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ESPAÇO FÃ - CRÓNICA DE PEDRO SILVA!



        A iniciativa "Espaço Fã"  continua e, desta vez, Pedro Silva presenteia-nos com uma crónica sobre a história da Eurovisão! Para este fã a Eurovisão é o seu universo, sem ela não consegue viver e toda a música que ouve é da exclusividade eurovisiva! 

            CRÓNICA SOBRE A HISTÓRIA DA EUROVISÃO: 

         Em tempos, nos idos de 60 e 70 (bom... em 80 também), a família juntava-se frente ao televisor para um longo serão de canções e votos. Faziam-se apostas, votava-se também em casa ao mesmo tempo que, oficialmente, os países concorrentes trocavam escolhas entre si. No dia seguinte, discutiam-se vencedores e vencidos. E os singles com as canções mais populares chegavam ao mercado para protagonizar verdadeiras carreiras de sucesso.
Criado em 1956 como um espetáculo representativo da identidade televisiva europeia da recém - criada UER, o Festival da Eurovisão rapidamente se transformou numa poderosa rampa de lançamento de canções para o mercado discográfico. Mesmo sob a volumosa investida pop de 60 (que acabaria por contaminar positivamente o certame em meados da década), o festival criava êxitos, ditava a agenda editorial, acolhia estrelas e, acima de tudo, revelava novos talentos.


Domenico Modugno com "Volare" (2.º lugar pela Itália, em 1958, sob o título original "Nel Blu Dipinto Di Blu"), Gigliola Cinquetti com "Non Ho L'Età" (vitória italiana em 1964), France Gall com "Poupée de Cire Poupée de Son" (vitória luxemburguesa de 1965 para uma canção de Serge Gainsbourg), Sandie Shaw com "Puppet On A String" (triunfo britânico em 1967), Vicky Leandros com "L'Amour Est Bleu" (quarto lugar para o Luxemburgo em 1967) ou Cliff Richard com "Congratulations" (segundo lugar inglês em 1968) foram dos primeiros êxitos globais lançados por um festival então em sintonia com o gosto mainstream” o mercado e a atenção dos europeus em geral.
Ao longo dos anos, o concurso revelou e instituiu talentos, dos Abba (a estrondosa vitória em 74 de "Waterloo" catapultou-os para uma das mais bem sucedidas carreiras de 70) a Celine Dion (1988), de Julio Iglesias (1970) a Ofra Haza (1983), de Amina (1991) a Dana International (1998). Apesar de ter maioritariamente revelado novas vozes, pelo festival passaram nomes já feitos - Françoise Hardy (Mónaco, 1963), Nana Mouskouri (Luxemburgo, 1963), Sandie Shaw (Reino Unido, 1967), Cliff Richard (Reino Unido, 1968 e 1973), Baccara (Luxemburgo, 1978), Plastic Bertrand (Luxemburgo, 1987), Mia Martini (1977 e 1992) ou t.A.T.u. (2003) - ou ainda artistas em busca de mediatização em massa para uma segunda vida, como os Shadows (Reino Unido, 1975) ou Katrina & The Waves (Reino Unido, 1997).
Portugal entrou no concurso em 1964 com a "Oração" de António Calvário. Em protesto anti-salazarista (com cartazes na plateia e tudo) a Europa correu-nos a zero pontos (pontuação que se repetiria em 1997 com "Antes do Adeus" de Célia Lawson). Até hoje, a melhor classificação portuguesa coube a Lúcia Moniz (sexto em 1996) com "O Meu Coração Não Tem Cor", híbrido folk/pop, espantosamente nunca editado em disco (a canção existe apenas num CD single promocional distribuído pela RTP em Oslo nesse ano).


Ao longo de 50 anos de festivais, a Irlanda comandou o ranking das classificações com sete vitórias (a mais recente das quais em 1996). Seguem-se o Luxemburgo, França e Reino Unido com cinco e a Suécia e Holanda com quatro. A receita mais vencedora é a da aposta numa cantora a solo (31 vitórias). O "vencedor" na tabela dos últimos lugares é a Noruega (ficou sete vezes na cauda da votação) e ela também é a recordista dos zero pontos (quatro vezes). Portugal foi último três vezes, em 1964, 74 e 97. A língua mais "vencedora" é o inglês (19 vitórias), seguida do francês (14) e do holandês e hebraico (três).
            De tudo aconteceu e atualmente acontece na Eurovisão, somos surpreendidos todos os dias! No inicio de lides eurovisivas o que nos espera em Baku? Na minha opinião, digo-vos já que a Albânia aposta forte com uma emblemática canção, a RTP tenta fazer algum “sucesso” com o novo regulamento para o “tradicional” Festival da Canção e a Suíça representa-se por uma banda rock, deixando ficado para trás Lys Assia que foi e sempre será a 1ª vencedora da Eurovisão!
            O que nos espera? O que o futuro nos reserva? A Arménia participa ou não? Teremos muitas baixas em participantes na Eurovisão? Que escândalos irão marcar mais uma edição da Eurovisão? Preparem-se que a viagem eurovisiva vai começar!

Crónica redigida por Pedro Silva, 31/12/2011

Fonte: Crónicas de Eurofestivais e Pedro Silva/ Imagem: Google

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  1. Obrigado ao Blog por esta oprtunidade! Que venham mais sff!

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