Ensaios ESC 2019: quem surpreendeu e quem desiludiu - Big 5 e Israel

Os ensaios dos países pertencentes ao Big 5 e Israel decorreram hoje pela 2.º vez no palco da Eurovisão! 

A julgar pelos ensaios disponibilizados no canal da Eurovisão ao longo desta semana, tenho que vos dizer que não estou muito expectante quanto à qualidade desta edição. A começar pela falta de luz e a acabar nos planos de câmara gravados a partir da praia de Tel Aviv, o que mais sobressaltou foram as queixas das delegações e a falta de competência dos senhores por detrás da produção. Esqueçamos este pormenor e passemos aos melhores e piores ensaios deste 8.º dia. 

Israel

Israel, como país anfitrião, não tinha mais do que levar uma boa canção que os dignificasse enquanto país, independentemente do resultado final. Os planos de câmara estão bem executados e a simplicidade do staging é o ponto chave desta aposta. O Kobi canta muito bem e poderá surpreender nos resultados. A sua caminhada triunfal pelo palco resulta muito bem, bem como os LED´s que se encontram em palco. O país não nos traz a melhor atuação desta edição, mas vem com algo superior à maioria. 

França

E eis que surge a maior surpresa deste ano! França escalou as casas de apostas e é já considerado um favorito a vencer a competição. Bilal vem com uma imagem exógena, cabelo louro comprido e uma indumentária branca. É acompanhado por dois elementos de palco, que extravasam os limites do preconceito. As projeções são formidáveis e têm bastante impacto. A voz soa melhor do que nunca e a iluminação branca e dourada está no ponto. O efeito "Rise Like a Phoenix" chegou a "Roi" e poderemos mesmo ter um "Paris 2020"! 

Espanha

Já não é nenhuma surpresa que a delegação espanhola é perita em espalhar-se ao comprido no que toca a stagings. O conceito de "La Venda" era, achava eu, a alegria pura e simples. Mas o que vemos nesta apresentação é uma triste confusão. A espontaneidade que caracterizou o tema na final nacional espanhola perdeu-se e agora o que temos é uma apresentação circense sem nexo. Um staging excelente para programas como a Operação Triunfo mas pouco adequada à Eurovisão. Não é um desastre como no ano passado e talvez fujam aos últimos lugares, mas a vitória espanhola está fora de questão. 

Itália

Apesar de gostar imenso das canções que Itália nos traz à Eurovisão, a delegação italiana não costuma esmerar-se muito nas apresentações em palco. Porém, este ano, o produto parece ser bastante aceitável. O trabalho de câmaras segue o ritmo da canção e Mahmood tem uma presença muito característica em palco e canta muito bem. Há momentos em que sinto o palco um pouco vazio e não sou fã das projeções. Acredito num bom lugar para Itália, mas não numa vitória. 

Reino Unido

Mais uma canção e apresentação com pouco a acrescentar ao certame por parte do Reino Unido. O país é provavelmente o menos competitivo ano após ano, exceto raras ocasiões. "Bigger Than Us" é uma canção engraçada de se ouvir na rádio, mas não terá qualquer hipótese de destaque na Eurovisão, muito menos com uma apresentação em palco destas. O painel de jurados poderá, contudo, dar uma boa quantidade de pontos ao país. Nota excelente para a voz e uma nota suficiente para a canção e apresentação. 

Alemanha

Nem sei por onde começar... a canção é demasiado dramática, o refrão é irritante, as projeções das amigas no LED são ridículas e o plano rotativo em torno do duo é extremamente mal executado por parte do senhor/a da câmara. Está tudo errado nesta apresentação e a Alemanha não vai repetir o resultado do ano passado. O país sujeita-se a ficar mais uma vez em último lugar.

Imagem e Vídeos: eurovision song contest

ESC 2019: 8.º dia de ensaios na Expo Tel Aviv

Os países pertencentes ao grupo dos Big 5 e Israel sobem hoje ao palco da Eurovisão 2019, na Expo Tel Aviv, para realizarem os seus segundos ensaios técnicos. 

França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Itália e Israel vão voltar ao palco para uma segunda ronda de ensaios. Acompanhe connosco os ensaios do 8.º dia.

