Susana Travassos, a intérprete escolhida por Aline Frazão para interpretar o tema "Mensageira" no Festival da Canção (FC) 2018, cantora algarvia, de Vila Real de Santo António, com 2 cd’s editados, tem atuado nas salas de maior prestígio na América Latina, onde conquistou um público seguidor, ganhou admiradores e respeito por parte da imprensa. Já atuou ao lado de grandes nomes como Yamandu Costa, Toninho Horta, Chico Pinheiro, Chico César, Chico Saraiva e Zeca Baleiro. Está neste momento a finalizar 2 cd’s, um em parceria com o guitarrista e compositor Jean Charnaux e o seu CD a solo de originais gravado em Buenos Aires. Em Abril será exibido o seu DVD de homenagem à compositora Ana Terra no Canal Brasil.
Crónicas de Eurofestivais - Como encaraste este desafio que te foi proposto de ires ao Festival da Canção?
Susana Travassos: Encarei com alegria e emoção. Depois de tantos anos a cantar fora de Portugal, receber este convite da Aline Frazão, no preciso momento em que decidi regressar, foi uma agradável surpresa.
CE - Pelo Festival da Canção já passaram vários nomes de grande sucesso. O que achas de podes tirar de proveito desta tua participação para o teu futuro musical?
ST: Antes de mais sinto-me honrada porque de alguma maneira farei parte da história do Festival da Canção do meu país. Um Festival com história mesmo... por onde passaram grandes artistas! Mas o que me motiva realmente é a canção e a mensagem que ela evoca, é dela que quero tirar todo o proveito, espero que quem escute possa fazer o mesmo.
CE - A lista de participantes deste ano do Festival da Canção conta com muitos nomes conhecidos. Alguma vez pensaste em participar num concurso televisivo desse género?
ST: Confesso que nunca pensei... sinto-me realizada com a minha carreira e os caminhos por onde ela tem-me conduzido. Creio ser mais cantora de palco de teatro, mas gosto de desafios e de sair da zona de conforto, então abraço este com todo o prazer.
CE – Tens acompanhado as últimas edições do Festival da Canção? E do Festival Eurovisão da Canção? Há alguma participação que te tenha impressionado positivamente? Porquê?
ST: Não tenho acompanhado, estive muitos anos fora de Portugal, por acaso assisti o Salvador o ano passado e fiquei apaixonada desde o primeiro instante, confesso que a minha paixão por ele era muito anterior a isso... e que bom que me atrasei a responder às questões desta entrevista para então declarar a mesma paixão pelo tema apresentado hoje, na primeira semifinal do Festival deste ano, a canção de JP Simões. Canção de uma qualidade fora do comum, visionária, presença em palco, performance, desenho de luz, arranjo musical... tudo!!!!! Uma vénia ao JP Simões!
CE - Como descreves o tema que vais interpretar?
ST: O tema que vou interpretar é misterioso, uma balada que junta doçura e força. Gosto desses contrastes, essa ambivalência é aliciante para quem interpreta. É uma interpretação que não vem pronta e essa busca desafia-me como interprete, mexe comigo nas entranhas.
CE - O que podemos esperar caso venças o Festival da Canção? Quais são as tuas expectativas e ambições?
ST: As minhas ambições continuarão a ser as mesmas, estou num momento de várias realizações, com vários projetos a serem lançados (novo CD gravado em Buenos Aires, DVD a ser exibido no Canal Brasil, mais um outro CD com o guitarrista Jean Charnaux). Então espero dar continuidade ao que tenho a vindo a fazer nos últimos anos, regressar aos mesmos países com o novo trabalho e viajar para novos lugares. Confesso que vou sem expectativas, mas se eventualmente tiver a oportunidade de representar Portugal na Eurovisão fá-lo-ei com todo o coração e entrega.
CE - Explica-nos porque é que se deve votar em si para que nos representes na Eurovisão…
ST: Deve votar em mim quem gostar da canção da Aline, quem se sentir tocado por nós as duas. Acho que isso basta! Música é escuta, é emoção... e a escolha deve vir somente daí.
CE - Queres desejar uma mensagem aos nossos leitores e aos fãs em geral?
ST: Sim... escutem com o coração deixem a música entrar, não ouçam com os ouvidos alheios. Precisamos de um público que se envolva mais, a verdadeira música, essa que está em risco nos dias de hoje, precisa da verdadeira escuta e essa só o coração pode entender.
Ouça um excerto de "Mensageira": [AQUI]
Imagem: Jornal do Algarve
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