ESTREIA DO ESPAÇO FÃ - ENTREVISTA A RAFAEL LOPES!

        A equipa Crónicas de Eurofestivais abre a sua nova iniciativa com uma proposta de Rafael Lopes. Este fã decidiu pedir-nos as perguntas da entrevista que nós tanto divulgámos e respondeu! Com respostas frontais, sinceras e, acima de tudo, dignas, é com esta proposta que abrimos as asas ao "Espaço Fã"! 

Crónicas de Eurofestivais: Qual a tua primeira recordação da Eurovisão?

Rafael Lopes: "Lembro-me de ver com a familia algumas edições nos Anos 90, mas não tenho recordações nítidas dessa época. A primeira edição que vi, a sério, foi em 2006." 

CE: Qual é, para ti, a atuação mais explosiva de sempre da Eurovisão?

RL: "É dificil escolher uma só... vou dar um exemplo de 2011, Albânia. Perfeita, mas injustiçada."

 CE: Se te fosse possível, que mudarias no mundo eurovisivo?

RL: "Traria de volta algumas regras que acabaram há 12 anos, como a obrigatoriedade de se cantar numa língua nacional e também a permissão de se tocar instrumentos no palco."

 CE: Que cantor, nacional ou internacional, gostarias de ver nos palcos eurovisivos?

RL: "Dou pouca importância a quem dá a voz pelas músicas no concurso, acho que tudo depende da música em si, da presença em palco e, claro, da voz."

 CE:: Qual a música eurovisiva que levas sempre contigo no teu leitor de músicas?

RL: "Muitas, não digo uma apenas, o leitor está cheio delas." 

CE:: Se tivesses de escolher o pior momento da Eurovisão, qual seria e porquê?

RL: "Diria o intervalo de 5 anos entre 1999 e 2004, penso que foram anos de péssima qualidade musical no evento (tirando algumas excepções, é claro)."

CE: Acreditas numa futura vitória portuguesa?

RL: "Acredito, a esperança existe sempre, faltam apenas uns ajustes na equipa da RTP!"

CE: Qual para ti o melhor momento da Eurovisão?

RL: "As votações, é sempre um momento fantástico, repleto de nervos!" 

CE: Para ti qual foi a melhor atuação portuguesa, até ao momento?

RL: "Portugal é um dos países que mais boas vozes tem mostrado à Europa, mas, se tiver que escolher uma, diria talvez Maria Guinot em 1984." 

CE: Apesar da Eurovisão nos dar desilusões a nível de resultados e de organização, o que te faz continuar a gostar da mesma?

RL: "Toda a magia que a envolve, desde as finais nacionais, aos ensaios, passando mesmo pelas surpresas e desilusões, tudo conta." 

CE: Acreditas que o modelo de seleção nacional português deverá continuar como Festival da Canção ou seleção interna da RTP?

RL: "Não há modelos perfeitos. O FC é um bom método de seleção, mas precisa de uma reforma." 

CE: Para ti qual o melhor ano eurovisivo de sempre? Explica o porquê.

RL: "1994. Gosto de todas as canções praticamente." 

CE: Para ti, qual foi o momento mais exagerado de toda a história do Festival da Eurovisão da Canção?

RL: "A vitória da Noruega em 2009." 

CE: Das canções e letras apresentadas em todos os festivais da Eurovisão, qual foi a que te tocou mais e te emocionou?

RL: "As letras das canções da Espanha em 1995 e da Holanda em 1984 dizem-me bastante e fazem com que essas duas músicas ocupem o meu TOP 2 de sempre do ESC." 

CE: Que género musical deveria ser escolhido para representar as cores portuguesas no Festival da Eurovisão da Canção? Explica o porquê.

RL: "Neste momento, o género mais indicado seria, sem dúvida, o Fado. Pelas razões que já se sabe, por ser muito nosso e ser bastante apreciado além fronteiras." 

CE: Qual o melhor vencedor de sempre da Eurovisão?

RL: "Mónaco em 1971 ou Irlanda em 1993."  

CE: Serias a favor do regresso da orquestra aos eventos eurovisivos?

RL: "Sim, totalmente." 

CE: Na Eurovisão 2011, a quem atribuirias 12 pontos e 0 pontos? Explica o porquê. 

RL: "12 pontos para a grande canção espanhola, que tinha tudo o que o ESC pede: alegria, boa voz e ainda demonstrava a cultura do país. 0 pontos para Malta, música completamente ultrapassada e sem nada que a destacasse."

CE: Concordarias com a expansão deste evento para um nível mundial, com a inclusão de países como Estados Unidos da América?

RL: "Claro que não!"

CE: Se pudesses “apagar" uma participação portuguesa, qual seria?

RL: "Non Stop em 2006, totalmente!"

Entrevista feita a Rafael Lopes e realizada por Crónicas de Eurofestivais

Fonte: Crónicas de Eurofestivais, Rafael Lopes/ Imagens: Crónicas de Eurofestivais