Israel:

França:

Espanha:

Reino Unido:

Alemanha:

Itália:

Imagem e Vídeos: eurovision song contest

Ensaios ESC 2019: quem surpreendeu e quem desiludiu - 2.ª semifinal (2.ª parte)

Os ensaios da segunda semifinal ficaram completos com os últimos nove países dessa semifinal a pisarem o palco!

Não podia começar, também, este artigo de análise sem mencionar a fraca qualidade de produção, organização da Eurovisão deste ano. O objectivo desta edição é o espectador não ver quem está no palco? Começam a evidenciar-se as queixas das delegações consequentes da difícil maneira de trabalhar o seu palco devido à organização. Os excertos podem ser enganadores quanto ao resultado no todo, mas precisamos sempre de um eurodrama para apimentar a Eurovision Season. 

Croácia

Tendo impressionado pelos seus dotes vocais, Roko esteve à quem vocalmente neste ensaio. Sendo a música uma banalidade e estando numa semifinal onde os lugares de passagem parecem ter sido tomados ainda antes dos ensaios, a Croácia vai arriscar-se a ficar pela semifinal uma vez mais. O figurino é idêntico ao usado na final nacional croata, sendo que vamos ter a presença no palco de mais dois bailarinos.

Epilepsia, é o que vamos ter nesta actuação. Expliquem-me aqueles frames no final do excerto. Não dá para perceber a introdução daquelas imagens de meio segundo em que para além de não acrescentar nada à actuação, não se percebe nada do que é mostrado.

Nunca foi uma proposta muito aclamada pela maioria e seria difícil tornar esta música numa qualifier. A Croácia de certo fará o melhor no palco e na Eurovisão e há sempre surpresas.

Malta

Uma das favoritas à vitória final, "Chameleon" não me consegue despertar o interesse. Esta proposta faz lembrar os casos onde primeiro se faz a música e depois dá-se a um intérprete. Michela tem uma boa voz, mas neste tema está completamente perdida. Ainda assim, Malta acertou nesta actuação, mesmo não tendo todos os adereços disponíveis devido à produção do ESC, no que toca à coreografia, roupas e background. 

Do 8 ao 80. Uma vez mais os planos desta actuação deixam a desejar e basicamente resumem-se ao mesmo. Uma imagem em aberto, uma imagem mais fechada, repetir algumas vezes e está feito. 

Sendo um tema actual, bem apresentado, não há nada que impeça Malta de seguir para a final. 

Lituânia

"Run With The Lions" é mais uma música que não traz nada de novo ao festival, mas que é agradável de se ouvir. Jurij, para além de ter ganho um tom de pele mais escuro, parece que aperfeiçoou os seus dotes vocais neste meses. O palco está simples, com tons alaranjados e que encaixam no tema. Aqui a simplicidade funciona.

Um excerto que não me faz questionar nada a nível técnico. Estando a actuação parecida à da final lituana, seria difícil falhar alguma coisa. 

Terá uma tarefa difícil a Lituânia se quiser passar à final, tendo em conta a semifinal onde está inserida, poderá contar com os votos dos países vizinhos.

Rússia

Sergey não se cansa de raios e trovões, não é? Mas é a Rússia. É difícil não trazerem um factor wow para cada performance. A nível vocal, Sergey está sempre bem. Este é um dos casos onde o excerto deixa alguma água na boca, o staging de "Scream" promete e vai deixar, certamente, todos colados ao ecrã a ver esta actuação. 

Já percebi. A realização acerta sempre nas actuações que pedem uma imagem estática. Estando a coreografia da Rússia focada nos painéis LED e havendo "falta" de movimento, o trabalho de câmaras não parece precisar de ser muito pensado.

Um dos casos onde depois de se saber o intérprete e a música, o lugar da final já estava reservado. A Rússia será um dos países a ter em conta no que toca a resultados finais, nomeadamente aos que se destinam à vitória final. 

Albânia

O único país desta semifinal a cantar uma música totalmente numa língua que não a inglesa. A Albânia parece voltar ao tradicional e que bem sabe ouvir esta língua. Tirando 2015, é difícil encontrar num passado recente, um mau cantor a representar este país. 

Com o excerto apresentado, há muita coisa que não me parece certa, a escuridão, a falta de algum elemento diferenciador. Ao olhar para Janida fico com a sensação que há algo que faz falta, mas não sei dizer o quê. 

