Porque é que SYRO deveria ir ao Festival da Canção

Como já havia um Diogo pelo meio artístico, o Diogo Lopes decidiu que teria que avançar pela denominação de SYRO, sendo atualmente um dos artistas mais tocados nas rádios nacionais, e até já conquistou espaço nas telenovelas da TV portuguesa! Fora isso, é um cantor que se mostra completo, e com tudo para se sair bem no Festival da Canção.

A verdade é que não se menciona aqui alguém que tenha pouca estaleca no mundo da música, música essa que deve fazer parte da corrente sanguínea do artista em causa. Talvez o primeiro momento de maior destaque dentro destas andanças tenha vindo com a banda Caleum, que co-fundou e onde foi baterista. Mas depois, tomou a decisão de que era capaz de enveredar por uma carreira a solo, e essa escolha ainda hoje colhe bons frutos... Assim, Diogo tornou-se SYRO (nome inspirado num antigo cão), apresentou um registo não estranho ao que a música pop/contemporânea, ligeira e com rasgos de soul em Portugal já conhece, mas, mesmo assim, não ficou por aí...

SYRO mostrou-nos uma voz, talento, capacidade de composição... e o resultado está à vista, sobretudo nos últimos singles e EP's lançados, que somam milhões de visualizações nas mais diversas plataformas. É hoje, por isso, um dos nomes favoritos para as rádios comerciais, o que, teoricamente, tem de significar alguma coisa, eheh! Sim, também é verdade que facilmente fazemos analogias com muitos outros músicos que surgiram primeiro neste mais recente espectro do pop português, mas, vá lá! Há sempre tanta coisa má por aí que nem devemos ousar 'criticar' quem tão bem nos apresenta temas com a qualidade de "Deixa Passar", "Perto de Mim" ou "Acordar", um dos mais recentes trabalhos do cantor.

"Enquanto criador musical, não só para o seu projeto, mas também como compositor de outros artistas, [SYRO] acredita que a maneira de elevar a exigência do público passa pela coerência, mas sobretudo pela criatividade"

(gerador.eu)

 

Bem, indo ao cerne do objetivo deste artigo, a pergunta é: O SYRO está no Festival RTP da Canção 2021? Se não está, chamem a políc... não, calma! Se não está, vou tentar dizer-vos porque é que deveria ser um dos próximos a concorrer na seletiva portuguesa para a Eurovisão. Se for já no próximo ano, melhor ainda... ficamos todos a ganhar!

O Festival da Canção pode não ser a ambição de todos os artistas. De facto, na sua fase mais 'negra', quase que ia para lá quem calhava, quem queria, mesmo que pessoa X ou Y viesse de caminhos não tão conhecidos pelo público, o que não deixa de ter o seu ligeiro valor, porque o FC também pode ser rampa para o conhecimento de novos rostos. A viragem e a nova roupagem dada à competição em 2017, com mais convites pela RTP, inverteu um pouco o atual papel do Festival, que mais facilmente comporta artistas de nome maior, que olham para o concurso com outros olhos, já que o mesmo, e depois de um grande triunfo nesse mesmo ano de 2017, ganhou destaque até em manchetes de jornais.

Mas, como dizia, a vontade de competir ferozmente com outros colegas do mesmo meio pode ser sempre um entrave a que nomes maiores da composição em Portugal encontrem certo encanto no Festival. Antevendo que o SYRO até possa ter um certo bichinho por participar na competição, a verdade é que não só o Festival em si, como o público que o assiste, certamente ficariam muito contentes por ganharem um novo tema do cantor, com a possibilidade de essa mesma música adquirir o carimbo "Portugal" numa qualquer edição da Eurovisão!

• Autor, compositor e intérprete dos próprios temas, canções dentro do registo mais apreciado e ouvido por aqui, com qualidade reconhecida;
• Formado em Jazz e Música Moderna, completamente conhecedor do cenário que já o rodeia;
• Carisma, atitude e forte presença em palco. Mesmo que ainda não tenha chegado a nenhum dos Coliseus do nosso país, a verdade é que já pisou vários palcos de grande calibre, nos tempos em que integrava os Caleum, portanto, carrega alguma bagagem consigo;
• Talento e sensibilidade q.b. para saber produzir temas com alto teor de conteúdo, com fortes mensagens intrincadas, melodias que ficam no ouvido e emoções que passam barreiras linguísticas;
• Paixão pelo que faz, o que o torna um artista íntegro no mundo musical, cada vez mais essencial nos dias que correm;

Podia continuar a lista. Sinto que não é preciso, right? A verdade é que também não sou licenciado na vida do Diogo, SYRO, ou como o preferirem chamar. Cheguei até ao seu nome algures entre os finais de 2018 e inícios de 2019, e há muito que senti a vontade de o poder ver estrear-se no Festival da RTP. Por isso, sim. Acho que podíamos beneficiar muito caso este jovem promissor talento possa vir a ganhar, um dia, espaço na nossa final nacional.

Fonte: Gerador.eu/ Fotos: Anotícia.pt/Mais Educativa/ Vídeo: SYRO