BLANCHE - "CITY LIGHTS"
André Sousa: Ouço o instrumental de “City Lights” e tudo me parece tão familiar. Apesar de nunca ter visto algo semelhante na Eurovisão, em termos de outras composições torna-se muito comparável. Nada que me agrade, pessoalmente.
Andreia Valente: A mais magnífica das composições deste ano. Uma mistura de calma e emergência que resulta numa obra de arte. Na minha utopia, a música indie eletróncia estará a evoluir para mutações deste tipo: instrumentais que, embora complexos, revelam uma simplicidade engenhosa e que criam, por si só, um ambiente carregado a que é impossível ficar indiferente.
Catarina Gouveia: À primeira audição não estava a conseguir entender todo o encanto que os eurofãs estavam a demonstrar. Senti vontade de ouvir outra vez, e outra e outra e comecei a adorar. O instrumental que se ouve nos versos é fantástico. Mais uma tentativa maravilhosa da Bélgica de fazer algo moderno com classe.
Daniel Fidalgo: Um instrumental bastante interessante, que foge aos estereótipos eurovisivos. Influências de pop alternativo são muito evidentes.
Diogo Canudo: Admito que “City Lights” não é uma música que se goste logo à primeira audição, mas facilmente cresce o interesse dentro de nós. É um instrumental que foge aos habituais clichés eurovisivos e consegue perfeitamente adequar-se ao panorama actual musical, fazendo lembrar por vezes Birdy, Lana Del Rey ou até mesmo Hurts. Eu gosto!
Elizabete Cruz: Não consigo perceber a loucura por esta música. O instrumental é diferente, sim, mas a mim não me cativa nada. Faço um esforço tremendo para ouvir a música completa.
Jessica Mendes: Este plágio está bastante interessante. Sinto-me é na obrigação de avaliar a música original em vez da que a Bélgica apresenta a concurso. A original é melhor.
Joana Raimundo: Ai que bom sentir o vibe indie na Eurovisão. Plagiado, mas indie. Yay! Eu num festival ao ar livre ia delirar com isto.
Neuza Ferreira: Adoro, adoro, adoro. Parece algo do estilo de Lana Del Rey.
André Sousa: Interprete mal escolhida. Não gosto do timbre, e nem sequer transmite nada do que é dito na letra.
Andreia Valente: O pote de ouro é realmente a voz de Blanche, uma rapariga belga de 18 anos. Tendo um toque de Birdy, uma das artistas mais talentosas da nossa geração, o mérito desta intérprete não deixa de ser a singularidade do seu registo. Uma voz excecionalmente única como nunca se viu no ESC. Vai ser um prazer experienciar o contraste entre Blanche e as vocalistas powerhouse dos restantes países.
Catarina Gouveia: Blanche tem uma voz igual a tantas outras que vamos começando a ficar habituados a ouvir nas rádios. Uma voz arrastada e básica que - felizmente para os “novos talentos” que não sabem cantar -, se tornou numa modinha da música atual. Fica bem na música que é mas entre isto e falar do início ao fim há poucas diferenças.
Daniel Fidalgo: Muito característica. Um tom baixo, que foge aos padrões femininos, mas que dá um ar misteriosos e intimista ao tema.
Diogo Canudo: “City Lights” não é uma música que precise de uma grande voz. Precisa mais de alguém que consiga transmitir a mensagem da letra. Penso que Blanche consegue fazer isso na perfeição.
Elizabete Cruz: A voz é aceitável, é, mas juro que o tom tão grave de Blanche me fez questionar se estava a ouvir a música certa. Não consigo gostar do timbre dela.
Jessica Mendes: Eu, que adoro vozes graves, não consigo suportar a dela. Ainda assim, acho que faz todo o sentido nesta música.
Joana Raimundo: Para o género de música é a mais perfeita voz.
Neuza Ferreira: A voz “grossa” dela é tão aprazível. Simplesmente execelente.
André Sousa: Ainda quero ver como irão apresentar isto em palco. Aposto que é ela parada com um microfone à frente e bailarinos a disfarçarem o que é ali apresentado.
Andreia Valente: A voz e experiência de Blanche sugerem que a sua presença de palco vai ser submissa e essa era, de facto, a decisão certa no contexto de “City Lights”. Nos últimos dois anos, a Bélgica apresentou-nos intérpretes que simplesmente roubavam todas as atenções pela sua presença imponente em palco, portanto, estou curiosa para ver como a equipa belga se adaptará.
Catarina Gouveia: Esta canção implora por um espetáculo arrasador de luzes em palco. É um daqueles casos onde a performance será o tudo ou nada para convencer quem está a ouvir esta música pela primeira vez.
