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[Especial] Melodifestivalen 2017: análise às canções finalistas


Melodifestivalen 2017: análise às canções finalistas

Realiza-se amanhã a final nacional mais esperada pelos fãs eurovisivos. De lá, já saíram estrelas como Loreen, Mans Zelmerlow, Charlotte Perrelli e tantos outros. Em 2017 pode vir a sair uma nova estrela. Nas casas de apostas, é o Nano, Wiktoria e Jon Henrik Fjällgren feat. Aninia que estão à frente, mas estão 12 artistas a concorrer pela vitória. E só um, mas apenas um poderá ganhar. Aqui seguem as opiniões, música a música.

Ace Wilder - "Wild Child"


É com imensa pena que vemos este regresso de "Wild Child" como um autêntico fracasso. Ace Wilder é dos nomes mais cobiçados dos últimos anos para estar no Melodifestivalen, no entanto com o sucesso da sua primeira participação e com a consolidação da sua segunda participação, "Wild Child" devia ser uma música para levar a cantora de vez à vitória. A música tem um toque fresco, mas uma letra demasiado fraca e um instrumental bastante infantil. Segue a tendência das suas últimas músicas lançadas, no entanto é a mais fraca de todas elas. De longe, é a sua mais fraca participação e é igualmente das piores finalistas deste ano.  Deve ficar no bottom 5. Desilusão total!

Pontuação final: 4 pontos


Boris René - "Her Kiss"


Boris René surpreende os fãs eurovisivos a cada ano que passa. "Her Kiss" é talvez a música mais viciante deste ano na seleção sueca e, apesar de ser bastante desvalorizada no início, é fantástica e está a crescer no coração de todos. Como intérprete, Boris é bastante bom, demasiado até para o estilo musical que apresenta, a coreografia é original e o cenário do palco é simples mas eficiente para a mensagem que quer transmitir. Pode não ser uma música para vencer o Melodifestivalen, mas mostra um Boris mais profissional, mais maduro e mais capaz de fazer estragos nos próximos anos. Continua assim!

Pontuação final: 5 pontos


Lisa Ajax - "I Don't Give A"


Esta canção parece o resultado de uma adolescente frustrada, que decidiu mostrar o quanto está zangada com o mundo. Tem uma atuação completamente medíocre, e deu uma queda brutal desde que apresentou a música “My Heart Wants Me Dead” no Melodifestivalen 2016, chegando a ser ridícula. O instrumental é cansativo, batidas repetitivas, assim como o refrão em que Lisa repete inúmeras vezes “I don’t give a”. Já o visual, é bastante fraco também, tanto em termos de cenário como o visual de Lisa também. Claramente não foi uma atuação preparada para ganhar, e provavelmente irá conquistar um dos últimos lugares. 

Pontuação final: 0 pontos


Robin Bengtsson - "I Can't Go On"


Robin regressou em força comparando com a sua estreia no Melodifestivalen. Apesar de já ter tido uma atuação bastante cativante em 2016, os dançarinos e toda a performance deste ano, parecem fazer parte dele e tudo terem a ver com o seu estilo. Há a comparação de Anton Hagman com Shawn Mendes, mas sem dúvida que “I Can’t Go On” poderia também perfeitamente ser uma música escrita para Justin Timberlake. O que não é negativo, visto que Robin conseguiu entregar-se por completo e dar uma atuação fabulosa, a sua voz encaixa perfeitamente neste estilo e toda a dança com as passadeiras e os efeitos visuais combinaram da melhor maneira possível com esta música energética, que mete qualquer pessoa de pé. Robin passou em primeiro lugar na semi final em que participou, e apesar deste ano ser difícil de escolher um vencedor, pelo menos, deverá lutar pelos primeiros lugares. 

Pontuação final: 10 pontos


Jon Henrik Fjällgren feat. Aninia - "En värld full av strider (Eatneme gusnie jeenh dåaroeh)"


Por onde começar? Junta-se o tradicional ao moderno e dessa junção, nasce uma belíssima canção e atuação que faz arrepiar. Quando em 2015, Jon Henrik Fjällgren participou, apesar de ter conseguido um bom lugar, provavelmente ninguém dava nada por ele. Ao voltar este ano, trouxe Aninia, que foi o melhor que poderia ter feito, o resultado foi uma atuação apaixonante que tem de tudo para ganhar o Melodifestivalen e inclusive, a Eurovisão, desde a originalidade, às sonoridades todas que tem, destaca-se do pop que muitos já estão cansados de ouvir. É algo fresco neste festival onde reina mais a popularidade do que a qualidade. A única desvantagem poderá ser o fator de cantar em sueco, que não deve de agradar a muito mas, é o que torna a música ainda mais especial.

Pontuação final: 12 pontos


Anton Hagman - "Kiss You Goodbye"


Um bom cantor, um cenário que ao contrário de Lisa Ajax, com as imagens do próprio Anton que passavam no ecrã, não têm grande foco, pelo que combinou bastante com a atuação, sendo uma imagem mais clean e doce. Existe bastante comparação com as músicas de Shawn Mendes, e sem dúvida que não é negável que a semelhança está lá. No fundo, é uma boa atuação de pop up-tempo com uns bons acordes de guitarra que poderia passar despercebida, mas depois de destronar Loreen, é provável que tenha muito mais destaque. Simples, mas eficaz.

