e 21 a Grande Final, dois dias repletos de emoções fortes. O sistema de classificação para a
Final manteve-se igual ao ano anterior: os 10 países mais votados em 2004 e o
Big4 tiveram acesso imediato à final; os restantes 25 países participaram na
Semi-Final da qual saíram apurados 10, perfazendo um total de 39 participantes
nesta edição. A nível de estreias tivemos a Moldávia (cuja música obteve muito
sucesso) e a Bulgária (que não conseguiu causar grande impressão junto do
público). Como regressos tivemos a Hungria que nos brindou com uma proposta
muito boa. A abertura da Grande Final esteve a cargo da PODEROSA Ruslana
que interpretou “Heart on Fire”, mais uma actuação explosiva!!! Apesar deste
grande começo do ESC, a edição realizada no Palats Sportus de Kiev ficou também
marcada pela grande quantidade de falhas técnicas, a nível de som e de
iluminação. Muita gente afirma que esses mesmos factores prejudicaram algumas
actuações e eu concordo. Inclusive, alguns países (nomeadamente a Turquia)
reclamaram junto da EBU, alegando as tais falhas mas foi tudo negado por parte
dos responsáveis do Festival.
Portugal este ano fez-se representar pelo grupo 2B e o tema
“Amar”. A meu ver, talvez esta não fosse a canção ideal para Portugal enviar. À
semelhança de 2003 a letra continha versos em inglês, só que dá-me a ideia que
desta vez não funcionaram assim tão bem quanto o esperado. A música em si
também não era assim nada de memorável, mas em palco poderia ter sido
apresentada de forma bem melhor. O vocal foi fraco e, em certos momentos, a
própria voz dos cantores era impossível de se ouvir. Penso que isto se deveu
também às tais falhas técnicas que referi acima. Mas os cantores também deram o
seu contributo para que a prestação não corresse assim tão bem. Por exemplo, na
parte final da música o agudo que a Luciana Abreu deu era completamente
desnecessário e soou mal para quem o ouviu. A coreografia poderia ter sido
outra pois a canção pedia movimentos mais arrojados. No inicio da apresentação
não gostei muito da coreografia porque me pareceu um imitação “barata” da
música da Ruslana em 2004. Mas não lhe chegou nem aos calcanhares... O que é
certo é que os nossos cantores não foram assim muito apreciados, mas esperamos
que a experiência que o grupo teve no ESC tenha contribuído para melhorar as suas
prestações futuras. De entre os 25 países que participaram na Semi-Final
alcançamos o 17º lugar com 51 pontos.
A Semi-Final foi ganha pela poderosa Luminita Anghel, vinda
da Roménia, que apresentou o tema “Let me try”. A estreante Moldávia obteve o 2º
lugar (apesar de eu não gostar da música) e a Dinamarca completou o pódio.
Já na Grande Final as coisas foram diferentes… Ninguém teve
força para parar Helena Paparizou, que apresentou uma coreografia elaborada, um
visual impecável e uma música excelente, e toda a gente dançou ao ritmo de “My
Number One”. Até aos dias de hoje, esta permanece como uma das melhores vitórias
de sempre da Eurovisão. E com todo o mérito! A balada “Angel”, que Malta enviou, conseguiu o 2º lugar (mais uma proposta digna do lugar que ocupa) e a Roménia
levou a medalha de bronze para casa. No televoto, os 12 pontos de Portugal
foram entregues precisamente à Roménia.
Os meus destaques, em termos de ter sido enviada uma boa
proposta musical até Kiev, vão para: Grécia, Hungria, Israel, Letónia, Malta, Roménia,
Sérvia & Montenegro e Suíça.
Crónica redigida por Armando Sousa, 09/11/2011
Fonte/Imagem: Google; Vídeos: Youtube
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