Daniel Fidalgo: Espero algo que transmita o contraste que existe na canção: momentos sombrios, para depois culminar num refrão luminoso.
Diogo Canudo: Estou curioso com aquilo que a Bélgica pode levar a palco. Se trouxer algo extraordinário, com imensos efeitos visuais e planos de câmara, pode resultar muito bem. Esta canção ou corre muito bem em palco, ou corre mesmo muito mal. A Bélgica costuma apresentar sempre coisas autênticas em palco. Veremos…
Elizabete Cruz: A Bélgica tem conseguido inovar neste ponto mas não sei até que ponto esta música vai permitir uma performance memorável em palco.
Jessica Mendes: Espero que haja empenho por parte da Bélgica neste ponto. Espero qualquer coisa misteriosa…
Joana Raimundo: Provavelmente haverá queixas de que não é música de Eurovisão, mas who cares? Vai ser das melhores atuações.
André Sousa: Destaco a intenção dos países estarem a melhorar as suas letras. Com uma mensagem bastante positiva, este tema fala muito da entreajuda. Gosto disso.
Andreia Valente: A letra de “City Lights” tem a sensibilidade do novo mercado de música indie-eletrónica: um jogo de perceções e algumas contradições à mistura. Não apela à audiência para acompanhar as palavras mas para se focarem no que estas despertam. Não poderia ser mais perfeita.
Catarina Gouveia: Li e reli a letra de "City Lights" e fiquei tão ou mais confusa como quando ouvi a canção pela primeira vez. Ganha por não ser óbvia, apesar de a frase mais básica da canção, "all alone in the danger zone", ser a mais memorável.
Daniel Fidalgo: Das poucas letras cantadas em inglês realmente cativantes. Num tom melancólico, Blanche expressa a sua solidão, enquanto vagueia pela cidade, cujas luzes a iluminam.
Diogo Canudo: Adoro o facto de os países estarem a melhorar a olhos vistos a nível de letras. Esta letra é uma reflexão de ajudar o outro, de dar uma segunda oportunidade a alguém, de segurar a mão de alguém que necessita de nós.
Elizabete Cruz: No final das contas a letra é o que mais gosto nesta proposta... mas não salva nada.
Jessica Mendes: É demasiado repetitiva para o meu gosto, mas ao mesmo tempo é eficaz na medida em que nos fica na cabeça após uma audição e vai de encontro à parte mais mística da canção.
Joana Raimundo: É catchy, apanha-se facilmente o refrão, e acredito que vai pôr muitas pessoas a cantar quando começar a passar na rádio.
Neuza Ferreira: A-do-ro!
André Sousa: Nem sei o que diga. Não gosto disto.
Andreia Valente: Se não ganhar, "City Lights" merece um top 3 seguro.
Catarina Gouveia: A performance será o make it or break it desta canção mas prevejo que a Bélgica se mantenha no top 10, como tem acontecido nos últimos anos.
Daniel Fidalgo: Top 10 na final parece-me merecido.
Diogo Canudo: Não percebo o hype à volta desta canção. A música é boa, mas não é assim tão boa! Mas a Bélgica tem melhorado a olhos vistos no concurso, sem sombra de dúvidas. Possivelmente, um top 10.
Elizabete Cruz: A Bélgica vai conseguir um bom lugar, mas não no meu top.
Jessica Mendes: Top 10.
Joana Raimundo: Algures na final.
Neuza Ferreira: Top 5 certo.
André Sousa: 3 pontos.
Andreia Valente: 12 pontos.
Catarina Gouveia: 8 pontos.
Daniel Fidalgo: 7 pontos.
Diogo Canudo: 6 pontos.
Elizabete Cruz: 2 pontos.
Jessica Mendes: 5 pontos.
Joana Raimundo: 8 pontos.
Neuza Ferreira: 12 pontos.
Total: 63 pontos.
André Sousa: (silêncio).
Andreia Valente: Espero que as acusações de plágio não prejudiquem Blanche.
Catarina Gouveia: Estranha, mas é tão bonita quando se entranha.
Daniel Fidalgo: "Lana del Rey meets Eurovision".
Diogo Canudo: Batam palmas à Lana Del Rey eurovisiva!
Elizabete Cruz: Ora então... é para passar para a próxima, não é?
Jessica Mendes: Gosto que ela esteja "all alone in the danger zone" e pergunte a alguém se está "ready to take my hand". Ah, a lógica!
Joana Raimundo: Diferentona, a prima alternativa.
Neuza Ferreira: Finalmente a Bélgica a apresentar algo de jeito!
1.º Azerbaijão - 77 pontos; 2.º Bélgica - 63 pontos; 3.º Austrália - 60 pontos; 4.º Albânia - 56 pontos.
Vídeo: Eurovision Song Contest
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