Será talvez um dos dissabores desta edição. A Albânia presenteia-nos sempre com bons cantores e músicas com conteúdo. Estará na calha para passar à final, mas tudo dependerá do resultado final. Acho que é recorrente todos os anos usar a expressão: "espero que os júris salvem a Albânia".

Noruega

A Noruega este ano traz-nos a actuação mais cheesy, ou neste caso, mais eurovisiva deste ano. "Spirit In The Sky" é um dos temas mais cativantes deste ano, seja pela sonoridade, ou pela letra. Naquilo que nos foi apresentado, não há muito a dizer sobre as vozes dos três cantores que parecem estar prontos para defender o seu tema.

Uma vez mais, o trabalho de câmaras faz-nos questionar o nível de amadorismo desta edição. O staging da Noruega parece estar bem trabalho, a coreografia e o background parecem estar perfeitos para a actuação, sendo que só acrescentaria outra cor de luzes, pois parece tudo demasiado azul. 

Passa à final e será um dos temas mais votados.

Holanda

A minha favorita à vitória, será talvez a minha desilusão. A Holanda tem sabido aproveitar bem os seus cantores e fazer bons cenários, mas este ano não me parece assim. A nível vocal é difícil encontrar uma voz como a Duncan e isso será um ponto a mais nesta proposta. 

Em três minutos podem acontecer muita coisa, mas nestes segundos que nos foram apresentados, uma vez mais há coisas que não parecem ligar. Penso que se perdeu parte da intensidade e intimidade da música com o Duncan ao piano, as esperanças ficam-se para aquela bola que poderá trazer algum poder divino.   

A Holanda continua e continuará a ser uma das grandes favoritas à vitória final, tudo dependerá dos seus opositores e sobretudo, da sua própria actuação.

Macedónia do Norte

Talvez a balada mais poderosa deste ano. "Proud" tem uma mensagem muito forte e que é interpretada com muito sentimento por parte de Tamara, que tem sem dúvida uma das melhores vozes no certame. Será uma das surpresas desta edição? 

Estes 30 segundos de excerto talvez não tenham sido os melhores escolhidos para mostrar a essência desta actuação. As imagens disponibilizadas pela Eurovisão, levam a crer que teremos uma actuação bastante sentimental, baseando-se no poder da Mulher. 

Acredito que a Macedónia do Norte terá um dos melhores resultados de sempre da sua história na Eurovisão com esta música. 

Azerbaijão

O Azerbaijão traz garantidamente uma das actuações mais apelativas a nível cénico, tal como era de esperar. "Truth" é uma música bastante actual, sendo a voz de Chingiz, o único ponto que me deixa a questionar o sucesso desta proposta. Se algo correr mal, estarão lá os back vocals para tomar conta do assunto, não é Samra? 

Background, certo. Luzes, certo. Aquela coisa no palco, certo. Cantor, certo. O Azerbaijão soube fazer o trabalho de casa e tem aqui um dos melhores stagings do ano. Resta esperar pelos outro dois minutos e trinta segundos de actuação para saber se foi tão bom como este excerto.  

Mais um país que estará certamente na final e a lutar pelo Top 10.

Vídeo: eurovision.tv

ESC 2019: 7.º dia de ensaios na Expo Tel Aviv

Os restantes países da segunda semifinal sobem hoje ao palco da Eurovisão 2019, na Expo Tel Aviv, para realizarem os seus segundos ensaios técnicos. 

Os restantes países que competem na segunda semifinal da Eurovisão 2019 sobem ao palco eurovisivo, na Expo Tel Aviv, para realizarem o segundo ensaio, começando com a Croácia e terminando no Azerbaijão. Os excertos destas segundas atuações já contam com os planos de câmara de cada performance.

Croácia:

Lituânia:

Malta:

Rússia:

Albânia:

Noruega: 

Holanda:

Macedónia do Norte:

Azerbaijão:

Os ensaios retomam amanhã, com os BIG 5 e Israel, país anfitrião, a subiram ao palco eurovisivo para o seu segundo ensaio técnico.

Fonte, Imagem e Vídeos: Eurovision.tv

ESC 2019: organização publica novo excerto com segundo ensaio de Conan Osíris

A organização da Eurovisão colocou no YouTube um novo excerto com o segundo ensaio de Conan Osíris no palco de Telavive!

