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Apreciações Musicais - ESC 2019: Portugal



Conan Osíris - "Telemóveis"



Andreia Valente: Em 2019, sou patriota. “Telemóveis” tem um instrumental que não pertence a Portugal, nem à Europa, nem a este mundo. Em tudo, supera qualquer outro instrumental deste ano. Não consigo indicar uma influência maior presente em “Telemóveis” porque nunca ouvi nada parecido. Avant-garde, hipnotizante, um pedaço de história! 

Catarina Gouveia:  Tudo o que sinto por “Telemóveis” é gratidão, por (finalmente!!!) sentir que o meu país me representa. Não há nada igual a isto, e que bom que isso é.

Daniel Fidalgo: O instrumental mais ousado que Portugal já levou à Eurovisão. Como se não bastasse ser inovador em Portugal, ainda é algo que nunca foi ouvido na Europa. Já toda a gente sabe que é fruto da mistura de várias influências. Gosto do dramatismo e do suspense que se cria em alguns momentos da canção. Cria emoções e não deixa ninguém indiferente. 

Jessica Mendes: Como assim não vamos levar uma balada, uma aproximação de fado ou uma pimbalhada? Não sabia que era permitido fugir a estes géneros. “Telemóveis” está longe de ser brilhante mas é uma música bem construída que cria um clima que dá vontade de ver e ouvir mais.

João Vermelho: O instrumental da canção “Telemóveis” é capaz de ser o mais diversificado deste ano, tem ritmos árabes, africanos, portugueses, é um instrumental muito urbano, e o resultado final resultou muito bem.

Neuza Ferreira: Toda a composição do tema é incrível. A mistura de sons é o que torna “Telemóveis” uma canção única, diferente e especial. E isto, para Portugal, já é uma vitória.

Pedro Anselmo: É algo de outro mundo. Uma canção moderna que mistura diferentes estilos de várias culturas mundiais. Completamente inovador. É a minha favorita deste ano e não é por ser português.

Pedro Lopes: O melhor de toda a música. É diferente, é muito diferente. Um registo que também não está dentro do tipo de canções que habitualmente oiço mas, aqui, soa-me espetacularmente bem! Como já se disse várias vezes, a mescla de registos desiguais que aqui, juntos, resultam muito bem, dão um grande impacto à música, que acaba por marcar pela diferença muito em particular pelas grandes sonoridades apresentadas.

Tiago Lopes: Se há algo que é difícil de não gostar, é uma junção de vários sons diferentes e que nos remetem para diversos sítios, ocasiões e momentos. Os sons apresentados têm uma sonoridade lusa, como ao mesmo tempo nos remetem para os países mais orientais. Mérito para a maneira como Conan Osíris conseguiu juntar tantos elementos e fazer uma autêntica masterpiece


Andreia Valente: Um pouco de fado, um pouco de loucura. Amo-te, Conan. 

Catarina Gouveia:  Conan Osíris tem o poder de trazer o fado para a nossa geração. Marizas e Anas Mouras da vida, é assim que se faz.

Daniel Fidalgo: Facilmente se destaca, por ser diferente e por ser utilizada com uma técnica muito própria. Cantar “Telemóveis” não é para qualquer um, é para quem pode, ok haters?

Jessica Mendes: Conan Osiris tem um timbre muito próprio que se distingue dos demais e uma interpretação da sua canção absolutamente maravilhosa.

João Vermelho: Pode não ter um vozeirão, mas desafinar ele não desafina, a versão acústica fala por si. A sua voz encaixa na perfeição nesta canção e como ele disse só ele poderia cantar o tema “Telemóvel”.

Neuza Ferreira: Na minha opinião, o Conan não é nada dotado vocalmente. Vê-se perfeitamente que a voz dele não é nada profissional. Não tem nada de entusiasmante; não tem nada de wow. É boa. Serve para o tema em questão e, na realidade, é isso que interessa.

Pedro Anselmo: Conan Osíris tem um estilo muito particular. Mais próximo dele na maneira de cantar só o Joci Pápai.

Pedro Lopes: A forma como o Conan Osíris canta está longe de ser o registo que mais aprecio. Aliás, muito ao início, fazia-me um pouco impressão, por ser uma forma de cantar tão diferente, parecia mesmo que o Conan estava no limiar do desafinar. É complicado a forma como ele canta, mas é o seu estilo, e não faria sentido de outra forma. É arriscado mas também é diferente e sabemos qual deve ter mais peso na balança.

Tiago Lopes: Sendo honestos, Conan não tem a melhor voz a concurso, mas a sua maneira de interpretar e usar a voz, torna difícil encontrar alguém que cante de maneira parecida ao intérprete luso.  


Andreia Valente: Acho uma perda de tempo escreverem 3 páginas a analisar a letra de “Telemóveis”. Deixem o mistério fazer parte da magia. 

Catarina Gouveia:  Se o próprio Conan quer que interpretemos a canção como quisermos, é só isso que temos de fazer.

Daniel Fidalgo: Muito bem escrita, muito bem pensada, cheia de significados e segundas interpretações. A letra é um mistério e eu gosto disso.

