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[Crónica] ESC 2011: opinião sobre a Eurovisão 2011 (escrito por Vítor Dias)!


Neste ano de 2011 realizou-se a 56ª edição do Eurovision Song Contest. O país que organizou este famoso evento foi a Alemanha, porque o vencedor do concurso musical do ano anterior (Lena Meyer) garantiu, para o seu país, a organização deste grandioso acontecimento. A cidade que recebeu este evento de sucesso, a nível europeu e até Mundial, foi Dusseldorf. A escolha deste ambiente festivo padeceu no Esprit Arena, uma superfície que recebe imensos eventos desportivos e culturais. Considero uma excelente escolha, em termos de panorâmica artística, som, luzes e palco, foi muito bom, das melhores opções que foram feitas para receber este encontro de músicas e gerações.
         
Nesta edição do Eurovisão tivemos uma grande quantidade, na qualidade de músicas, dos mais variados estilos. Estando na final ou não conseguindo esse feito, muitas actuações roçaram o perfeito.
          
 Destaco pela positiva os países nórdicos, dos cinco países que formam este grupo só a Noruega não conseguiu o lugar na final. Das restantes quatro, a Finlândia participou com uma balada muito bonita, interpretada por Paradise Oskar, perfeitamente. Já a Dinamarca, esteve muito bem, como nos tem habituado, com uma banda rock, A Friend in London a actuarem conforme manda as regras, de preto, mas com grande determinação. A Suécia, com um dos favoritos à vitória, Eric Saade, a ter uma actuação soberba com a melhor coreografia a concurso. Para finalizar este grupo, menciono a Islândia, com uma melodia, muito simpática, passaram muito despercebidos do grande público, mas a sua mensagem de solidariedade com o seu falecido amigo chegou até nós.
          
 Nos países de leste destaco pela positiva a Estónia, com Getter Jaani, a interpretar “Rockefeller Street “, uma das melhores músicas e apresentações do ano; a Rússia com uma grande actuação em palco de Alexey Vorobyov; a Roménia, com a banda Hotel FM, que já nos habituou a grandes espectáculos.
          
Menciono também mais dois países, Grécia e Chipre, que tiveram apresentações brutais. Ainda mais destaco a música búlgara, pois a cantora Poli Genova foi uma das melhores a nivel vocal, com uma música de raça e lindíssima. Geórgia, Azerbaijão e Israel levaram músicas ao seu estilo mas que marcaram bastante (apesar da Geórgia ter escolhido um figurino muito inadequado à proposta que nos brindou). Nesta zona do mapa europeu, também quero destacar alguns pontos negativos: países como a Turquia, a Bielorrússia, a Arménia e a Moldávia. Estes países citados desiludiram-me imenso, uns por falta de voz, outros pela música fraca e ainda outros porque pensam que a Eurovisão é um circo, o que ainda não é, ainda…
         
Nas balcãs uma das boas músicas foi a da Sérvia, que teve como intérprete Nina, no qual nos encantou com o tema cativante “Caroban”. Bonitas músicas como a Bósnia e a Albânia tiveram sortes diferentes; enquanto Dino Merlin, brilhou na final, fazendo uma grande actuação, já Aurela não conseguiu apurar a música albanesa para a final tão desejada. Nesta zona da Europa destaco também uma música, “No One”, esta canção foi interpretada pela líndissima Maja Keuc, representando a Eslovénia. Esta cantora fez um brilharete, conseguindo um lugar na final, que já escapava a este país há quatro anos. Pela negativa falo da Macedónia, teve uma música fraca a concurso, um intérprete pouco competente a nivel vocal e, tirando uma boa coreografia dos bailarinos, grande parte da apresentação foi das piores do Eurovisão este ano.
          
Na zona ocidental e central da Europa, tivemos muita qualidade. Como maiores destaques, tivemos a Hungria, com a cantora Kati Wolf, a interpretar “What About My Dreams?”, uma música considerada das melhores e das favoritas a vencer o concurso. Também quero referir o regresso da Áustria e logo em grande, com a cantora Nadine, a dar um espectáculo com uma voz esplêndida. Dois países que não conseguiram passar à final, também vou fazer um elogio, primeiro à Magdalena Tul, que esteve bem ao representar a Polónia, segundo às TWiiNS, que representaram lindamente a Eslováquia. Pela negativa, tenho de frisar cinco países: Malta, foi desastroso em tudo; São Marino, não teve uma voz à altura do tema escolhido; Irlanda, com os irmãos Jedward a tentarem cantar e saltar, só conseguiram mesmo dar os seus pulos; Bélgica que depois do ano passado ter colocado Tom Dice, numa grande classificação, este ano trouxe uma das piores canções do festival; e, por fim, a Holanda, não que a música seja fraca, longe disso, mas com uma apresentação sem chama, ficou mais uma vez fora da final.
          
