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[Crónica] "Eurovisão sem presença portuguesa!" por Jorge Oliveira


EUROVISÃO SEM PRESENÇA PORTUGUESA!

No passado dia 14 de Maio realizou-se em Dusseldorf, na Alemanha, mais uma final do Festival da Eurovisão da Canção na qual participaram 25 Países Europeus, sagrando-se vencedora pela primeira vez e para espanto de muitos espectadores, a representação do Azerbaijão.

Portugal, desta vez foi chumbado logo na primeira eliminatória, não tendo sido surpresa para mim nem para muitos portugueses dadas as características da canção eleita em 2 de Abril último.

Sou (mais) um daqueles useiros “viciados” que milita nestas andanças dos festivais já há quase três décadas ( a minha memória consegue recuar ao festival de 1973), numa primeira fase a ouvir pela rádio; seguidamente a ver pela TV e, depois, até algumas tentativas de lá chegar – atitudes ingénuas – digo agora, pensando nos tempos em que as oportunidades escasseavam e o preço da factura de se viver cá pelos interiores cerceava quaisquer hipóteses mais atrevidas para se chegar a um palco da RTP quanto mais da Eurovisão.


Consciente de que estaria condenado ao papel de mero espectador, tenho continuado interessado a acompanhar de perto aquela que é, sem duvida, a maior festa da música ligeira e, por coincidência ou não, nos anos em que a minha canção preferida acaba por ser vencedora cá dentro, tem obtido lá fora uma boa classificação.

Se fizermos um apanhado ao longo de todos estes anos, damos conta que nem no período revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril de 1974 se assistiu a um fenómeno como o que aconteceu neste ano, no que concerne à eleição da canção vencedora, reflectindo-se, no resultado da votação final do festival, toda a revolta sócio-económica que prolifera no país.

Naturalmente que a canção que reunia os ingredientes óbvios para uma prestação digna, capaz de conduzir Portugal a (porque não admitir) uma potencial vitória em Dusseldorf era, sem dúvidas, a interpretada pelo cantor e actor Rui Andrade - um jovem talentoso, cheio de pujança que, “EM NOME DO AMOR”, teria levado a Barca Lusitana a um lugar de destaque no Palco da Eurovisão. Foi pena não o terem deixado remar até à Alemanha…

Oriundo de Amarante, quase paredes meias com esta Região, com sangue duriense a pulsar-lhe nas veias, o Rui Andrade cantou e encantou no Festival da RTP, surpreendendo agradavelmente milhares de espectadores e só foi pena ter sido rasteirado, digo mesmo, traído, pela situação de revolta que se vive no País, inclinando a votação para “A luta é alegria” mas que na circunstância, em nada nos alegrou e até nem luta deu para chegar à final.

Como lá fez falta a canção do Rui Andrade!...

Caro Rui, não seja por isso que continues a roer as unhas (aliás também uma mania que partilho contigo). Se os ventos desta vez não foram favoráveis à tua, ou melhor, à Barca de todos nós, o nosso Povo lá diz que “há mais marés que marinheiros”. E em nome de Portugal vais ter, concerteza, pela frente um futuro promissor, recheado de êxitos..

Quem sabe, mesmo, vais ser tu o protagonista de nos dar o prazer e a alegria em conquistar a primeira vitoria para o nosso País no Festival da Eurovisão?...

Escrito por Jorge Oliveira (Jornalista), 21/06/2011

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