Apreciações Musicais - ESC 2020: Austrália

MONTAIGNE - "DON'T BREAK ME"

Jessica Mendes: Como sempre, a Austrália apresenta-nos um instrumental básico. Já percebi que é a única coisa que eles conseguem fazer. Da mesma maneira que a Sérvia tem as baladas e nós o fado, eles têm o pop básico. Dentro disso, parece-me a melhor aposta dos últimos anos. 

João Vermelho: Gosto bastante da melodia, mas acho o instrumental um pouco genérico, o que é uma pena.

Neuza Ferreira: Ouvi esta música quando saíram todas as participantes do Australia Decides e pensei: “porra, adoro. Nem vou ouvir mais nada”. No fundo, sempre soube que esta era a indicada para representar a Austrália; videntes are shaking. A Austrália tem sempre instrumentais bastante bem conseguidos e este não foge à regra.

Pedro Lopes: Bastante bom, a melhor componente de toda a música. Moderno, com os drops necessários, para a evolução que se espera do tema, que iriam cativar bastante gente, por ser um estilo fácil de agradar.

Tiago Lopes: Um instrumental actual, que não tem nenhum momento muito explosivo, mas que consegue contagiar o ouvinte. Não é uma balada, mas também não é um tema pop tradicional.

Jessica Mendes: Adoro a voz dela. Tem um timbre extremamente agradável e, apesar de precisar de ligeiras melhorias, consegue controlá-la até bastante melhor do que eu esperaria.

João Vermelho: Gosto do timbre da Montaigne, mas a atuação ao vivo pecou um pouco.

Neuza Ferreira: A voz de Montaigne na versão estúdio está incrivelmente boa, mas ao vivo no Australia Decides houve qualquer coisa que não esteve bem. Enfim. Até à Eurovisão, haveria ainda muito tempo para trabalhar as qualidades vocais conjugadas com a encenação em palco e acredito que na hora h estaria tudo ao nível desejado.

Pedro Lopes: Precisamos de algum trabalho vocal para que Montaigne consiga corresponder àquilo que encontramos numa versão estúdio e que, no meu caso, me seduziu ao tema. Porque naquela prestação na final nacional australiana, admita-se que houve vários deslizes (que numa Eurovisão seriam imperdoáveis).

Tiago Lopes: Na minha opinião e tendo como base a actuação no Eurovision: Australia Decides, a fragilidade na voz de Montaigne apresentada na actuação, encaixou bem no tema e fez com que merecesse o destaque.

Jessica Mendes: Tem um ou outro ponto interessante nos versos, mas como qualquer pop básico, serve-se em demasia da repetição no refrão para ficar no ouvido.

João Vermelho: A letra não traz nada de novo, acaba por ser um pouco genérica, principalmente na parte do refrão apesar de não deixar de ser agradável de ouvir e de cantar.

Neuza Ferreira: Pessoalmente adoro a letra, no entanto, não posso negar que é um pouco genérica. Um dos pontos positivos desta proposta é o facto da letra estar super bem estruturada e “alinhada” com o instrumental; as passagens para o refrão são qualquer coisa.

Pedro Lopes: Nada que não estejamos já habituados a ver explanado na Eurovisão. Continuamos a gostar de mensagens que falam da necessidade de superação, contra qualquer tipo de violência.

Tiago Lopes: "You thought I was elastic, but maybe I'm just made of glass", destaco estes estes dois versos, mas toda a letra tem importância. "Don't break me" retrata uma relação abusiva e sendo um tema que atual, é pouco ouvido na Eurovisão. Aqui a Austrália ganha mais uns pontos. 

Jessica Mendes: 7 pontos.

João Vermelho: 7 pontos.

Neuza Ferreira: 8 pontos.

Pedro Lopes: 7 pontos.

Tiago Lopes: 8 pontos.

Total: 37 pontos

Jessica Mendes: Ela sabe tão bem que a Eurovisão é uma palhaçada que até se veste a rigor.

João Vermelho: “Don’t break me down”, foi o que disse à EBU antes de se saber que a Eurovisão deste ano foi cancelada…

Neuza Ferreira: Don't break a minha Austrália, por amor de Deus.

Pedro Lopes: Levem a Montaigne a uma daquelas transformações do Você na TV. Sobretudo por causa do figurino. Aquilo resulta pessimamente mal.

Tiago Lopes: Preparado para as piadas com palhaços e eurovisão na mesma frase.

1.º Austrália - 37 pontos.

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