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Apreciações Musicais - ESC 2019: Bélgica



Eliot - "Wake Up"



Andreia Valente: Ninguém faz dark-pop como a Bélgica. Voltámos aos sintetizadores dos anos 80. O instrumental é, por si próprio, excelente. No entanto, o último refrão é capaz de ser a maior desilusão do ano: a falta de energia e a repetição são a ruína de “Wake Up”. 

Catarina Gouveia:  Que promissor que é o instrumental quando a música começa. Que promissores que são os versos. O refrão estraga tudo. Se me fizessem o que fizeram com a Bélgica na Eurovisão em 2018, eu também responderia à ingratidão com mediocridade. 

Daniel Fidalgo: O instrumental de “Wake Up” vem no seguimento das últimas músicas belgas, fugindo das propostas mais convencionais e entregando-nos algo mais inovador e desafiante. A música começa sombria, onde se ouve um sample eletrónico viciante e envolvente. No refrão, nota-se uma quebra de ritmo, que se vai aprendendo a gostar. É um pop bem construído, acessível e, ao mesmo tempo, moderno. 

Jessica Mendes: A base em que esta música assenta é maravilhosa. Há um secretismo e um oculto qualquer nas partes que me fazem estar ansiosa pelo refrão que depois desilude completamente por haver uma quebra enorme de ambiente. A ponte também é muito fraca. A ideia estava lá mas a execução ficou aquém. 

João Vermelho: O instrumental é bastante contemporâneo e nota-se que é Bélgica quality, porém é algo bastante semelhante ao que se ouve nas rádios todos os dias.

Neuza Ferreira: O instrumental de “Wake Up” é só mais uma obra prima vinda da Bélgica. É uma execelente canção, de grande qualidade, com uma sonoridade muito molódica.

Pedro Anselmo: A Bélgica volta-nos a presentear com uma canção pop moderna, ritmada e um pouco para o “dark”, um pouco à semelhança de City Lights. Falta-lhe é um pouco mais de força ao chegar à parte final.

Pedro Lopes: Mais uma vez, a Bélgica presenteia-nos com uma música bastante contemporânea, naqueles em que o registo e o estilo é fácil de agradar à maioria. Desde 2015 que assim é, e, se tudo correr bem (vamos esquecer 2018), esta é uma música para ir à final da Eurovisão.

Tiago Lopes: Um instrumental que parece ir em crescendo, mas que estagna no mesmo sítio, tornando-se rapidamente chata.


Andreia Valente: Uma voz mais interessante do que a da Sennek, mas com igualmente pouco potencial. “Wake Up” não necessita de mais. 

Catarina Gouveia:  Odeio crianças.

Daniel Fidalgo: Eliot tem uma voz perfeita para este género de canções. Não tem um timbre ou um alcance extraordinários, mas serve como complemento a “Wake Up”, ajudando a construir o conceito.

Jessica Mendes: Eliot tem uma voz lindíssima mas que não acho que fique especialmente bem neste tema. Precisava de uma voz mais grave e com mais poder.

João Vermelho: Eliot tem um timbre único, o que me cativa bastante nesta canção.

Neuza Ferreira: Gosto bastante da voz dele, mas estou de pé atrás como será ao vivo. O ano passado a Sennek também me impressionou muito e depois ao vivo fiquei um pouco desiludida. Não quero elevar muito as minhas expectativas.

Pedro Anselmo: Não é nada por aí além, pode ser melhor. A versão estúdio é sempre diferente de uma atuação ao vivo, e nesta ele deverá dar o melhor que tem para que possa dar uma nova força à canção.

Pedro Lopes: O Eliot é um grande cantor, por isso, assumimos que o seu nível vocal vai estar cem por cento seguro numa prestação ao vivo. Que foi o que nos faltou o ano passado…

Tiago Lopes: Com base no instrumental é difícil avaliar a voz de Eliot, mas tem um timbre particular.


Andreia Valente: Se iam fazer uma canção sobre como a geração mais velha ignorar o perigo eminente do aquecimento global, então tentavam não ser tão estupidamente subtis. Parece-me uma oportunidade perdida. 

Catarina Gouveia:  Como diria a Ana Malhoa, “muitos tentaram e sempre falharam”. 