O canal oficial de YouTube do Festival Eurovisão da Canção (ESC) colocou, esta manhã, 11 de maio, um novo excerto com o segundo ensaio de Conan Osíris no palco de Israel. O novo vídeo capta um outro momento da canção, diferente do divulgado vídeo anterior, que tinha sido publicado na quinta-feira, dia 9 de maio.

Aceda ao novo vídeo do segundo ensaio:

Apesar de não justificar o porquê de um novo upload do ensaio de Portugal, e sem quaisquer confirmações, os problemas evidenciados com o vídeo anterior, sobretudo o som dos pés nos momentos de dança, que se sobrepuseram à melodia, a somar a algumas reivindicações da delegação portuguesa, que continua a assumir a existência de erros na parte da realização, podem explicar este novo vídeo.

Fonte, Imagem e Vídeo: Eurovision.tv

Ensaios ESC 2019: quem surpreendeu e quem desiludiu - 2.ª semifinal (1ª parte)

Os primeiros nove países da segunda semifinal também já realizaram os segundos ensaios!

Já foi dito no primeiro artigo de análise aos segundos ensaios da Eurovisão, mas será inevitável não ter de dizer o mesmo: estamos a enfrentar uma organização medíocre no que concerne à realização televisiva de praticamente todas as canções. Para mim, está já mesmo a roçar no ridículo que o YouTube esteja a ser inundado de comentários que criticam os trabalhos feitos por Israel. Quando todos se apercebem, porque é que custa assim tanto acordar? Com isto, vamos pelo menos deixar de lado as críticas a nós, para perceber que é um mal geral, okey?

Arménia

Uma certeza que eu já tinha há algum tempo pode estar mais perto de se cumprir do que eu imaginava: facilmente esta canção fica de fora da final da Eurovisão. Srbuk conseguiu inverter algumas das críticas que lhe apontaram sobre as suas (fracas) capacidades vocais. Um mau dia não faz um mau cantor, mas isto aqui apresentado não chega.

Posso também já começar aqui a 'mandar vir' com a produção, que está a fazer um mau trabalho de realização, pois estes camera shots não estão a encaixar bem com a pulsação que a música pedia. O uso pirotécnico assenta bem, mas não me parece ser suficiente para dar a energia que o videoclip nos transmitiu.

Por outro lado, esperava mais força por parte da artista. Certo que, com 3 minutos, a música pode até criar uma outra imagem. Não duvido da estratégia de a colocar na abertura da semifinal, mas com uma segunda metade mais forte, rapidamente esqueço isto.

Irlanda

A Irlanda tinha passado por um renascimento com a proposta do ano passado, mas parece que eles preferem o registo de "queremos é participar" (juro que não estou a copiar ideias).

A música é, efetivamente, agradável. Difícil de ser apreciada por todos, mas pode encontrar alguma concórdia. Mas está cheia de problemas. Primeiro, ficou claro, desde cedo, que a Sarah não é a melhor cantora da competição, nem vai conseguir melhorar nada daqui para a frente.

Depois, a ideia não cola, pelo menos num primeiro impacto. Traz muita cor, e ao menos safa-se na parte da iluminação, constantemente estragada pela organização. Mas não deixa de ser bizarra, até. E, finalmente, cancelem imediatamente o erro de filmar o público! Não sei de onde partiu a ideia, mas o desejo de deixar os telespectadores constrangidos com as reações que o público costuma fazer não me parece viável.

Moldávia

A intérprete é competente. A música, nem por isso. Hm, como vamos causar impacto. Claro, buscar uma ideia (não) original, ao menos somos comentados!

É aquele tipo de música que, por mais que aposte tudo numa cantora com grandes capacidades, não vai conseguir sobrepor-se a uma balada completamente datada.

Há planos de câmara muito mal executados, também, com transições bastante bruscas.

Suíça

Que planos de câmara são estes!! Tenho quase a certeza que isto não foi pedido pela Suíça, e que está, nesta altura, a barafustar com a organização israelita. Uma música que pede atenções voltadas para uma coreografia não pode ignorar isso!

O excerto que nos foi dado mostra bem como este pode ter sido um dos piores ensaios do dia, mas em grande parte da responsabilidade da organização, sobretudo! Aceito quando dizem que a parte vocal podia estar mais segura, ou que a escolha de figurinos podia ter sido mais feliz. 

