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Em cada canção, uma mensagem - Oitava letra: Diva, de Dana International



DANA INTERNATIONAL - "DIVA" (ISRAEL, 1998)















VERSÃO ORIGINAL:

Yesh isha gdola meha'haim
Yesh hoshim sheyesh rak la
Yesh ksamim veyesh yamim kashim
Ubama she'he kula shela

Lamalhachim Diva he imperia
Al habama Diva he hysteria
Vehe kula shir a'ava

Diva naria Diva Victoria
Afrodita
Viva la Diva Viva Victoria
Cleopatra

Yesh nashim dma'ot shel ha'haim
Hen is'ou tfila lelo milim

Lamalhachim Diva he imperia
Al habama Diva he hysteria
Vehe kula shir a'ava

Diva naria Diva Victoria
Afrodita
Viva la Diva Viva Victoria
Cleopatra
(x2)

Diva, Diva, Diva, Diva

Diva naria Diva Victoria
Afrodita
Viva la Diva Viva Victoria
Cleopatra

Diva naria Diva Victoria
Afrodita
Viva la Diva Viva Victoria
Diva


VERSÃO EM PORTUGUÊS:

Ela é tudo, jamais sonharás encontrá-la
No seu palco ela canta a sua história
A dor e a mágia vai roubar o seu coração em chamas
Como uma rainha em toda a sua glória

E quando ela chora, Diva é um anjo
Quando ela ri, é um demónio
Toda ela é beleza e amor

Diva Maria, Diva Vitória
Afrodite
Viva a Diva, viva Vitória
Cleópatra

Lágrimas silencionsas caem destes olhos esta noite
Lágrimas de oração para estes corações doridos

E quando ela chora, Diva é um anjo
Quando ela ri, é um demónio
Toda ela é beleza e amor

Diva Maria, Diva Vitória
Afrodite
Viva a Diva, viva Vitória
Cleópatra
(x2)

Diva, Diva, Diva, Diva

Diva Maria, Diva Vitória
Afrodite
Viva a Diva, viva Vitória
Cleópatra

Diva Maria, Diva Vitória
Afrodite
Viva a Diva, viva Vitória
Diva

      A principal característica deste poema é a sua simplicidade. À primeira vista o que realça mais é a constante repetição das palavras Diva e Viva para reforçar a rima e a glorificação. As quadras são compostas por rimas alternadas, e o terceto que antecede o refrão possui rima emparelhada e um verso branco. No entanto, existem rimas dentro dos próprios versos. O refrão é estruturado igualmente em quadra muito simples, com poucas sílabas poéticas.

   Em 1998, a transsexualidade era um assunto tabu que marcou a edição do ESC desse ano. Dana International é o nome artístico de Sharon Cohen, que foi em tempos Yaron Cohen, ainda no sexo masculino. Desde cedo que Dana não se revia no corpo que tinha, e antes de realizar a sua cirurgia de mudança de sexo, em 1993, ganhou a vida como drag queen, em Telavive. O seu sucesso já há muito que tinha sido descoberto, até que foi seleccionada para representar Israel na Eurovisão, uma escolha que gerou polémica entre os judeus ortodoxos e outros com cultura mais conservadora.
Esta canção pode considerar-se uma autobiografia da intérprete, mas também uma alusão ao poder das mulheres, à importância da figura feminina na história. Dana tornar-se-ia numa das mulheres mais bem-sucedidas do planeta e esta mudança foi a realização do sonho da sua vida. Desde sempre que Dana sonhou encontrar esta mulher no seu corpo, e isso era tudo para ela. Ela conseguiu finalmente contar a sua história no palco eurovisivo. Sentia-se uma rainha mas com o coração em chamas, pleno de dor, de mágoa, pela sua forma física não coincidir com o seu sentimento. Certamente que foram muitas as lágrimas que derramou, sozinha, silenciosamente, quando esta tristeza se apoderou dela. Provavelmente seguiam-se momentos de oração e de apelo para que essa mudança um dia se concretizasse. Dana conseguiu tornar-se uma mulher na sua plenitude, com os sentimentos e a forma de estar de todas as mulheres. Elas transparecem um misto de emoções: quando riem são demónios, quando choram são anjos, mas todas elas bonitas à sua maneira e cheias de amor para dar. E para glorificar ainda mais as mulheres, há uma referência a figuras históricas femininas: a deusa Vitória, da mitologia grega e a personificação da vitória; Afrodite, também da mitologia grega, deusa do amor, da beleza e da sexualidade; Cleópatra, raínha do Egito, dotada de uma imensa cultura.
A simplicidade desta letra retrata um tema fora do comum, mas não menos importante. E faz todo o sentido que seja uma canção interpretada por uma mulher como Dana International. “Diva” ficou na história da Eurovisão.


29/07/2014

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