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O que faz Portugal na Eurovisão? - Conclusão


CONCLUSÃO

Depois de falar com fãs e artistas, fica-nos a sensação de que Portugal pode perfeitamente ganhar o concurso se apostar nas músicas certas e se a RTP assim o desejar. Mas vejamos então as diferenças então entre as nossas opiniões e as dos eurofãs estrangeiros. Nós (leia-se nós como a maioria e não o todo) queremos músicas mais ritmadas na eurovisão, enquanto os fãs com quem falámos nos pedem que levemos fado e que continuemos a cantar na nossa língua.

Nós culpamos os vizinhos que não temos pelos poucos votos, enquanto os eurofãs estrangeiros preferem culpar as músicas que levamos que são, a seu ver, fracas para a Eurovisão, mas não se esquecem de destacar músicas que podíamos ter enviado mas se ficaram pela final nacional, nomeadamente “Canta Por Mim”, “Mea Culpa” e “Outra Vez Primavera”, que são referidas por quase todos.

Já muitos dos artistas internacionais, que já estiveram na Eurovisão e que contactámos, acreditam que Portugal deve continuar a apostar na língua nativa - pois torna o evento um espetáculo inter-cultural. Também consideram que Portugal leva sempre excelentes intérpretes e é um país que torna o coração das pessoas mais positivo.

No entanto, confessam que, desde a "Senhora do Mar (Negras Águas)", Portugal não tem levado músicas que se destaquem. Para muitos, a solução para este problema é tentar adequar as músicas aos gostos dos fãs eurovisivos, e ser autêntico.

Ainda, em relação à não-vitória de Portugal no certame, consideram que existe uma supremacia dos países endinheirados, e que Portugal não faz, infelizmente, parte dessa lista.

Não poderíamos terminar esta rubrica sem conhecer a opinião dos "nossos", de quem representou as cores de Portugal num certamente que tanto divulga a cultura musical e as tradições populares.

As respostas e os sentimentos são similares, precisamos de arriscar mais, de tentar chegar mais longe, mesmo que esse longe seja sinónimo de mudanças estruturas e do corte com velhos hábitos - que nos fazem ocupar os últimos lugares da classificação.

Apostar em novos formatos, apostar em grande, fará toda a diferença e marcará a participação portuguesa. Para quando essas mudanças? Para quando ouvirem todos aqueles que se levantam e que querem que Portugal seja visto e ouvido? Mais do que simples respostas, isto é o espelho do que é sentido, do que é entendido, da marca que fica ou não quer ficar, de um povo que já acreditou mais no Festival RTP da Canção.

27/07/2015

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