Mas como é que é possível que não se perceba nada do que o cantor e restantes bailarinos estão a fazer em palco? Planos longos, que não correspondem ao movimento exigido pela canção, tudo demasiado escuro, uma soma a contribuir para um resultado visual muito mau. E não, recuso-me a culpar a delegação Suíça. Jamais iriam deitar uma oportunidade destas por terra.

Letónia

A música vai distinguir-se depois das anteriores propostas. Não no melhor sentido.

Mas decidiram piorar ainda mais as coisas (parte da culpa já sabemos de quem é). Colocar barras pretas na faixa de imagem resulta mal neste tipo de conteúdo, e acho que não foi uma aposta muito inteligente. 

Depois, ainda vão colocar planos longos e longínquos durante a atuação? Qual é a ideia no meio disto tudo, mesmo? Criar uma atuação mais intimista, focada na cantora e uma ou outra vez nos restantes músicos... essa devia ter sido a estratégia! E, por favor, esqueçam aquele chapéu.

Roménia

Continuo sem compreender a escolha visual desta proposta. E continuo a achar que "On a Sunday" é uma música muito barata e sem impacto.

Acho que podiam ter sido mais inteligentes na criação cénica, podiam dar mais pontos em favor da proposta. Pode ganhar algum destaque depois das duas atuações anteriores, mas estou ainda um pouco céptico em relação a isso.

E no fim, acaba por ser mais uma atuação que vai ser amplamente prejudicada pelos planos maravilhosos que a realização está a fazer. 

Dinamarca

Acho que esta é aquele tipo de música capaz de soar mais interessante para quem ouve ao vivo, e, por isso, mantenho as minhas dúvidas quanto às reações que possa provocar a quem vê pela TV.

A ideia não deixa de ser um pouco engraçada, mas porque é que não deixaram a Leonora sozinha naquela cadeira gigante?? Considerar que a cantora fica melhor se tiver mais quatro pessoas a seu lado é só contribuir para que o público se distraía no meio daquilo tudo.

Aplausos para os planos que vimos neste excerto! Semelhantes aos do DMGP (final nacional) e que, perante a atmosfera de todos os outros, acaba por ser uma escolha acertada!

Suécia

Okey, aqui as coisas encaixam de forma mais equilibrada, os nórdicos apertam o cerco à produção, estou a ver (porque será, cof cof).

Continuo a achar que esta interpretação me vai fazer alguma impressão, em especial por causa do palco, que é tão pequeno e prejudica a ideia que já vinha desde o Melodifestivalen. O espaço que havia entre o cantor e as suas backing vocals é agora praticamente inexistente, e acaba por dar azo a alguma confusão visual, mas que o país tentou solucionar da melhor forma.

Tudo o resto soa muito bem, no limiar do irrepreensível. Até os planos de câmaras estão em favor da Suécia, que começa a trilhar um caminho já esperado...

Áustria

Esta música e a criação de palco que pensaram para ela tinha tudo para resultar em grande na Eurovisão, e provar que era um dos principais dark horses deste ano. Apesar disso, nem tudo continua a resultar no melhor sentido.

Porquê planos longos aqui, uma vez mais? Que sentido faz ver uma 'ervilha' (azul) ao fundo de uma sala completamente às escuras? O brilho das restantes luzes causam impacto em planos mais próximos da cantora, não da forma como estão a ser trabalhados.

Algum descuido na voz da PAENDA, também, mas que acredito que possa ser facilmente controlado.

Não sei apostar um hipotético resultado, mas os júris vão estar do lado da Áustria.

Vídeos: Eurovision.tv

ESC 2019: aceda aos primeiros ensaios dos BIG 5 e Israel

Depois de uma ronda de segundos ensaios para os países das semifinais, os BIG 5 e o país anfitrião, Israel, realizam hoje os seus primeiros ensaios na Expo Tel Aviv. Aceda em baixo aos pequenos excertos desses ensaios.

Chegou a vez dos países já qualificados para a grande final da Eurovisão 2019 fazerem os seus primeiros ensaios no palco de Israel. Alemanha, Espanha, França, Itália, Reino Unido e Israel também já fizeram as suas primeiras atuações, com a organização do ESC a divulgar pequenos excertos com as performances de cada país.

