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[Crónica] ESC 2019: o ano em que a KAN estragou o meu comentário ao ESC


OBS: caso sigam as notícias eurovisivas, vão perceber que alguns pontos deste texto não fazem muito sentido. No entanto, a minha opinião sobre esses pontos não mudou. O que mudou mesmo foram os pontos da tabela, fruto da incompetência da organização, para quem foi muito difícil perceber que a média entre 0+0+0+0+0 dificilmente vai ser 12. Desta forma, e tendo em conta que este texto foi preparado com antecedência, o mesmo vai permanecer ridículo, bem ao nível de toda esta situação.

Chegamos ao fim de mais um ano eurovisivo e nos nossos corações já se faz sentir a nostalgia ao saber que falta praticamente um ano para termos o nosso momento de volta. A boa notícia é que em Maio do próximo ano estaremos na Holanda, bem mais perto de casa e se tudo correr bem nem vamos ter que vender um rim para comprar bilhetes para o show!

Esta foi definitivamente uma edição invulgar para mim: não pude acompanhar como normalmente faço as semanas antes do festival propriamente dito e, no entanto, tinha tantas favoritas que dificilmente ficaria chateada com os resultados - quase aconteceu, é verdade, mas no final o concurso apresentou um top 5 que não poderia ter me deixado mais feliz. Mas esta questão de alguém que eu não apreciava ter quase vencido - e sim, estou a falar da Suécia - traz desde já uma questão que devia ser abordada pela EBU. Estou obviamente a falar desse painel de pessoas especializadas em música que sabe perfeitamente o que faz chamado júri. Talvez eles realmente achassem que a Suécia tinha a  melhor música a concurso, o que se torna duvidoso porque parece que todos os anos eles acham que a Suécia tem a melhor música a concurso, então eu nem vou reclamar da inutilidade do júri neste ponto. Reclamo sim dos votos à descarada nos vizinhos e nos últimos lugares atribuídos aos países com quem o país em específico tem problemas políticos. Será só o público que vê como isto é ridículo? Vai continuar a EBU a fechar os olhos a estas situações que obviamente tiram parte do prazer para quem esta a assistir e torna o concurso tão mais político? Obviamente para a EBU la venda no cayó no. Talvez o Miki lhes devesse ensinar algo.


Continuando no tema "politiquices", esta edição ficou marcada por dois momentos em que a bandeira proibida foi exibida. Primeiro Madonna arriscou-se a perder o seu cachet ao exibir a bandeira da Palestina, embora sejamos honestos, ela devia perder o cachet era por causa daquela atuação vergonhosa. Depois o grupo islandês, que tinha prometido protesto, cumpriu com a sua parte e foi recompensado com os lugares mais desconfortáveis no avião na volta para casa. Se era o momento para este tipo de manifestação acontecer? Não, não era. Se todos cá em casa aplaudimos a atitude? Oh se aplaudimos! Tomando lados políticos ou não, não nos podemos queixar da falta de aviso. Eles não estavam lá pelos pontos ou pelo top 10 que acabaram por conseguir. Eles estavam lá para isto e só lhes deram espaço de antena para que acontecesse. A atitude foi com certeza incorreta mas só me faz amar ainda mais este grupo.


E esta conversa leva-me a dar uma palavrinha sobre a organização. Nem tudo foi mau, obviamente, mas muito com coisa com certeza passou ao lado de ser bom. Nunca vi tantas mãos a serem gravadas numa emissão da Eurovisão. O facto de até um camara man ter aparecido durante uma atuaçao revela a falta de experiência da equipa. Não vou estender-me nos planos de câmara filmados da janela da vizinha que estragaram tantas atuações. Mas posso falar da falta de capacidade da organização de entregar às delegações o que elas pediam e as dores de cabeça que isso nos deu ao ver os nossos favoritos a serem prejudicados por causa destas coisas. No entanto vamos dar o crédito às coisas que realmente se superaram: os postcards foram os meus preferidos dos últimos anos e alguns deles volta e meia ainda vou rever; tenho obviamente que mencionar também os interval act que nos trouxeram de volta algumas das caras que nós mais adoramos e que sempre é um prazer voltar a ver no palco da Eurovisão. Quase até esquecemos que a Madonna subiu ao palco.


Termino a falar dos resultados. Holanda era uma das minhas preferidas então não podia estar mais feliz com o resultados. Portugal não passou para a final - injustamente, no meu ponto de vista - mas fomos mais uma vez vítimas desse jurí extremamente sapiente que vota nos países vizinhos só porque sim. Nada que nunca tenhamos visto. Por outro lado pude pela primeira vez ver um top 5 da Suíça, país que me viu nascer e me acolheu por uns quantos anos e pelo qual eu sofro como se fosse  Portugal. São Marino e Macedónia do Norte conseguiram os seus melhores resultados de sempre: o primeiro a revelar como os telespectadores ainda adoram uma boa piada e o segundo a mostrar como o júri consegue acertar em algumas coisas de vez em quando e a justificar o porquê de ainda existir. Alguns resultados foram mais justos do que outros, uns ficaram mais felizes que outros, mas não seria Eurovisão se assim não fosse. Para o ano há mais, mas por agora é hora de voltar às vidas normais que os bilhetes para ir à Eurovisão no próximo ano não vão aparecer cá em casa de graça.

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