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ESC'Divas - Segundo Texto: 'E quando as Divas flopam...'


"E QUANDO AS DIVAS FLOPAM..."

O Eurovision Song Contest está repleto de divas. Divas que marcaram o certame pelas mais variadas razões, por motivos positivos. Mas também existem as divas, que eram divas mas que não “divaram” nem um pouco, isto é, as chamadas divas flopadas.

A mais recente foi Edurne, nesta última edição. Edurne é uma reconhecida cantora, apresentadora e atriz espanhola. O seu sucesso provém desde 2005 quando participou no “Ídolos” espanhol e terminou em sexto lugar. A partir daí, a sua carreira foi ascendendo: iniciou a sua participação em filmes e séries, iniciou-se na apresentação e lançou discos de originais que obtiveram várias nomeações. Não desvalorizando o seu talento, e como também destas coisas se vive a fama, Edurne tem um relacionamento com o espanhol David de Gea, guarda-redes do Manchester United, o que aumentou ainda mais o seu mediatismo. Muitas expectativas foram criadas à volta da participação de Edurne no ESC. É inegável o seu poder vocal, e só por isso, e por toda a sua experiência, esperava-se um momento apoteótico. Mas, de facto, o que se esperava saiu “ao lado”. Foi sim uma boa prestação, com os deslizes habituais de um direto e de um ao vivo, mas notou-se perfeitamente que não seria tão bem sucedida como se pensava. Pessoalmente, a canção nunca me cativou, e sempre pensei desde o início que Edurne merecia uma música muito mais à sua altura. Desta vez, previ o resultado final, que não foi nada satisfatório (21º lugar).


O mesmo não aconteceu com Soraya Arnelas, representante Espanhola em 2009. “La Noche Es Para Mi” terminou no 23º posto, mas eu vi-a perfeitamente no top 3. Soraya tem algumas semelhanças com Edurne. Tornou-se conhecida também em 2005, após ter conseguido o 2º lugar na Operação Triunfo. No ano seguinte editou o seu primeiro álbum e desistiu da sua carreira de assistente de bordo em prol da música.  A sua canção foi produzida com um conjunto de compositores suecos, e na Suécia houve uma enorme promoção. Soraya chegou mesmo a ser apontada como favorita em Moscovo. Mas o resultado não correspondeu ao alarido que rodeava esta canção. Desde aí que a Espanha não consegue ter classificações satisfatórias. Parece-me que a sua retirada dos Big 5 estará mais para breve do que imaginamos.


Outro Big 5 que poderia deixar de o ser é a Alemanha. O resultado deste ano foi lastimoso, mas nem quando tinha tudo para ter sucesso foi um verdadeiro fiasco. Foi o caso do grupo Cascada. Natalie Horler, neste caso, foi a diva que se afundou. Os Cascada eram um dos favoritos por muitos eurofãs para vencer em 2013. “Glorious” era a cara deste grupo popdance. Mas a sua apresentação em palco foi “morna”, e o que transmitiu não fez jus ao poder desta canção ritmada e contagiante. Este foi um exemplo de um grupo de sucesso ao nível mundial, com mais de 30 milhões de álbuns vendidos, com uma canção satisfatória e que se estragou com a postura em palco, que nas lides eurovisivas, conta muito.


Kati Wolf representou a Hungria em 2011. De loba não teve nada, pois arrecadou o 22º lugar. Kati também foi comissária de bordo e finalista de um concurso de talentos, neste caso, o Factor X. O seu talento vocal também era inegável. Mas mais uma vez, na minha opinião, a apresentação em palco não foi adequada. “What About My Dreams?” tem um título sugestivo de balada, mas é, na verdade, uma canção muito ritmada, muito dance. Mas dança foi algo que não esteve presente no palco. E a diva de vestido bem curto nem se podia movimentar.


Kate Ryan, também diva de sucesso mundial, foi o flop de 2006, representando a Bélgica e não conseguindo chegar sequer à final. Kate iniciou bem cedo a sua carreira musical. Foi sempre bem-sucedida, exceto aquando o seu período crítico por motivos de saúde, quando chegou a ser internada devido a anorexia. No entanto, diva que é diva supera tudo, e Kate, pouco tempo depois, brilhou no palco do ESC. É certo que a canção não era tão cativante quando isso, mas a performance foi satisfatória e tinha tudo para, pelo menos, marcar presença na final.


A última diva flopada vem da Suécia, o que causa logo estranheza (a Suécia raramente desilude). Charlotte Perrelli venceu a edição de 1999. Tinha uma responsabilidade acrescida quando representou novamente o país em 2008. Mas não foi além do 18º lugar, o que para a Suécia é um péssimo resultado, uma vez que é dos países com melhores classificações no ESC. Charlotte é uma das cantoras mais reconhecidas no seu país, e mesmo que volte a participar, a fasquia estará sempre em alta. No entanto, o seu resultado em 2008 foi muito desolador e talvez o mais injusto neste lote de divas mal-sucedidas. “Hero” é uma canção lindíssima, que põe toda a gente a cantá-la, e, hoje em dia, ainda mais reconhecida que “Take Me To Your Heaven”.


Muitas outras intérpretes femininas entrariam neste lote de falhanços eurovisivos. Como eurofãs, todos queremos que essa lista não se estenda. O espectáculo eurovisivo tem que continuar brilhante e com muitas divas a respirar música.


17/06/2015
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  1. LI algures, que a Edurne participou na OT. Aliás, há um video dela a cantar com a soraya.

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