Ensaios ESC 2019: quem surpreendeu e quem desiludiu - Big 5 e Israel

Os ensaios dos países pertencentes ao Big 5 e Israel decorreram hoje pela 2.º vez no palco da Eurovisão! 

A julgar pelos ensaios disponibilizados no canal da Eurovisão ao longo desta semana, tenho que vos dizer que não estou muito expectante quanto à qualidade desta edição. A começar pela falta de luz e a acabar nos planos de câmara gravados a partir da praia de Tel Aviv, o que mais sobressaltou foram as queixas das delegações e a falta de competência dos senhores por detrás da produção. Esqueçamos este pormenor e passemos aos melhores e piores ensaios deste 8.º dia. 

Israel

Israel, como país anfitrião, não tinha mais do que levar uma boa canção que os dignificasse enquanto país, independentemente do resultado final. Os planos de câmara estão bem executados e a simplicidade do staging é o ponto chave desta aposta. O Kobi canta muito bem e poderá surpreender nos resultados. A sua caminhada triunfal pelo palco resulta muito bem, bem como os LED´s que se encontram em palco. O país não nos traz a melhor atuação desta edição, mas vem com algo superior à maioria. 

França

E eis que surge a maior surpresa deste ano! França escalou as casas de apostas e é já considerado um favorito a vencer a competição. Bilal vem com uma imagem exógena, cabelo louro comprido e uma indumentária branca. É acompanhado por dois elementos de palco, que extravasam os limites do preconceito. As projeções são formidáveis e têm bastante impacto. A voz soa melhor do que nunca e a iluminação branca e dourada está no ponto. O efeito "Rise Like a Phoenix" chegou a "Roi" e poderemos mesmo ter um "Paris 2020"! 

Espanha

Já não é nenhuma surpresa que a delegação espanhola é perita em espalhar-se ao comprido no que toca a stagings. O conceito de "La Venda" era, achava eu, a alegria pura e simples. Mas o que vemos nesta apresentação é uma triste confusão. A espontaneidade que caracterizou o tema na final nacional espanhola perdeu-se e agora o que temos é uma apresentação circense sem nexo. Um staging excelente para programas como a Operação Triunfo mas pouco adequada à Eurovisão. Não é um desastre como no ano passado e talvez fujam aos últimos lugares, mas a vitória espanhola está fora de questão. 

Itália

Apesar de gostar imenso das canções que Itália nos traz à Eurovisão, a delegação italiana não costuma esmerar-se muito nas apresentações em palco. Porém, este ano, o produto parece ser bastante aceitável. O trabalho de câmaras segue o ritmo da canção e Mahmood tem uma presença muito característica em palco e canta muito bem. Há momentos em que sinto o palco um pouco vazio e não sou fã das projeções. Acredito num bom lugar para Itália, mas não numa vitória. 

Reino Unido

Mais uma canção e apresentação com pouco a acrescentar ao certame por parte do Reino Unido. O país é provavelmente o menos competitivo ano após ano, exceto raras ocasiões. "Bigger Than Us" é uma canção engraçada de se ouvir na rádio, mas não terá qualquer hipótese de destaque na Eurovisão, muito menos com uma apresentação em palco destas. O painel de jurados poderá, contudo, dar uma boa quantidade de pontos ao país. Nota excelente para a voz e uma nota suficiente para a canção e apresentação. 

Alemanha

Nem sei por onde começar... a canção é demasiado dramática, o refrão é irritante, as projeções das amigas no LED são ridículas e o plano rotativo em torno do duo é extremamente mal executado por parte do senhor/a da câmara. Está tudo errado nesta apresentação e a Alemanha não vai repetir o resultado do ano passado. O país sujeita-se a ficar mais uma vez em último lugar.

Imagem e Vídeos: eurovision song contest