Israel:

França:

Espanha:

Itália:

Reino Unido:

Alemanha:

Fonte, Imagem e Vídeo: Eurovision.tv

ESC 2019: 6.º dia de ensaios na Expo Tel Aviv

Os restantes dois países da primeira semifinail (Grécia e São Marino) e os países da primeira parte da segunda eliminatória sobem hoje ao palco da Arena da Eurovisão 2019 para realizarem os seus segundos ensaios. 

Grécia e São Marino são os últimos dois países da primeira semifinal, mas só hoje voltam ao palco da Expo Tel Aviv para os segundos ensaios. Em seguida, apresentam-se os primeiros nove países da segunda semifinal, começando com a Arménia e terminando na Áustria. Acompanhe as atualizações ao longo do dia, com os excertos das atuações no palco da Eurovisão, que já contam com os planos de câmara de cada performance.

Grécia:

São Marino:

Arménia:

Irlanda:

Moldávia:

Suíça:

Letónia:

Roménia:

Dinamarca:

Suécia:

Áustria:

O dia de hoje será ainda marcado, no final desta ronda, pelos primeiros ensaios dos países pertencentes ao BIG 5 (Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido) e também pelo ensaio de Israel, país anfitrião do ESC 2019.

Fonte, Imagem e Vídeo: Eurovision.tv

Ensaios ESC 2019: quem surpreendeu e quem desiludiu - 1ª semifinal

Os segundos ensaios para a Eurovisão 2019 já começaram!

No geral, persiste um problema comum a todas as atuações: a falta de energia, que não é da parte dos concorrentes, mas sim da parte da produção. Camera angles lentos e expostos estão a ser escolhidos quando apenas faria sentido camera angles rápidos. Com isto, canções como "Telemóveis" e "Replay" saem a perder e canções como "Sebi" e "Zero Gravity" são favorecidas. 

Chipre

Por mais que comparem “Replay” com “Fuego”, as canções são, fundamentalmente, distintas. Enquanto “Fuego” tinha nota máxima a nível de profissionalismo, “Replay” parece um tanto ou quanto amador. Uma boa canção e uma boa coreografia não fazem uma boa performance. 

A prestação vocal de Tamta deixa muito a desejar e a escolha do uso de boomerangs, embora, em teoria, faça completo sentido lógico, na prática, é apenas bizarro.

Será uma boa abertura para a Eurovisão e terá, provavelmente, um lugar na final, mas não me parece que esteja na corrida para sair vencedora da semifinal. Se o Chipre estivesse na 2ª semifinal, ainda corria o risco de ir para casa mais cedo.

Montenegro

“Heaven” é a encarnação musical de “o que importa é participar”. 

Não há muitas coisas boas para se dizer. As roupas de batizado evangélico e as diferentes intensidades dentro do dissonante sexteto tornam “Heaven” uma canção digna de um culto esquisito.

A coreografia e os camera angles tornam a canção, que é a mais fraca do ano, na performance mais fraca do ano.

Finlândia

“Look Away” não é uma canção propriamente interessante e acrescentar dança contemporânea, calças de ganga esquisitas e um DJ a fingir tocar teclado torna a proposta da Finlândia uma autêntica perda de tempo.

Mais valia meterem mais anúncios da MyHeritage durante esses 3 minutos.

Se a Finlândia passar à final será à custa duma performance merecedora. Não ponho de parte a possibilidade de isso acontecer.

Polónia

“Pali Się” distingue-se no meio de tantas canções pop e tinha o potencial de se tornar numa das performances mais icónicas de pop-rock do ano. No entanto, visualmente, a performance polaca é completamente disforme nos seus elementos. Os gráficos nos LEDs com as Tulia numa photoshoot elegante, as Tulia no palco sem atitude cativante e os camera angles constantemente afastados do palco… nada encaixa.

Acho que, pela canção apenas, a Polónia ainda pode sonhar em estar na final. Não deixa de me deixar desiludida a falta de consistência de conceito para uma canção tão única.

Eslovénia

Tudo sobre a performance de “Sebi” grita “Blackbird” (Finlândia 2017). 

É uma performance muito intima e a equipa de produção percebeu isso logo à partida: é preciso focar a câmera na Zala e no Gasper, dando a impressão que nós, a audiência, está a flutuar num espaço que é apenas deles, quase como uma intromissão numa conversa privada.

