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[Crónica] Festival Eurovisão da Canção 2012 - por Rafael Lopes


E está terminada mais uma edição do Festival Eurovisão da Canção! No passado sábado, decorreu, em Baku, capital do Azerbaijão, a grande final do ESC 2012.

Após grandes dúvidas que preencheram os eurofãs espalhados por essa Europa fora, o festival correu de maneira pacífica e sem qualquer problema adjacente. Mas e o espetáculo? Aí entramos numa conversa totalmente diferente. Amadora é como eu descrevo a organização do Azerbaijão, que tanto lutou para vencer, até que o conseguiu (ainda não descobri como), com Ell & Nikki.


O amadorismo começa logo no ínicio do espetáculo, mal os apresentadores abrem a boca, e tentam pronunciar qualquer coisa em inglês (e francês!) que não se entende se não for escutado com atenção. Um verdadeiro apresentador dum evento desta dimensão, deveria saber como falar estas línguas estrangeiras. Eldar, Leyla e Nargiz, obviamente, não cumpriram os requisitos.

Mas nem tudo foi mau, os resultados foram bastante surpreendentes até. Desde a eliminação da Eslovénia, ficando no bottom 3 da semifinal, até ao empate da Bulgária com a Noruega, que era uma das favoritas. Ou mesmo o último lugar desta última na grande final, para enorme espanto dos fãs. 


A vitória recaiu na sueca Loreen, e o seu tema “Euphoria”, para euforia de muitos, e sem qualquer surpresa para a maioria das pessoas que acompanham o ESC. Apesar de não achar injusta a vitória, creio que a votação na final não foi entusiasmante, e até bastante previsível. A troca de galhardetes entre os países, continua bem visível, e este ano, notou-se ainda mais! O 2º e 3º lugar também não surpreenderam, já o 5º lugar alcançado pela Albânia, apanhou todos de surpresa, mostrando assim, que a qualidade ainda tem lugar na Eurovisão.


Falando de outros aspectos gerais, como por exemplo, a realização na hora das atuações, que considero ter sido pouco profissional, pelo menos nas semifinais. Na final melhorou um pouco, mas mesmo assim, os planos das câmaras estiveram longe de serem excelentes. Problemas de som também assolaram algumas delegações, como por exemplo, a romena, na qual Elena se viu aflita por não conseguir ouvir a sua voz no auscultador. Num país que prometia tamanha inovação, posso dizer que a montanha pariu um rato, e o que tivémos foi, um espetáculo de proporções gigantescas, mas com um baixo nível de profissionalismo, onde praticamente tudo foi feito por estrangeiros e os azeris apenas contribuiram financeiramente (pois claro!).

 

 Quanto à participação portuguesa, que passou muito despercebida nesta edição do ESC: considero que foi moderadamente positiva. Aplaudo o esforço da Filipa Sousa e da sua equipa, mas pelo contrário, continuo a condenar a posição da RTP perante o maior evento musical do mundo, e que deveria ser levado tão a sério como a mesma leva, por exemplo, o Futebol. Sem aposta, não há retorno, e a continuar assim, Portugal nunca irá ganhar a Eurovisão. 

Continuamos a ser o patinho feio da Europa Ocidental, o país que não inova e não sai da sepa torta. Aquele país que não quer vencer, apenas marcar presença. É algo que tem de terminar rapidamente.


E assim terminou mais um ESC, que vai deixar saudades (pela qualidade musical maravilhosa), esperando que a Suécia no próximo ano eleve o nível a 200%, que é algo que sabemos que irá acontecer.

Redigido por: Rafael Lopes

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