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E Foi Por Pouco... 6 - Aitana, Igit, Vanessa Iraci, Annalisa e Raya



Igit - "Lisboa, Jérusalem"
5.º lugar no Destination Eurovision

Música: Com uma sonoridade a fazer lembrar a valsa, "Lisboa, Jérusalem" é a verdadeira chanson française que facilmente associaríamos a Jacques Brel. Foge à estrutura normal das músicas e é diferente de tudo aquilo que vimos na Eurovisão ou que ouvimos nas rádios hoje em dia. Tem um crescendo muito interessante e uma letra deliciosa que foge aos clichés das músicas de amor.

Apresentação: Igit é um Artista (notem o A maiúsculo) brilhante e dá à música toda a força de que esta precisa. A apresentação da final nacional francesa foi muito bem pensada. Ainda que não se perceba nada de francês, conseguimos perceber a história por trás da canção e ainda nos deliciamos com o boneco.

Comparação com a vencedora: Apesar de poder acabar no meio da tabela, "Mercy" é uma escolha muito mais segura do que esta alguma vez seria uma vez que é uma música de extremos: ou se ama ou se odeia. No entanto, a correr bem, a França poderia sair de Lisboa com um lugar excelente.

Pontuação: 12 pontos

     



Annalisa - "Il mondo prima di te"
3.º lugar no Sanremo

Música: "Il mondo prima di te" é a música típica de Sanremo. Uma balada muito bem construída que ganha muito com a orquestra mas que acaba por não ter nada que a faça sobressair excetuando a voz fantástica da Annalisa.

Apresentação: A tentativa de fazer uma coisa diferente com os planos de câmara era boa, mas parecia quando fazíamos vídeos no movie maker e usávamos aquelas transições com corações e estrelas. E, apesar de ela cantar maravilhosamente bem, falta-lhe transmitir o que está a cantar. Quem não percebe italiano não chega a saber se isto é uma música feliz ou se a rapariga está a sofrer.

Comparação com a vencedora: "Non mi avetto fatto niente" foi a escolha certa por dois motivos: os cantores exprimem o que estão a cantar e a mensagem da música merece ser ouvida por toda a gente. Talvez Annalisa agradasse mais ao júri, mas não iria além de um lugar mediano.

Pontuação: 8 pontos






Vanessa Iraci - "Redlights"
3.º lugar no Die Entschiedungsshow

Música: "Redlights" é uma canção bem construída, com um refrão e final fortes. A voz de Vanessa Iraci encaixa na perfeição e alcança o que a canção exige. Pode não ser uma aposta muito marcante, mas o talento de Vanessa encarrega-se de que ninguém se esqueça de si. Uma proposta que seria claramente superior a "Apollo", podendo fazer com que a Suíça regressasse à final da Eurovisão.

Apresentação: Na performance da final do Die Entscheidungsshow, Vanessa superou qualquer expectativa a nível vocal. Uma atuação que revelou a sua qualidade enquanto artista, com um palco diferente e moderno, mas adequado. 

Comparação com a vencedora: A dupla Zibbz foi uma boa vencedora, mas, tal como acontece com "Redlights", não é muito memorável e tem muito poucas caraterísticas que façam com que se destaque. Constando numa semifinal cheia de grandes potências eurovisivas, será difícil o seu destaque. 

Pontuação: 10 pontos






Aitana - "Arde"
2.º lugar no Operación Triunfo

Música: Uma balada bonita. onde a poderosa voz de Aitana é acompanhada pelo som de uma guitarra.  A chave desta canção é a simplicidade, o que faz sobressair o talento da cantora. 

Apresentação:  A nível vocal foi irrepreensível! Já o guarda roupa e a  apresentação em palco poderiam ter sido mais bem pensados. Obviamente que a apresentação teria de continuar a ser simples, mas o fraco trabalho de câmaras não permitiu criar uma ligação mais forte entre o espetador e a intérprete. Talvez foi esse o fator que impediu Aitana de viajar até Lisboa em maio. 

Comparação com a vencedora: A canção vencedora é também uma balada simples, mas não tem a potencialidade de "Arde". Não é original, é um lugar-comum, que dificilmente chegará a bom porto na Eurovisão. "Arde" teria sido uma escolha mais segura. 

Pontuação:  7 pontos


       


RAYA - "CRAZY"
Eurovision: You Decide 2018

Música: As canções do Reino Unido deixam quase sempre a desejar, muito pelo facto de ser um país cheio de grandes nomes na indústria, que acaba por optar habitualmente por uma mediocridade aleatória. "Crazy" foi aquela música pop bem construída que se salientou logo à primeira audição, que fez justiça ao pop de excelência que sai deste país. Para além disso, teve uma mãozinha da Greta Salóme (Islândia 2012 e 2016), o que tornou tudo isto muito mais exciting!

Apresentação: Sabem o que acontece sempre que os cantores tentam cantar e dançar ao mesmo tempo? Falhas vocais, o coro a dar apoio excessivo? Nada disso aconteceu, pois Raya deu um autêntico baile em palco sem vacilar na interpretação. Abriu o desfile de canções de forma impecável, fazendo com que todos os que lhe seguiram parecessem puros amadores. 

Comparação com a vencedora: O Reino Unido presenteou-nos com uma das melhores finais nacionais do ano ao nível da qualidade musical. De todas as escolhas possíveis, optaram por uma das piores canções. "Crazy" podia dar acompanhamento à melhoria de resultados conquistada por Lucie Jones. Já "Storm" poderá ser âncora que os trará de volta ao bottom 5.

Pontuação: 10 pontos


     

Vídeos: Destination Eurovision, RAI, 

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