Os LEDs continuam perfeitos. 

O staging de “Blackbird” era perfeito, mas, tal como “Sebi”, necessitava que a audiência se quisesse envolver no ambiente que cria. Em 2017, não correu bem.

Acho que a Eslovénia devia ter lugar garantido na final. Uma performance destas, com tamanha alma, não aparece todos os anos. Espero que, pelo menos, o júri reconheça isso. 

República Checa

Admito que, de todas as canções, “Friend Of A Friend” é a canção em que eu não consigo perceber a razão de ser tão adorada. A mim, soa-me a mais uma canção pop hipster medíocre (e eu ouço muito pop hipster medíocre). 

Gosto da escolha de cores do palco. Esteticamente, é uma atuação impecável. 

Apesar de tudo, continuo pouco convencida que a República Checa vai estar na final. 

Hungria

“Az én apám” é uma das minhas canções favoritas do ano, tal como “Origo” era uma das minhas favoritas de 2017. Mais do que “Origo”, “Az én apám” acerta no visual. 

Numa canção sobre amor paternal, faz sentido ter o genérico símbolo de antepassados - uma arvore -, porém, os 30 segundos de atuação disponibilizados são enganadores. No segundo terço da canção, cabeças voadoras começam a aparecer nos LEDs. Para mim, estraga uma performance sublime (a nível vocal, de cores e temático).

A Hungria deveria ter lugar na final, nem que seja pela lealdade à sua identidade.

Bielorrússia

“Like It” não é uma canção muito agradável de se ouvir ao vivo. ZENA soa a uma criança a pedir para levar o chupa-chupa que está na caixa do Continente enquanto a mãe, já a desistir da vida, ignora os gritos de altas frequências.

O staging deixa-me muito confusa. Seja pelas hard-cases (que eu pensei que não eram os adereços finais!), seja pela coreografia frenética dos dançarinos (que, na minha opinião, não deviam lá estar), seja pelas escolhas de outfits para as backing vocals. 

Não me admirava de ver a Bielorrússia na final pelo facto de se distinguir das performances da segunda metade da 1ª semifinal. Não deixa de ser uma canção que afeta o meu sistema nervoso.

Sérvia

A Nevena a ser engolida pelo palco não é um bom look para uma canção que, em si, já é demasiado gritante. 

Vocalmente, nunca há nada a apontar, mas todo o talento é ofuscado (literalmente!) por demasiados elementos no palco. Até as ventoinhas ficam em primeiro plano. 

Percebo que seja do agrado de muita gente, mas não acho que "Kruna" devesse ser suficiente para tornar a Sérvia no finalista surpresa pelo segundo ano consecutivo.

Bélgica

Onde está a Bélgica de 2015, 2016 e 2017? A Bélgica que sabia escolher canções de alto impacto. A Bélgica que não sabia compor um staging que não fosse eficaz.

“Wake Up” já é uma canção com um refrão ridiculamente fraco. Eliot já é um vocalista com agudos que metem pena. Ainda acrescentam uma coreografia nada orgânica, umas roupas feitas pela mãe do Eliot no backstage e uns tambores (que não fazem sentido nenhum na produção da canção)? Que receita para o desastre.

O pior é mesmo o quão perdido Eliot parece a todos os momentos da performance. Parece o bambi à procura da mãe (mas sem o impacto que Bambi teve no mundo porque “Wake Up” vai ser facilmente esquecido).

Geórgia

Uma canção que já é uma overdose de testosterona, agora com um palco em lava, faz todo o sentido. 

Oto ainda vai a tempo de se meter na banda sonora de Game Of Thrones.

“Keep On Going” resulta melhor com os visuais fortes, mas não me parece que a agressividade levará alguém a votar na Geórgia este ano.

Austrália

Se há um país com o historial limpo de deceções (nos meus olhos) é a Austrália. 

“Zero Gravity” é uma canção épica que merecia um staging épico, e assim Deus o fez. Quase profético. 

Os gráficos são perfeitos. A performance vocal é das melhores. O melhor uso de realidade aumentada no palco da Eurovisão? Provavelmente. 

A imagem do planeta nos pés da Kate Miller-Heidke dão proporcionalidades planetárias a um Top 5 para a Austrália. 

