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[Especial] Estivemos na Conferência Internacional Eurovisions


No dia 17 de fevereiro de 2018, realizou-se a Conferência Internacional Eurovisions – Perspectives from the Social Sciencies, Humanities and Arts, e o Crónicas de Eurofestivais esteve lá!

A conferência, que resulta de uma parceria entre o Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança da Universidade Nova de Lisboa e a OGAE Portugal, pretendia mobilizar o meio académico nacional e internacional para a reflexão transdisciplinar sobre dois dos maiores eventos musicais e televisivos em Portugal e na Europa – o Festival RTP da Canção e o Festival Eurovisão da Canção. 

A conferência abriu com a introdução e boas vindas do representante da FCSH, e pela representante do INET. Após isso, houve uma breve explicação do que consiste e da importância das OGAES, quer a OGAE Portugal representado pelo seu presidente José Garcia, e da OGAE Internacional, Simon Bennett (via Skype). 

A primeira sessão “Many goals and one Euro-Vision – Conflicting interests in Europe’s biggest TV show” com Irving Wolther, da Universidade de Hannover e jornalista, contou um pouco da história da Eurovisão e da maneira como funciona a organização deste evento. A segunda sessão “Bem Bom! As Doce e a invenção da Pop televisiva”, recebeu Marcos Cardão, do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa, que neste momento está a estudar precisamente as Doce e a criação do Pop na televisão.

Ainda, houve tempo para debater o seguinte tema: “Portugal meu jardim: Portugal e a Portugalidade no Festival RTP da Canção” com Sofia Vieira Lopes, (INET-md, FCSH, Universidade Nova de Lisboa), que apresentou o seu estudo sobre a Portugalidade e a reação perante as vitórias portuguesas recentes a nível do Desporto e da música. E, também, “Vocês amam sempre assim em Portugal?” com Jorge Mangorrinha, da Universidade Lusófona, participante como Letrista da música “Um Fado em Viena” no Festival da Canção 2015, onde falou sobre vários debates que participou junto com a organização do Festival da Canção e sobre a remodelação do mesmo logo após a edição de 2015.

Antes da pausa para almoço ocorreu uma das sessões mais esperadas do dia, esta mesmo com Gonçalo Madaíl. No seu entender, os portugueses não tem noção do que é acolher um evento desta dimensão e o que consiste, e apenas os fãs tem esse conhecimento. Revela que teremos das melhores forças de segurança dos últimos anos "parece que temos uma CIA a trabalhar connosco", revela também que a EBU está satisfeita com o trabalho da RTP até ao momento. E ainda confidencia que em algumas reuniões feitas até agora com as emissoras dos outros países, que se nota o receio de alguns países em ganhar a Eurovisão, por não possuírem condições de organizar um evento desta dimensão.

Após o almoço, ocorreu a primeira Mesa Redonda “Os Festivais da Canção em Portugal ao longo do tempo” que contou com as presenças de  Nuno Galopim como moderador, Pedro Moreira, Eládio Clímaco, Tozé Brito, João Ricardo Pinto. Pedro Moreira explicou a história e as funções do centro de preparação de artistas e da importância da radio para com os artistas na industria da música, no iniciar do Festival da Canção. Tozé Brito contou como foi a entrada de Portugal na Eurovisão e a atribulada criação do Festival da Canção, comenta as suas participações e das músicas que participaram nesses anos. Eládio Clímaco confessou algumas das suas tantas histórias como apresentador quer no Festival da Canção quer como na Eurovisão. Nuno Galopim deixou “uma achega” ao que o Gonçalo Madaíl falou na quinta sessão, mencionando o maior responsável por esta reformulação no Festival da Canção, Nuno Artur Silva, Administrador da RTP, que tomou a decisão de olhar para o Festival com uma perspetiva diferente.

Por fim, ainda aconteceu uma segunda Mesa Redonda “Os Bastidores e o Festival como forma de divulgação musical”, que contou com Isabel Campelo como moderadora, Jorge Costa Pinto, João Carlos Callixto, Salomé Andrade. 

Como breve curiosidade, no terminar da sessão, Tozé Brito explicou que os jurados em 2017, após refletirem qual a música deveria representar Portugal na Eurovisão e concluírem que deveria ser “Amar Pelos Dois” a representar Portugal, decidiram então colocar os adversários diretos do Salvador um pouco mais para baixo nas suas votações para que o mesmo pudesse ter hipóteses de ganhar.

Haverá uma segunda conferência em maio. Estas conferências pretendem ser um importante ponto de encontro para a reflexão, análise crítica e discussão acerca destes fenómenos televisivos e musicais, que têm sido reflexo da história da construção europeia.

Veja o vídeo e as imagens que se seguem:








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