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[Especial] Os 5 países mais sobre e sub valorizados do ESC 2018


Já se passaram alguns meses desde o Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2018, mas a esperança de voltarmos a ver o evento cá em Portugal mais uma vez já habita em todos nós. Enquanto esperamos, sentados, fiquem com as cinco canções mais sobre e sub valorizadas da primeira edição do ESC realizada em Portugal.

5 canções mais sobre valorizadas do ESC 2018

5º lugar: "Nobody But You" - Cesár Sampson (Áustria)



Cesár entregou-se de corpo e alma ao palco eurovisivo e defendeu bem um tema com raízes no pop, mas abrilhantado com um toque de gospel. Não há nada de errado a apontar (a não ser a indumentária). Mas será que mereceu o primeiro lugar entregue pelos jurados internacionais? Não, e, nesta situação, o voto popular foi a prova disso. É que apesar da qualidade, não me parece que Cesár merecesse o troféu no meio de outras propostas com mais personalidade. A Áustria terminou em terceiro lugar na Final, algo exagerado, mas o lugar nas primeiras dez posições foi justo.

4º lugar: "That´s How You Write a Song" - Alexander Rybak (Noruega)



Parabéns ao Rybak por ter ganho a Segunda Semifinal do ESC 2018. Felizmente, a vitória resumiu-se a isso, porque na Final as mentes foram iluminadas e o vencedor do ESC 2009 caiu das escadas, acabando no 15º andar. E até esta queda sobrevaloriza este tema infantil dos anos 90, porque se não fosse o carisma do cantor, a proposta teria acabado perto do último lugar... se passasse à Final.

3º lugar: "Higher Ground" - Rasmussen (Dinamarca)



"Higher Ground" é uma canção rejeitada pelo Melodifestivalen (final nacional sueca) e aproveitada para representar a Dinamarca. Salvo pelo público, mas derrubado pelos jurados, o tema tem aquele cunho épico que apela às massas, mas ao escutá-lo com atenção, nota-se que a canção é repetitiva e de fraca produção e que quando está quase a perder o completo interesse, o tom sobe, só para nos manter mais uns segundos a ouvir este tema mediano. No entanto, a apresentação em palco foi boa.  Mereceu a Final, não mereceu o nono lugar final. 

2º lugar: "My Lucky Day" - DoReDoS (Moldávia)



O que fez esta canção acabar em décimo lugar na Final foi a brilhante apresentação em palco, não a canção em si. "My Lucky Day" é, apesar de divertida, muito datada. As vozes foram afinadas, mas não se destacam. A atuação e o carisma do grupo sobrepuseram-se à canção, mas como a música é (ou deveria ser) dominante neste concurso, a Moldávia acabou bastante sobrevalorizada. 

1º lugar: "Dance You Off" - Benjamin Ingrosso (Suécia)



Ora vejamos: a canção é igual a 1 milhão de canções que passam na rádio, embora seja bem produzida e dançável; o Ingrosso dança bem, mas tem uma voz extremamente limitada, não conseguindo cantar o refrão sem o apoio de outros vocalistas. No entanto, os jurados consideraram esta a segunda melhor proposta da Final. E porquê? Talvez para compensar o Bottom 5 atribuído pelo público. Não é preciso dizer-se mais nada, quando a posição do público atribuída a este tema é festejada aos gritos e aplausos em todo o Altice Arena. Mesmo assim, a Suécia manteve-se no Top 10, devido à sobrevalorização inexplicável dos jurados ditos profissionais. 

5 canções mais sub valorizadas do ESC 2018

5º lugar: "Monsters" - Saara Aalto (Finlândia)



A Saara acabou em penúltimo lugar na Final e não teria lá chegado, caso a votação fosse totalmente entregue aos jurados na semifinal em que participou. De facto, "Monsters" não é uma canção incrível, mas é, com certeza, superior a muitas finalistas desta edição. Já para não falar da voz poderosíssima que fazem elevar bastante o tema. A apresentação em palco foi divertida e adequada à canção. Então o que aconteceu? Provavelmente os suecos andaram a roubar pontos aos vizinhos e assim já fica explicada a sobrevalorização do Ingrosso. 

4º lugar: "Viszlát Nyár" -  AWS (Hungria)



Tem-se apelado tanto à diversidade neste concurso, que quando ela aparece, coloca-se a proposta em 21º lugar... A Hungria arriscou muito bem num tema rock pesado, com uma das apresentações em palco mais espetaculares em toda a história do ESC. Percebo a posição pelo público, que pode ter mais dificuldade em aceitar um tema tão pesado, mas por parte de jurados internacionais? É incompreensível. Por mais propostas assim, Hungria! 

3º lugar: "Under The Ladder" - Melovin (Ucrânia)



A Ucrânia terminou num surpreendente 17º lugar na Final, tendo ficado em penúltimo lugar pelos jurados e em sétimo pelo público. Talvez o inglês do Melovin merecesse o 17º lugar, mas a canção, muito bem encenada em palco, com um artista talentoso e misterioso, mereciam, sem margem para dúvidas, o Top 10. "Under The Ladder" é uma canção de produção simples, mas eficaz. Melovin canta bem e é interessante em palco. E aquele piano faz frente aos pianos mais extravagantes de Lady Gaga, sendo, simplesmente, épico. 

2º lugar: "Bones" - EQUINOX (Bulgária)



"Bones" é a definição de perfeição pop. Produção, composição, vozes e letra épicas, mas que, infelizmente, terminaram num muito injusto 14º lugar na final, talvez por ser um tema que apela ao obscuro e ao gótico. A Bulgária merecia muito mais o Top 3 do que a Áustria, pela inovação, pelo rasgo, pela atitude em palco e do grupo. A canção seria um sucesso se fosse lançada pelos Imagine Dragons e, com certeza, dominaria as rádios norte americanas.

1º lugar: "Oniro Mou" - Yianna Terzi (Grécia)



Todos os anos sofremos bastante com aquela canção que juramos que vai terminar no Top 5, mas que acaba por não passar da semifinal... este ano essa ingrata situação calhou à Grécia. Indiscutivelmente, um dos melhores temas desta edição a perder um lugar na Final. Yianna não esteve perfeita a nível vocal e mais atitude era requerida. Ainda assim, o passaporte para a Final era mais do que merecido para um tema tão bonito e tão étnico. São situações como estas que têm destruído a diversidade que era tão característica neste evento.

Imagem: eurovisionworld/Vídeos: eurovision song contest

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