Islândia

Não sendo a maior fã de "Hatrið mun sigra", não posso deixar de notar que os Hatari pertencem a um palco da dimensão do palco da Eurovisão. 

Três minutos de entretenimento televisivo puro.

Visualmente, é uma atuação muito eficaz e parece-me que pode lutar pelo Top 3 da semifinal.

Estónia

Sempre vi a Estónia como o maior dark-horse do ano. Como estava errada! 

Não é demasiado tarde para dizerem ao Victor Crone para fazer playback durante a atuação, pois não? Ele não acerta uma.

Se fosse só a voz, o homem (que é um doce para os olhos) conseguia salvar a atuação. O que ele não vai conseguir salvar é mesmo os planos de câmara que parecem ter sido escolhidos pelo estagiário Christer Björkman.

Eu, que dava a Estónia como finalista certa, duvido agora que vejamos "Storm" duas vezes. 

Portugal

"Telemóveis" encaixa na Eurovisão como uma peça de canto do puzzle, mas...

Claramente, existem muitos elementos que não estão a funcionar. As roupas não são a escolha ideal. A falta de iluminação é um problema sério. Os planos de câmara sem energia? O maior dos problemas. 

Para mim, "Telemóveis" tem um valor intrínseco que vai além da perfeição estética. A performance é orgânica. Pode uma performance ser demasiado orgânica? O júri e o televoto vão revelar. 

Vejo as probabilidades de Portugal qualificar-se para a final a diminuirem com o movimento do ponteiro dos minutos, mas não seríamos portugueses se a nossa fé não andasse à velocidade do ponteiro dos segundos.

Grécia

Katerine Duska, para além de ter uma voz única, está tão segura vocalmente que eu consigo ouvir os jurados a babarem-se desde de Israel.

“Better Love” tinha de ter um look excêntrico e a Grécia não falhou dois anos seguidos. Nota-se o esforço pela consistência estética.

Apostaria que a Grécia vai conseguir um Top 3 da semifinal.

São Marino

São Marino apostou num staging muito eficaz, com cores berrantes a contrastar roupas brancas.

Sem som, a performance de São Marino é muito forte e consigo perceber porque foi o país escolhido para fechar as semifinais. No entanto, a voz de Serhat (ou a completa ausência dela) devia ser suficiente para não vermos “Say Na Na Na” na final, mas não meteria o meu dinheiro nisso.

Portugal: aceda ao segundo ensaio de Conan Osíris na Eurovisão 2019

O representante português na Eurovisão 2019 já realizou o segundo ensaio! Aceda de seguida a alguns comentários, reações, fotografias e ao vídeo oficial do excerto do ensaio.

Conan Osíris e João Reis Moreira já pisaram o palco do Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2019 para o segundo ensaio! O Crónicas de Eurofestivais recolheu algumas opiniões e reações, imagens oficiais e o vídeo com o excerto do ensaio, partilhado pela organização da competição.

Vídeo do ensaio:

Reações da Press Center:

Comentários ESCXtra: "Não há muito a reportar com o segundo ensaio de Portugal, com poucas alterações em relação primeiro. Claramente, a delegação portuguesa está contente com o resultado final, que é muito semelhante ao que tínhamos na performance do Festival da Canção"

Comentários ESCKAZ: "O desempenho de Conan Osíris parece ser um pouco mais envolvente. Parece que há mais movimento e energia, com o próprio cantor a assumir alguns movimentos delicados. As roupas verdes e a arte do vídeo com os tons vermelhos mantém-se. Conan parece ótimo, assim como em todas as apresentações que ele faz. Infelizmente, isso ainda parece ser insuficiente para a qualificação ..."

Comentários Wiwibloggs: "O segundo ensaio é um passo em frente na prestação portuguesa, que definitivamente fez o movimento na direção certa. O trabalho de câmaras é mais apertado, a iluminação é mais brilhante e é uma melhoria significativa em relação ao primeiro ensaio. Em particular, a adição de iluminação amarela e planos de câmara focadas no contacto entre Conan e o dançarino de apoio parecem ter aumentado o impacto da atuação. Infelizmente, às vezes isso ainda parece um pouco incongruente. É difícil dizer, mas neste momento é ainda difícil perceber se consegue a qualificação."

Fonte, Imagens e Vídeo: Eurovision.tv