SÉTIMO FRACASSO:
EVRIDIKI
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O Chipre nunca foi conhecido
pelos seus bons resultados na Eurovisão. Aliás, desde 2007 (que é o ano em
questão neste texto) só conseguiram alcançar a final por duas vezes (este ano
com Ivi Adamou e em 2010 com Jon Lilygreen, que nem cipriota é!). De qualquer
dos modos são de louvar as tentativas!
Em
2007 aconteceu algo que contribuiu e muito para a mudança do sistema de semi
finais no ano seguinte: a não passagem do Chipre à final. Se bem se lembram,
antes de 2008 havia apenas uma semi final e para a final iam os BIG4 e os dez
primeiros classificados do passado ano. Na altura o Chipre tinha uma das
músicas preferidas do público, mas esta não conseguiu sequer passar à final. Evridiki
ficou-se por um décimo quinto lugar na semi final constituída por 28 países e
nem os 12 pontos helénicos salvaram um dos maiores flops da história eurovisiva.
A canção cipriota foi a terceira
a apresentar-se na semi final. Desde o início da atuação que se ouviam imensos
aplausos vindos da plateia. A cantora tem uma presença em palco segura e
bastante eficaz para a música. Mesmo para quem não percebe nem um bocadinho de
francês (como é o meu caso, confesso), as expressões da cantora dão a entender, pelo menos, o sentido geral da música que se foca no passar do tempo sem que o
amor da vida dela não se interesse com nada! A voz da cantora também encaixa
muito bem na canção, uma vez que esta canta muito bem e tem uma voz bastante agradável, tanto nas partes mais graves como nas mais agudas. Evridiki foi talvez das
melhores cantoras cipriotas que passou pela Eurovisão. Mostrou boa voz,
segurança, soube interagir com o público e a câmara e deu um show.
Para complementar tudo isto,
também a roupa foi muito bem escolhida. Apesar de ser um bocado esquisita a
princípio, acaba por se distinguir de tantas outras cantoras que passaram pelo
festival “sem metade da roupa”, com vestidos curtíssimos.
Lá que a música devia ter estado
na final ninguém duvida, mas o choque acabou por ser um pouco atenuado devido à
qualidade da música vencedora. Engane-se quem pensa que “Comme Ci Comme Ça”
podia alguma vez competir com a poderosa música da Sérvia. É que além da
Sérvia ter vizinhos (e os cipriotas terem apenas os amigos gregos), “Molitva”
era superior a qualquer outra música desta edição, é um completo hino
eurovisivo! Mas quando olho para o segundo lugar ucraniano não consigo de todo
entender o lugar de Evridiki (quer dizer até consigo, é a Ucrânia).
Talvez
fosse exigida mais qualquer coisa a esta performance,
uma vez que os cipriotas se ficaram por uma banda a acompanhar a cantora em
palco e muitas vezes isso não resulta bem, pois as pessoas criam espetativas
muito altas das suas músicas preferidas; mas sinceramente não havia muito mais
a fazer. Se fosse, por exemplo, a Ucrânia ou a Rússia a mandar esta música era
mais que garantida a passagem à final, mas sendo uma ilha pequena esquecida no
Mediterrâneo como o Chipre já se previa um desfecho destes!
Todo o material, desde do texto às imagens e às suas aplicações, foi feito pelo autor.
Vídeos: Youtube/Imagem: Google
16/08/2012
16/08/2012
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