[Especial] O melhor (menos mau, vá) desta temporada eurovisiva

 

A temporada eurovisiva deste ano não foi aquela que esperávamos, mas, ainda assim, e dadas as circunstâncias, ficar-nos-ão certamente na memória grandes momentos que este ano nos deu.

1. O filme da Eurovisão

Possivelmente o tópico eurovisivo mais discutido este ano. Todos nós esperávamos um filme mau e acabámos surpreendidos. Não é que o filme não seja mau, porque é, mas todos nós pensámos que iam ser duas horas de piadas contra o nosso concurso preferido. Felizmente não o foi (até porque para isso era preciso haver piadas) e acabámos por até gostar do filme no geral. 

2. Os 300 revamps da República Checa

Se há coisa que nunca falta na Eurovisão são revamps. Isto acontece em duas ocasiões distintas: sempre que os artistas se apercebem que, às tantas, a música deles não é lá grande coisa, ou sempre que a Albânia escolhe uma música poderosa e opta por torná-la em mais uma balada chata. Aqui falamos do primeiro caso. "Kemama" não era grande coisa, mas acabou por vencer a final nacional checa. Benny Cristo apercebeu-se que o povo partilhava desta opinião e acrescentou umas coisas. Depois acrescentou outras. Depois tirou algumas coisas que tinha acrescentado. Qual seria a versão finalíssima? Nunca o saberemos.

3. Tínhamos 11 línguas diferentes

Sim, 11 e nem estou a contar com as várias línguas presentes na música israelita. Se é a edição com mais línguas diferentes dos últimos anos? Não sei e sou demasiado preguiçosa para ir fazer trabalho de investigação, mas seria um prazer ouvir todos estes idiomas.

4. Os tik toks ao som de "Think about things"

A música islandesa tornou-se um sucesso ainda antes de ter ganhado a final nacional. Depois disso foi sempre a subir com personalidades a publicitarem a música que se foi tornando cada vez mais favorita à vitória. Quanto tempo demora a RÚV a confirmar o seu representante para 2021?

5. Os Little Big

A quantidade de pessoas à minha volta que já sabiam quem eram os Little Big surpreendeu-me. Eu nunca tinha ouvido falar do grupo russo e, obviamente, não estava a viver bem a minha vida. "Uno" é a definição da frase "tão má que é boa". Sabem quantas velas já acendi eu Fátima para que a Rússia os escolha novamente para 2021? Nenhuma, porque isso seria um ato de estupidez da minha parte.

6. Os Eurovision Home Concerts

Se era extremamente desinteressante quando os artistas escolhiam sempre as mesmas músicas? Era. Se era extremamente irritante quando toda a gente votava na música que, na verdade, ninguém queria ouvir? Era. Se era extremamente ridículo quando eles faziam playback? Era. Se foi de um mau gosto tremendo não convidar o Serhat? Foi. Mas foi isto que animou as nossas sextas-feiras à tarde quando estávamos fechados em casa extremamente deprimidos por causa de uma pandemia e, ainda pior, porque a Eurovisão foi cancelada.

7. Os covers da Senhit

Se não sabem do que estou a falar não são fãs eurovisivos como deve ser. A representante de São Marino está a lançar mensalmente covers de músicas eurovisivos num formato muito.... freaky, vá. "Cheesecake", "Everyway that I can" e "Ding-a-dong" foram as músicas já interpretadas por Senhit no seu jeito muito peculiar. De nada.

Se podia ter incluído o Eurovision: Europe Shine a Light nesta lista? Podia, mas a verdade é que o programa ficou um bocadinho aquém do espectável e já ninguém se deve lembrar que isto existiu. Para o ano vai ser melhor? Ora, será sempre melhor com Eurovisão, seja ela com ou sem público. 

Imagem: Eurovision/Vídeos: Senhit/UA