
22 de Maio, chegou o dia pelo qual todos os fãs eurovisivos esperaram ao longo de um ano. Em Baku estava tudo a postos, e a primeira semi-final começou! Uma entrada em grande... ou pelo menos esperava de um país com supostamente tantas ideias. Mas afinal apenas um plano do palco e as boas-vindas da praxe, vindas dos três apresentadores azeris: Leyla, Nargiz e Eldar. Os três mostram-se poliglotas; no entanto, é notável a falta de conhecimento de qualquer uma das línguas estrangeiras que tentaram pronunciar. Foram satisfatórios, mas muito fracos para um evento desta dimensão.
O espetáculo prossegue e fomos então diretamente para a primeira “canção”, do Montenegro. Antes de falar das canções, tenho a destacar os postcards, que não sendo originais, são um grande postal turístico de Baku e do Azerbaijão. Outro ponto a destacar é a mudança das cores da Crystal Arena, na apresentação de cada canção. Bastante original!
Montenegro em acção! "Euro Neuro" faz-se ouvir, mas receio que metade dos telespetadores por essa Europa fora tenham desistido de continuar a ver o espetáculo, tal não é a má impressão que esta música faz à primeira audição. Horrível, sem comentários.
Depois chega-nos a Islândia, que fará com que esqueçamos o que vimos anteriormente. Gréta e Jónsi estão muito elegantes em palco, a magia nórdica faz-se sentir na Crystal Arena, mas não tanto como eu esperava. As vozes não estiveram no ponto e os planos de câmara não foram os melhores. No entanto foi uma belíssima atuação.
A Grécia segue com a sua sensual atuação, cheia de bailarinos e com uma coreografia dejà-vu. Com a voz melhor do que nos ensaios, Eleftheria chega até a surpreender o espetador mais céptico. Eu que o diga. Apesar de tudo, penso que ficou na memória.
De seguida chega-nos a Letónia, talvez, com a música que menos se destacou em toda a semi-final. Nada nos fez lembrar-nos de Anmary no fim do espetáculo, o que é uma pena (pois até é uma canção simpática). As vozes também não foram as melhores e a atuação morta.
E eis que nos chega a diva da noite, Rona Nishliu. É preciso um bom ouvido para apreciar uma masterpiece como esta. A Albânia deu-nos o ponto alto da semi-final e talvez de toda a edição do ESC. Vozes como estas são raras e o poder que esta canção exige... Rona têm-no a 100% nas suas cordas vocais e na sua alma. Uma perfeição.
Após um intervalo entre as atuações são mostradas algumas imagens da festa de receção, que precedeu o evento. Os apresentadores relembram novamente algumas regras de votação e o espetáculo prossegue com a atuação da Roménia.
Os Mandinga agarraram ao máximo o seu tema, no entanto existiram problemas de som, que impediram com que a canção romena brilhasse em palco, fazendo com que Elena cantasse com muito esforço e fora do tempo. Mesmo com todos esses percalços, até foi uma atuação positiva e animada.
A primeira aposta rock da noite vem da Suíça. Uma espantosa atuação, que prende o telespetador ao televisor. O inglês do vocalista melhorou 200% e a música é muito mais poderosa ao vivo do que em estúdio. Sem dúvida um grande momento nesta semi-final.
A Bélgica trouxe-nos Iris, uma jovem com uma voz doce e uma canção igualmente doce. Nada mais que isso, não se destacou minimamente. Visualmente foi uma coisa bonita, o cenário era lindo, mas nem isso ajudou o país a destacar-se.
O mesmo problema aconteceu com a Finlândia, que atuou logo a seguir à Bélgica, com uma canção do mesmo género e igualmente esquecível aos ouvidos do telespetador (que não tem conhecimento prévio das canções). Apesar de ter sido um dos meus momentos favoritos da noite, vi logo que não iria longe.
Israel esteve melhor do que eu estava à espera. Uma das canções mais originais deste ano, mas também uma das mais ignoradas pelos fãs da Eurovisão. A atuação foi engraçada, mas penso que não terá agradado muito, talvez por ser demasiado alternativa.
E chega-nos a nossa querida Valentina Monetta, a representar São Marino, com uma canção sobre redes sociais. Odiada por muitos, amada por outros tantos, Valentina defendeu o tema com toda a garra possível, mas não foi isso que deu brilho ao tema, que é fraquíssimo. Uma nota positiva para a sua voz, que é fantástica.
Ivi Adamou em palco! Uma das favoritas dos fãs eurovisivos não esteve nos seus melhores dias. Creio até que teve uma prestação vocal inferior à da Eleftheria, da Grécia. No entanto, a música é melhor e fica bastante no ouvido. Ivi estava também lindíssima e a coreografia foi sensual e inesquecível. Foi uma boa atuação.
A Dinamarca segue o Chipre e Soluna Samay entra em palco com o seu chapéu de marinheira. Uma canção agradável, muito radio-friendly, e uma atuação um bocado morna, sem destaque. A sua sorte foi talvez atuar já mais perto do fim, ficando assim na memória. E talvez também a ajuda do júri.
