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Os vencedores da Eurovisão: "Un banc, un arbre, une rue" de Séverine (1971)

Paisagens e sonhos de Séverine...

          O Eurofestival da Canção de 1971 realizou-se na capital Irlandesa, Dublin, no dia 3 de Abril desse ano. Séverine, cantora francesa mas a representar o Mónaco, venceu esta edição com a música "Un banc, un arbre, une rue". Depois de, na edição anterior, alguns países não terem participado devido a problemas com o sistema de votação, neste ano de 1971 voltaram a concorrer. Áustira, Finlândia, Portugal, Suécia e Noruega voltam, contando também com uma estreia, Malta, que inicia assim o seu percurso eurovisivo. Desta forma, participou um total de 18 países nesta edição do ESC. Uma das curiosidades é que o novo método de votação deu novamente problemas e confusão, saindo assim a vitória monegasca. Portugal voltou com a cantora Tonicha, a interpretar a música “Menina do alto da serra”, acabando com um honroso 9º lugar.

Descrição da intérprete:
       Josiane Grizeaué, mais conhecida por Séverine, nasceu na capital francesa, Paris, no dia 10 de Outubro de 1948. Séverine venceu o Eurofestival com a música "Un banc, un arbre, une rue", dando a primeira vitória ao Mónaco neste evento. A sua carreira artística não tem muitos pontos marcantes, a não ser esta música interpretada no ESC. Este tema conseguiu estar no Top10 britânico das músicas mais vendidas, curiosamente, com a versão original, já que a versão em inglês não teve o êxito esperado. A música também foi gravada em versões italiano e alemão. Mais informações sobre esta artista podem visualizar o seu site oficial.

Música:
           "Un banc, un arbre, une rue" ("Um banco, uma árvore, uma rua") foi a música vencedora desta edição. A canção, interpretada em francês, é uma balada forte, recordando as vivências duma infância encantada, recordando os tempos de jovem com sonhos por realizar e falando sobre os tempos de juventude, onde as opções aparecem, mas não sabendo se será correcto, ou não, avançar com as mesmas. Um pequeno excerto exemplifica bem a descrição que fiz, pode mesmo visualizar que a cantora tem o dom de, nas suas palavras, mostrar que os sonhos e vivências descritas na letra são saídas do interior, ora veja: “Todos nós temos um banco, uma árvore, uma rua… Onde nós acarinhamos os nossos sonhos... Todos nós temos um banco, uma árvore, uma rua... Uma infância que foi muito curta... Todos no seu canto do horizonte... Apenas defende suas ambições, suas ambições... Mas se nós não compartilhamos... O que será deixado em comum para nós? (...)”. Fica, também, demonstrado algumas das mensagens deixadas, ao povo em geral, para sua eterna reflexão, verificando-se que esta letra e música (Letrista: Yves Dessca; Compositor: Jean-Pierre Bourtayre) tem muito mais do que os olhos podem ver.

Apresentação:
          A intérprete apresenta-se em palco acompanhada por quatro jovens backing vocals, vestidos de fato preto e com pose garrida, mostraram um bom trabalho de grupo nesta música. A cantora apresenta-se com um vestido comprido de cores escuras e com uma garra e espírito de palco impressionantes. Séverine esteve bem vocalmente, mostrando a força da música e, na parte em que a voz pedia força, ela estava lá, em grande escala. A coesão com os vocals esteve muito boa. Uma curiosidade acerca desta música, e a sua intérprete, remete para o facto de, na semana anterior à final de Dublin, Séverine ter actuado com esta música numa praça da cidade. Primeiro dirigiu-se para um banco e depois já sentada, cantou alguns versos da melodia e terminou a sua canção caminhando para fora do foco da máquina fotográfica, um momento a recordar no final desta crónica de 1971.

Mensagem da Equipa:
            Espero que tenham gostado da crónica de 1971, agora a equipa tem algumas sugestões a si que segue o blogue “Crónicas de Eurofestivais”. Pode continuar a votar na sondagem dos vencedores do ESC. Esta iniciativa termina quando chegar ao vencedor de 2011, até lá, todas as sextas e segundas-feiras irão ser publicadas crónicas sobre um vencedor. Já na próxima Sexta-feira irei escrever sobre Vicky Leandros, a vencedora do ESC de 1972, dando assim mais uma vitória ao Luxemburgo com a música "Après Toi". Até lá pode acompanhar a rúbrica de Armando Sousa às Quarta-feiras, sobre os vencedores do Festival da Canção, pode acompanhar, aos Sábados, as crónicas sobre os artistas que marcaram o ESC (que ficaram entre o 2º e o 5º lugar na suas participações), iniciativa de Francisco Gonçalves e aos Domingos as entrevistas a cantores que passaram pelo ESC e pelo Festival da Canção. Entrevistas feitas por Diogo Canudo e Andreia Fonseca. Por isso não pode perder, pode ver e rever, se assim o desejar, todos os outros artigos que o Blogue disponibiliza e também pode fazer o download dos artigos, numa nova funcionalidade (ao lado direito). Espero que vos agrade e que estejam a gostar do trabalho de toda a equipa.


Crónica redigida por Vítor Dias
25/07/2011
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  1. Mais uma vez, uma crónica excelente! Parabéns Vitor e continua!

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