Pontuação final: 6 pontos


Mariette - "A Million Years"


Mariette nunca desilude! Além da sua elegância em palco, é constantemente uma excelente intérprete e uma carismática artista. "A Million Years" apresenta uma Mariette mais comercial e moderna, a tentar lutar pela vitória sueca, com um instrumental portentoso e uma letra com os versos e as rimas certos. Além disso, gostamos do trabalho que foi levado a palco - apesar de acharmos que poderia haver um melhor trabalho de câmaras ou devia ter sido criado um momento-chave na coreografia. Percebe-se perfeitamente que Mariette regressou para lutar pela vitória, mas pensamos que, apesar de ser das melhores do ano, não é suficiente para receber o troféu. Porém, aplaudimos o facto de Mariette trazer sempre boa música à competição e por ser uma das jovens artistas mais talentosas da Suécia. Esperemos que regresse com um tema capaz de lutar pela vitória no Melodifestivalen... e na Eurovisão. Mariette é capaz disso!

Pontuação final: 10 pontos


FO&O - “Gotta Thing About You” 


Esta atuação traz memórias das boybands dos anos 90, o que pode ser muito mau ou muito bom para alguns, mas sem que não tem o dinamismo de que precisava. A coreografia é bastante datada, a música mais poderia ser de background to que algo que pode ser levado à Eurovisão. Não foi um desastre, mas são apenas três caras novinhas sem personalidade nenhuma que parecem marionetas da indústria musical sueca que provavelmente lutarão pelo último lugar na final. 

Pontuação final: 3 pontos


Nano - "Hold On"


Não percebemos o favoritismo desta canção. "Hold On" segue as tendências que se ouviram na rádio no último ano, com um instrumental misterioso e sombrio e uma letra fenomenal. Mas é apenas isso, nada mais. O refrão desilude imenso, se compararmos com os versos da canção que fazem lembrar bastante "Take Me To Church" de Hovier. Além disso, o cantor foi muito mal escolhido para defender esta canção. Nota-se, claramente, o nervosismo constante de Nano e o facto de estar desconfortável em toda a atuação. É preciso haver muito mais trabalho em presença de palco e em contacto com as câmaras. É uma música que tem o seu valor, mas seria injusto se vencesse o Melodifestivalen. Mas, desde a vitória de Frans, nós já acreditamos em tudo...

Pontuação final: 5 pontos


Wiktoria - "As I Lay Me Down"


Uma palavra para descrever a canção de Wiktoria: chata. Sim, é uma boa cantora, mas mal aproveitada, com uma canção mais do que batida. A atuação é quase igual à de “Save Me”, que levou ao Melodifestivalen 2016, os efeitos do cenário são praticamente iguais, a grande diferença é que desta vez Wiktoria mexe-se mais na coreografia, mas em geral, é uma atuação muito fraca. A letra da música é talvez o melhor, sendo apaixonante mas, esta seria uma péssima aposta por parte da Suécia. 

Pontuação final: 4 pontos


Benjamin Ingrosso - "Good Lovin'"


"Good Lovin'" foi uma agradável surpresa num Melodifestivalen tão mas tão fraco. É um tema fresco, pop, moderno, orelhudo, radiofriendly... Logo à primeira audição conseguimos cantarolar a música e chegar até imitar a coreografia que o cantor executa. Além disso, Benjamin Ingrosso é um jovem artista bastante talentoso e capaz de cativar o voto do público mais jovem. Não é uma proposta vencedora, mas é capaz de lutar por um top 5. Esperemos que Benjamin Ingrosso regresse ao Melodifestivalen com um tema para lutar pela vitória. Para já, um obrigado por trazer uma música alegre, descomprometida e bem disposta. Parabéns!

Pontuação final: 7 pontos


Owe Thörnqvist - "Boogieman Blues"


Talvez algo original para o Melodifestivalen deste ano mas, sobre esta atuação não há nada de muito bom a dizer. Esta participação pareceu uma piada de mau gosto que a SVT decidiu colocar no seu espetáculo. Um senhor que mal se aguenta em pé, de certo que não é candidato à vitória do festival. Um grande respeito ao Owe por participar no Melodifestivalen aos 87 anos. Contudo, não está ali a fazer nada visto não estar a participar para vencer e a roubar um lugar a quem realmente merece.

Pontuação final: 1 ponto


Comentários gerais: Sem sombra de dúvidas que o Melodifestivalen 2017 foi o mais fraco dos últimos 7 anos. Além de ter apresentado um reportório de canções super fraco, os cenários não inovaram e os apresentadores, apesar de se esforçarem, não brilharam. Além disso, "One More Night" de Dinah Nah, "Gravity" de Jasmine Kara, "Running With the Lions" de Alice e "Statements" de Loreen deviam ter tido um final mais feliz neste concurso. Passaram muitos finalistas só por causa do seu nome e dos fãs que têm, e não pela qualidade musical que trouxeram. Isto é um concurso de canções, não de artistas com mais fãs. Como possível desfecho, há muitos candidatos à vitória - o que torna tudo mais interessante e que nos deixa ficar com expectativas até ao último minuto da revelação do vencedor. Veremos...

Possíveis vencedores:  Wiktoria ou Jon Henrik Fjällgren feat. Aninia

Vídeos: Melodifestivalen

Redigido por: Diogo Canudo e Joana Raimundo

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