E agora... um dos momentos mais esperados do ano. Buranovskiye Babushki em palco! As avozinhas preenchem-nos o ecrã com toda a sua ternura e boa disposição. Fantásticas em palco, sem qualquer noção da grandiosidade do evento, e sem quaisquer nervos! Receberam um dos maiores aplausos da noite e ainda me deram mais a certeza de que poderão vencer no próximo sábado!
Os Compact Disco entram de seguida em palco para interpretar o seu tema “The Sound of Our Hearts”. Não é uma canção que me diga alguma coisa e, portanto, passou-me um bocado despercebida. Das apostas rock desta semi-final prefiro claramente a da Suíça. Foi uma atuação um pouco esquecível.
Chegou a vez dos Trackshittaz, a representar a Áustria com as suas bailarinas de fatos luminosos enquanto dançam no varão. Demasiado sexual? Não creio. Acho que foi uma atuação bastante bem conseguida e um dos melhores momentos da semi-final. O seu azar foi talvez o júri não ter gostado do que foi feito em palco pelos austríacos.
A Moldávia é o penúltimo país a entrar em palco. Pasha Parfeny esteve muito melhor do que nos ensaios e melhorou imenso a coreografia terrível que lá nos tinha mostrado. Com tudo isto fiquei a acreditar que a Moldávia iria mesmo chegar à final este ano, coisa que tinha dúvida anteriormente.
E por fim, chegam-nos os gémeos mais frenéticos de todo o planeta (e arredores), os Jedward! Os manos irlandeses contagiaram o público na Crystal Arena e também em casa com a sua atuação. Os seus fatos eram bastante engraçados, assim como os penteados, e achei especialmente fantástico a fonte que apareceu no meio do palco (onde os Jedward tomaram um banho no fim da atuação).
Após todas as atuações as linhas são abertas pelos 3 apresentadores. Cada votante apenas pode votar um máximo de 20 vezes, o que me parece uma boa medida para acalmar um pouco o voto da diáspora. Uma recapitulação das 18 canções é transmitida e segue-se um momento musical de um grupo tradicional azeri.
Depois da atuação chegou o momento de encerrar as linhas telefónicas. Estão assim escolhidos os 10 finalistas. Leyla começa, então, a anunciar um por um, quem passa à grande final do próximo sábado. Roménia é o primeiro país, sobrevivendo assim a todos os problemas com que se deparou. De seguida sai a Moldávia, marcando mais uma vez presença na final. O terceiro país foi a Islândia, também sem surpresas. Seguiu-se a Hungria, que não esperei que passasse (sendo assim o primeiro finalista surpreendente). Dinamarca, Albânia e Chipre passaram de seguida, também sem surpresas. A Grécia foi o 8º país a chegar à final, contrariando o que pensei que fosse ser o flop da edição. Os dois últimos finalistas foram, os que considero que devem ter ficado em 1º e 2º lugar, a Rússia e a Irlanda.
No geral foram finalistas previsíveis, tirando dois ou três casos. Penso que injustiçados foram a Finlândia e a Bélgica, que devem ter-se anulado uma à outra, e também a Suíça que teve uma prestação muito melhor que a Hungria, merecendo mais o lugar do que esta. A Áustria também esteve muito bem e merecia um lugar na final; porém não teve o apoio dos fãs (nem do júri).
O espetáculo terminou assim, com todos os 10 finalistas em palco, como habitualmente acontece. Os apresentadores despedem-se e convidam os telespetadores a assistir a segunda semi-final, no próximo dia 24!
Redigido por Rafael Lopes
Redigido por Rafael Lopes
Dizer que a Grécia teve uma prestação vocal melhor que o Chipre é ... enfim... Caso não tenham reparado, a Elefteria cantou sempre em conjunto comuma moça que estava na "escuridão", o que não aconteceu com a Ivi, que teve mesmo que cantar. A Grécia foi patética, e só passou poruqe é a Grécia e passa sempre!
ResponderEliminarA Ivi também tinha uma "moça na escuridão"( mais conhecida por Backing Vocal )!!! Apesar de gostar das 2 musicas em questão há que admitir que nenhuma delas esteve nem a 50% bem mas também é mais dança do que outra coisa.
ResponderEliminarA semi final foi pouco interessante, acho eu.
ResponderEliminarA melhor da noite foi a Islândia, sem dúvida. Grande parte das músicas são cantadas por raparigas que são todas giras, mas a voz não é grande coisa... e é música já muito ultrapassada...
Gonçalo S*
Concordo com o comentário anterior. A IVI cantou sempre só, apenas no refrão se houvia outra voz, enquanto a da Grécia teve a ajuda todo o tempo da voz fantasma. O som da música grega é bom mas a voz dela foi uma completa desilusão. Na final não creio que terá bons resultados, o júri vai penalizá-la
ResponderEliminarA música de Israel é alternativa? Aquilo parece uma música de um anúncio de fraldas...
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