Apreciações Musicais - ESC 2020: Bélgica

HOOVERPHONIC - "RELEASE ME"

Jessica Mendes: “A matter of time” resultou tão bem que a Bélgica decidiu apostar no mesmo género. Eu gosto da música, mas é tudo tão plano, sem um crescendo, que acaba por perder o interesse. A título de curiosidade, um dos autores é italiano e participou também na composição de Occidentali's Karma. De facto, a instrumentalização excessiva grita Sanremo.

João Vermelho: Isto é lindo, dos instrumentais mais bonitos desta edição.

Neuza Ferreira: O instrumental é mais uma obra prima da Bélgica. Sem dúvidas. É uma canção de grande qualidade, com uma sonoridade bastante moderna. O problema é que o registo belga começa a parecer igual todos os anos.

Pedro Lopes: O instrumental é bom, e bastante agradável às sucessivas audições, que encaixam perfeitamente no meu gosto comum. Mas, fica sempre a faltar qualquer coisa… O facto de ser um estilo um pouco dark, a chamar o James Bond que há em cada um de nós (ou não), pode jogar em desvantagem. Vai ser preciso uma atuação muito impactante. 

Tiago Lopes: Um instrumental que facilmente podia fazer parte da banda sonora da saga 007. Um tema um pouco monótono, temo que se vá perder no meio das outras propostas.  

Jessica Mendes: Ela tem uma voz lindíssima, mas parece-me bastante limitada nos agudos e talvez não tenham apostado em partes da canção mais altos por isso mesmo. Há ali uma fragilidade qualquer que se adapta muito bem a esta música.

João Vermelho: A Luka Cruysberghs não tem a melhor voz desta edição nem um vozeirão, mas tem o timbre e a voz certa para este tema.

Neuza Ferreira: A vocalista tem uma voz que me fez lembrar a Sennek. Adequada para o tema, com boa qualidade em estúdio. Espero uma boa qualidade vocal aquando da interpretação do tema ao vivo.

Pedro Lopes: Daquilo que se depreende da versão estúdio, vou apostar que a vocalista dos Hooverphonic nos traz uma voz segura, e que não temos flashbacks de 2018 ou 2019. Não vou aguentar uma situação assim pelo terceiro ano consecutivo.

Tiago Lopes: Apesar de só ter como referência o vídeoclipe, não acredito que a vocalista vá ter grandes dificuldades em defender este tema. Espero que consiga transmitir a emoção.

Jessica Mendes: Este título é repetido tanta vez que acaba por tornar a música mais chata. 

João Vermelho: A letra é bastante bonita e facilmente a consegui decorar e envolver me nela.

Neuza Ferreira: Letra do estilo 007. Vai de encontro com a onda misteriosa do instrumental, mas peca pelo facto de repetir “release me” inúmeras vezes; não se aguenta.

Pedro Lopes: Tal como todo o tema em si, a letra é muito obscura, mas até relativamente interessante. Claro que cada um sente à sua maneira, mas já todos passámos (ou vamos passar) pela fase em que alguém nos diz que, para nosso bem, há que nos libertarmos do que é corrosivo. 

Tiago Lopes: Torna-se monótono como o instrumental, alguns versos em rima, um tema já banal... é bom para ouvir uma vez.

Jessica Mendes: 6 pontos.

João Vermelho: 10 pontos.

Neuza Ferreira: 4 pontos.

Pedro Lopes: 6 pontos.

Tiago Lopes: 2 pontos.

Total: 28 pontos

Jessica Mendes: Se calhar, no próximo ano, apostam em qualquer coisa diferente sim, Bélgica?

João Vermelho: Parece que respirei ar puro pela primeira vez desde há muito tempo.

Neuza Ferreira: Só falta o James Bond.

Pedro Lopes: Homenagem a James Bond, parte 1.

Tiago Lopes: Release me destes 3 minutos. 

1.º Lituânia - 53 pontos; 2.º Suécia - 46 pontos; 3.º Rússia - 42 pontos; 4.º Azerbaijão - 39 pontos; 5.º Austrália - 37 pontos; 6.º Irlanda - 35 pontos; 7.º Bélgica - 28 pontos;

7.º Bielorrússia - 19 pontos; 8.º Eslovénia - 18 pontos; 9.º Macedónia do Norte - 17 pontos.

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