Entrevistas: HOTEL FM

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM A BANDA HOTEL FM (ROMÉNIA, ESC 2011)

Como começou a vossa vida artística?

David: A minha carreira profissional enquanto cantor começou na Roménia, depois de me ter sido concebida a oportunidade de cantar num centro comerciar, o que proporcionou que eu conhecesse mais pessoas e que me afirmasse enquanto pessoa e cantor.

Gabriel Baruta: Sempre fui um amante da arte, especial da música. Tuve uma educação focada neste domínio e, com a ajuda de algumas pessoas fantásticas, comecei a minha carreira musical quando era muito novo… por volta dos 17 anos. Eu amo o que faço e não conseguiria viver sem música.

Alex Susz: Eu descobri a minha paixão pela música por volta dos 9 anos, quando comecei a tocar bateria. Com o passar dos anos, colaborei com várias bandas e cantores/intérpretes como o Irlandês Tommy Ross. Agora estou a adorar tocar bateria nos Hotel FM.

Costumam seguir o Eurofestival da Canção? Qual a música que mais os marcou?

Claro que costumamos assistir o Eurofestival… É um óptimo concurso e é interessante observar a evolução das bandas que nele participam. Nós acreditamos que todos se recordam da interpretação dos Katrina and the Waves e da Dana Internacional.

Alguma vez sonhoram em ganhar a final Romena e irem à Eurovisão?

Na verdade, não. Nós competimos contra bandas romenas muito boas. Claro que acreditávamos na nossa música, mas a competição foi muito renhida. E, vocês sabem… na música não é como no desporto, onde tudo é objectivo. Aqui as coisas são subjectivas e dependem do gosto pessoal. Nós sonhávamos em cantar perante 20.000 pessoas e a Eurovisão deu-nos a oportunidade de cantar para 36.000.

Como descreveriam a vossa canção?

A nossa música é positiva, optimista, agradável para toda a família, que transmite um bom sentimento.

Como foi a vossa aventura na Eurovisão? Esperavam um espectáculo tão grandioso?

Nós esperávamos que fosse maravilhoso, mas revelou ser algo de que nunca nos vamos esquecer. Sabíamos que os alemães sabem como organizar um evento e como planear as coisas, mas aquilo foi algo de outro mundo. Nós tivemos uma experiência fantástica.

O que mais marcou a vossa estadia em Dusseldorf?

Toda a experiência marcou-nos. Nós adorámos conhecer todos os participantes e estabelecer uma boa relação com a imprensa. Toda a experiência foi bonita.

Quais foram as vossas canções favoritas de outros países no concurso?

Nós adorámos a Eslovénia, a Dinamarca, a Estónia e as raparigas Eslovacas. Estas foram aquelas que mais nos chamaram à atenção.

Consideram que podiam ter investido mais na sua performance, ou foi o que sempre sonhou?

Bem, nós não estávamos em posição para decidir como o palco ia estar durante a interpretação. Essa parte cabia à organização da Televisão Romena TVR em colaboração com os organizadores de Dusseldorf. A performance foi boa, mas não podemos negar que poderia ter sido bem melhor.

Acreditam que os representantes devem cantar na sua própria língua ou em Inglês?

Nós acreditamos que as pessoas devem cantar na língua com a qual se sentem confortáveis, porque tentar cantar numa língua que nos é desconfortável fará decrescer as nossas hipóteses de vencer.

Ficaram desapontados com os resultados da semifinal?

Não, de todo… a segunda semifinal foi óptima, uma vez que ficámos em quarto lugar perante uma forte competição. Nós acreditávamos na nossa música e continuámos a fazê-lo.

O que acharam da vitória do Azerbaijão?

Nós gostávamos da música, mas acreditamos, fortemente, que existiam músicas e cantores bem melhores que aqueles. Não podemos esquecer que o concurso é bastante influenciado pela política e pela geografia. Nós acreditamos que a melhor voz feminina deste ano era da Eslovénia e que a sua performance foi muito boa. A Dinamarca também apresentou uma óptima performance e a França tinha uma música muito boa. Para o Azerbaijão, desejamos-lhes toda a sorte e que festejem a sua vitória. Apesar de tudo, é uma questão de gosto pessoal e eles fizeram um bom trabalho.

O que acharam da participação dos Homens da Luta (Portugal 2011)?

Nós acreditávamos na sua mensagem, mas tínhamos a certeza que iriam ser olhados como uma anedota. Às vezes, o mundo é um local estranho com pessoas que realmente não querem saber com que os outros têm a dizer.

Quão importante foi a vossa experiência no ESC?

Esta  foi a maior experiência das nossas vidas, tendo-nos marcado. Nunca nos iremos esquecer dela, nem das pessoas que conhecemos nela.

Já têm novos projectos para o futuro?

O nosso novo projecto é terminar o álbum e fazer um vídeo para a nossa nova música “The Gathering” que podem encontrar no Youtube. Também queremos organizar uma digressão pela Europa, de forma a promover o nosso novo álbum.

Esperam retornar um dia à Eurovisão?

Vocês sabem como sempre se diz: Nunca digas nunca… Mas não pensamos sobre isso, vamos esperar pelo que o futuro nos reserva.

Muito obrigado pelo vosso interesse.

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Tudo de melhor,
Hoter FM

 

Entrevista realizada por Diogo Canudo e Andreia Fonseca.
24/07/2011