Daniel Fidalgo: Depois de algumas pesquisas, vi que não existe um consenso acerca do significado da letra. Eu interpreto a canção à luz de uma mensagem social, onde se apela a que as novas gerações acordem e se apercebam de que é necessária uma grande intervenção para alterar o destino apocalíptico da humanidade. “I’ll wait for the sign/I can’t find anyone to stay/But there’s something in the light/Saving our lives”

Jessica Mendes: Além de repetitiva, é uma letra que se identifica muito mais com o refrão do que com a vibe mais oculta das partes. Acho-a muito leve e básica.

João Vermelho: A letra acaba por ser interessante, tem um significado profundo e é uma letra que fica facilmente na cabeça. 

Neuza Ferreira: É uma letra simples e bastante bonita.

Pedro Anselmo: Bonita letra e bem estruturada, porém um pouco repetitiva.

Pedro Lopes: Gosto bastante da letra de “Wake Up”, sobretudo por ter versos bastante curtos, mas percetíveis e com a mensagem correta. Acho que a “tentativa” de conquista ou a luta que o Eliot pretende mostrar com a música irá conseguir com que muita gente se identifique com o que o músico canta.

Tiago Lopes: Mais uma composição que poderá ter várias interpretações. “Wake up” pode ser uma letra que foca os problemas ambientais, questões sociais ou relações pessoais. Ainda assim é uma composição interessante.


Andreia Valente: Ui, ainda vamos ver a Bélgica a ficar pela semifinal outra vez. 

Catarina Gouveia: A Bélgica merecia ficar pela semifinal este ano, mas julgo que esta semifinal tem lixo suficiente para que “Wake Up” seja levada ao colo.

Daniel Fidalgo: Acredito que se classifica para a Grande Final e, com uma boa atuação, poderá ocupar um lugar nas 10 primeiras posições.

Jessica Mendes: Depois do que aconteceu no ano passado, não ponho as mãos no fogo pela Bélgica, mas acredito que vá confortavelmente à final.

João Vermelho: Prevejo uma fácil passagem à final, e quem sabe um top 10 na final.

Neuza Ferreira: Talvez top 10.

Pedro Anselmo: Tem capacidade para ficar no top 20.

Pedro Lopes: Bélgica na final, mas só com uma boa atuação ao vivo pode fazer pensar no top 10.

Tiago Lopes: Só com um grande staging é que e Bélgica se safará da não passagem à final.


Andreia Valente: 7 pontos.

Catarina Gouveia: 4 pontos.

Daniel Fidalgo: 10 pontos.

Jessica Mendes: 7 pontos.

João Vermelho: 10 pontos.

Neuza Ferreira: 7 pontos.

Pedro Anselmo: 7 pontos.

Pedro Lopes: 8 pontos.

Tiago Lopes: 5 pontos.

Total: 65 pontos





Andreia Valente: A intenção foi boa, mas se calhar a Bélgica atingiu o pico de qualidade em 2017. 

Catarina Gouveia:  Odeio crianças.

Daniel Fidalgo: “Wake Up” países de pop genérico, Bélgica vai ficar à vossa frente.

Jessica Mendes: Para quem veio para lutar tem pouca atitude de vencedor.

João Vermelho: Geralmente eu gosto de acordar com algo mais mexido.

Neuza Ferreira: Sou a única que imagina isto no soundtrack de uma série de ação?!

Pedro Anselmo: Será que a Bélgica acordou depois do falhanço do ano passado?

Pedro Lopes: So Wake me Up when its all… ups não, desculpem. Música errada. I came to fight! É isso.

Tiago Lopes: BÉLGICA, “WAKE UP”!


  1.º Chipre - 74 pontos; 2.º Hungria - 73 pontos; 3.º Eslovénia - 70 pontos; 4.º Bélgica - 65 pontos; 5.º Austrália - 48 pontos; 6.º Sérvia - 48 pontos; 7.º República Checa - 43 pontos; 8.º Bielorrússia - 42 pontos; 9.º Polónia - 39 pontos; 10.º Finlândia - 39 pontos; 11 Montenegro - 19 pontos; 

Ajude-nos a escolher a melhor canção do ano. Pontue as canções do ESC 2019 AQUI. A votação final (com a junção dos votos da equipa CE e dos votos do público) será revelada a 3 de maio.

Vídeo: Eurovision Song Contest

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