Jessica Mendes: “A chibaria nunca viu nascer ninguém” é o melhor verso de toda a Eurovisão somente superado pelo épico “rain falls from above” que a Grécia tirou da sua música em 2017.

João Vermelho: A letra é capaz de ser das mais interessantes de explorar e de entender o seu significado, dos últimos anos na Eurovisão, a maneira como o Conan consegue transmitir uma mensagem tão simples com uma frase “Quero partir o telemóvel” é algo bastante especial.

Neuza Ferreira: Vamos ser sinceros, no sentido literal, a letra é zero, uma miséria e não faz sentido nenhum. Cabe a cada pessoa fazer o esforço de a interpretar. Eu gosto da interpretação que faço da letra e é por isso que, para mim, ela é uma obra-prima.

Pedro Anselmo: O que era de Portugal sem a saudade? Muito criticada só por se chamar “Telémoveis” por muito boa gente que nem se deu ao trabalho de interpretar a canção, é um tema muito bem trabalhado e com as referências exatas do mundo em que vivemos.

Pedro Lopes: Já se falou tanto, já se escreveu tanto, já se criticou tanto, apenas deixo uma nota sobre o meu primeiro pensamento no exato momento em que as músicas do Festival da Canção ficaram disponíveis: o Conan não é nenhum burro, não é uma pessoa que vai para lá para gozar, muito menos sem sentido. Telemóveis é um tema cheio de metáforas e analogias, numa ponte criada para a ligação (ligação, ham!) a um amor que tenha desaparecido, e frustração que temos por isso. E a letra é boa? Sim, é demasiado.

Tiago Lopes: “Telemóveis” tem a letra que qualquer pessoa quer desvendar. Não sabemos ao certo do que se trata, telemóvel igual a coração? São inúmeras as opções e só mesmo o Conan poderia decifrar o significado da letra. É sem dúvida uma das melhores composições a concurso.


Andreia Valente: LISBOA 2020 (mais realisticamente, vamos ter dificuldades na qualificação para a final. Na final, podíamos sonhar com um top 10).

Catarina Gouveia: Acho que os nossos corações vão ficar despedaçados. Oxalá esteja enganada.

Daniel Fidalgo: Espero que chegue à final! Vai muito depender da atuação, mas se for bem pensada, penso que pode alcançar as primeiras 10 posições. 

Jessica Mendes: Top 10.

João Vermelho: Acredito numa passagem à final e quiçá um top 10.

Neuza Ferreira: Acho que passa à final, mas não acredito nem num top 15.

Pedro Anselmo: Top 10.

Pedro Lopes: Só peço Portugal na final da Eurovisão.

Tiago Lopes: Provavelmente o segundo melhor resultado de sempre de Portugal na competição.


Andreia Valente: 12 pontos.

Catarina Gouveia: 10 pontos.

Daniel Fidalgo: 12 pontos.

Jessica Mendes: 7 pontos.

João Vermelho: 10 pontos.

Neuza Ferreira: 7 pontos.

Pedro Anselmo: 12 pontos.

Pedro Lopes: 10 pontos.

Tiago Lopes: 10 pontos.

Total: 90 pontos





Andreia Valente: Até podemos ficar com 0 pontos e último lugar da semifinal… amo “Telemóveis” e tenho orgulho incondicional. 

Catarina Gouveia:   Vou escrever “Existência de ‘Telemóveis’” no meu Diário da Gratidão imaginário até 2059.

Daniel Fidalgo: Como diria a Rainha de Portugal, mais conhecida por Tina Ferreira: “É O COOONAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!”

Jessica Mendes: Eu também parti o telemóvel mas foi porque ele caiu ao chão e não porque tentei ligar para o céu.

João Vermelho: A europa vai partir o telele em Telavive.

Neuza Ferreira: Vamos escangalhar em Telavive.

Pedro Anselmo: Poderemos não ganhar, mas de certeza que teremos um dos melhores resultados de sempre.

Pedro Lopes: Conan mandou a flecha e atingiu toda a gente com o seu expoente máximo de criatividade. Doeu tanto a uns que ainda não se calaram com a crítica.

Tiago Lopes: O que está a render é lojas de reparações de telemóveis.


1.º Portugal - 90 pontos; 2.º Chipre - 74 pontos; 3.º Hungria - 73 pontos; 4.º Eslovénia - 70 pontos; 5.º Grécia - 67 pontos; 6.º Bélgica - 65 pontos; 7.º Islândia - 61 pontos; 8.º Estónia - 51 pontos; 9.º Austrália - 48 pontos; 10.º Sérvia - 48 pontos; 11.º República Checa - 43 pontos; 12.º Bielorrússia - 42 pontos; 13.º Polónia - 39 pontos; 14.º Finlândia - 39 pontos; 15 Montenegro - 19 pontos; 16.º Geórgia - 12 pontos.

Ajude-nos a escolher a melhor canção do ano. Pontue as canções do ESC 2019 AQUI. A votação final (com a junção dos votos da equipa CE e dos votos do público) será revelada a 3 de maio.

Vídeo: Eurovision Song Contest

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