Os chamados Big 5, tiveram apresentações diferentes e bem distintas. Primeiro dou os parabéns à França pela escolha do cantor e da música, excelente; o Reino Unido escolheu como representantes a banda Blue, estiveram muito bem, competentes e profissionais como são sempre; a Itália que regressou com uma balada, ao estilo jazz, que não me agradou como música para apresentar na Eurovisão; a Espanha que nos ofereceu Lucia Perez, com mais uma música animada e dançante; e a Alemanha, no qual Lena defendeu o seu título, alcançado o ano passado em Oslo, na Noruega. Com uma música, muito misteriosa e desadequada ao método Eurovisão, Lena tentou jogar mais pelo seguro, e não ao “ataque”.
          
Os Homens da Luta tiveram uma participação que acabou na primeira semifinal. Levaram a música “Luta é Alegria”, uma canção animada, mas com uma mensagem à base de politica, o que ainda chegou a comprometer a sua participação no festival. Tiveram uma actuação razoável, já que não podiam fazer uma apresentação muito melhor, para aquilo que tinham mostrado no Festival da Canção.
          
No espectáculo em si, estou bastante contente, houve grandes momentos, como por exemplo, as actuações dos convidados. Mas neste caso só posso falar dum convidado, o da segunda semifinal, visto que na primeira e em directo, a RTP foi para intervalo e não nos deixou ver. A segunda semifinal, mais uma vez não deu em directo, mas sim em diferido à meia-noite… Como é possível um evento desta envergadura não dar em directo, ainda por cima depois das audiências da primeira semifinal? Podem dizer que noutros países acontece o mesmo, se sim está mal, mas eu refiro-me ao meu país. De referir que o trabalho feito pela RTP na primeira semifinal foi do pior que já vi em muitas edições. Não falo da Silvia Alberto, porque ela não tem culpa, mas sim das falhas técnicas e do som. Não quero colocar abaixo nada, nem nenhuma instituição, a RTP tem-nos brindado todos os anos, com este espectáculo, e se faço estes reparos é para a mesma melhorar a sua prestação
          
Voltando à Sílvia Alberto, esteve muito bem no seu desempenho, boa comentadora nas apresentações dos artistas e das músicas.
          
Aqui está outro ponto que não gostei, os videos de apresentação dos países! Devem mostrar a toda a Europa um pouco da tradição de cada país, os seus monumentos, a sua cultura.
          
Uma coisa que reparei foi o efeito do bater do coração, antes de começar as actuações. Dá uma sensação de vibrar com a música e isso é o mais bonito, que se pode conseguir. A entrada da final do ESC, com a Lena a cantar o tema vencedor do ano passado, esteve também brutal, adorei, um excelente ínicio, para um grandioso espectáculo que se veio a confirmar.
          
Para finalizar esta parte do tema, refiro-me aos apresentadores do ESC, sem excepção, estiveram muito bem e, como alguns deles são humoristas, deram um toque mais pessoal aos espectáculos que todos presenciamos.
          
O vencedor do ESC 2011 foi o Azerbaijão. Apesar de ser uma música interessante, a intérprete Nigar não tem voz, tem falhas vocais incríveis, e é uma pena, porque o seu companheiro de actuação Eldar, tem uma bonita voz; com isso, eles destoam-se, mas respeito as votações. Outros resultados surpreendentes foram as boas classificações da Ucrânia e da Itália, que depois de tantos anos de ausência conseguiu o segundo lugar. Pela negativa, as votações de alguns dos chamados favoritos França, Hungria e, principalmente, a Estónia, tiveram poucos votos. A minha teoria é esta: HÁ MUITA POLÍTICA NO ESC! Já não é o primeiro ano que isto acontece!
          
Desde já dou os parabéns a todos os países! Desejo que o ESC 2012, em Baku, seja tão bom, ou melhor que este ano. Aos meus leitores habituais, agradeço o facto de lerem os meus artigos!

            Por Vítor Dias, 16/05/2011
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  1. Suécia: azeitice em estado puro!
    Irlanda: para mim, sem dúvida superior à Rússia.
    Bélgica: na sua opinião uma das piores canções, na minha opinião incompreendida (11º lugar numa semifinal é obra para "Uma das piores canções").
    Ucrânia: sem sal nenhum!
    Estónia, Eslovénia e Suiça: injustiçadas na pontuação.
    Obrigado por me deixarem comentar.
    Bulgária, Noruega e Eslováquia: injustiçadas por não terem passado à final.
    Polónia: uma das minhas favoritas. Mesmo que a actuação não tenho sido das melhores a ponto de não conseguir defender a canção fantástica, acho que ficar atrás dos Homens da Luta é injusto, revoltante e humilhante!
    Geórgia: Satisfeito por terem trocado a vocalista antes do inicio do certama. Estou-me totalmente nas tintas para a roupa. Aquilo é um concurso para avaliação músical, não uma passagem de modelos.
    O melhor: o cenério de de actuação e o conceito de "heart beat".
    O pior: erros técnicos inadmissiveis tanto pela RTP como pela emissora alemã.
    A minha decepção: os postcards que antecediam cada actuação.
    Um reparo a fazer: no seu artigo diz que alguns países o desiludiram porque achavam a Eurovisão um circo. Correcção: A Eurovisão, actualmente, é um circo.

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