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Apreciações Musicais - ESC 2018: Montenegro



Vanja Radovanović - "Inje"



André Sousa: A composição deste ano do Montenegro faz-me lembrar os tempos áureos deste pais. Por si, este tema tem uma magia implícita incapaz de ser explicada. Com um instrumental soberbo, é criada uma harmonia muito boa entre a voz, a letra, e o restante.

Andreia Valente: Não pertenço ao grupo de obcecados com baladas balcânicas, mas ainda bem que temos “Inje”. Não sendo excecional como qualquer canção em que o Željko toca, não deixa de ter o seu encanto. 

Catarina Gouveia: Sonoridades balcânicas e farofas étnicas é tudo o que peço em todas as edições da Eurovisão. Montenegro optou pela primeira opção, uma balada balcânica, que é o que costuma garantir ao país os seus melhores resultados. Ainda assim, em muito pouco se pode comparar "Inje" com uma proposta de Željko Joksimović ou até com uma "Moj Svijet". Apesar do seu instrumental razoavelmente rico, cresce muito lentamente e torna-se demasiado repetitiva e até cansativa.

Daniel Fidalgo: “Inje” é a típica balada balcânica. Normalmente, costumo ficar satisfeito com este género de apostas, mas não com este tema. Quando se leva algo já tão explorado pelo próprio país e pela Sérvia, é necessário apresentar algo mais do que aquilo que já se viu e ouviu anteriormente. “Inje” soa a versões mais fracas de outras apostas semelhantes na Eurovisão. A canção não tem força e, muito menos, dinamismo. 

Diogo Canudo: Podem até dizer que “Inje” é uma cópia barata de uma música do Željko Joksimović. Apenas sei que se fosse este último a trazer esta música todos adoravam. “Inje” é uma balada tradicional, balcânica, com um instrumental portentoso, um refrão intenso e um final arrepiante. A qualidade reina, ano após ano, no Montenegro. Uma das melhores do ano.

Elizabete Cruz: Montenegro tenta este ano apostar nas baladas balcânicas e a ideia realmente era boa, porque este é o género de instrumental que costuma resultar. No entanto, neste caso fica a faltar qualquer coisa, porque a música em vez de ser cativante acaba por ser aborrecida.

Jessica Mendes: À primeira audição (que no fundo é o que importa) dá-nos a sensação de a música não ir a lado a nenhum até começar finalmente a desenvolver com o crescendo proporcionado pelos instrumentos de corda. Claro que será sempre injusto avaliar esta música quando temos tendência a compará-la com as cinco compostas pelo rei das baladas balcânicas. Se esquecermos isso, é uma música bonita e que teve um revamp subtil mas eficaz. 

João Vermelho: Amo o instrumental desta música, finalmente uma balada balcânica e boa!

Neuza Ferreira: Adoro o piano, os violinos e o violoncelo! É um instrumental fortíssimo, que faz crescer a letra da canção.

Patrícia Leite: Finalmente voltaram as baladas dos balcãs! Gosto imenso deste instrumental do Montenegro. Um instrumental lento, mas cheio de identidade. Os arranjos das cordas dão-lhe uma intensidade que parece que estamos a assistir ao desenrolar de uma história com um princípio, desenvolvimento e um clímax muito próximo do final.

Pedro Anselmo: Uma típica balada balcânica, no entanto, mais fraca que as últimas a concurso em anos anteriores. Comparando com a participação do ano passado é uma obra-prima.

Pedro Lopes: Baladas balcânicas estão dentro daquela pasta que diz “gosto”. Mas esta, não sei porquê, diz-me pouco… muito pouco. Tem as raízes típicas da música daquelas regiões, mas em modo fraco, sem momentos fortes ou chamativos… tudo quase numa mesma tonalidade, com poucas gradações sonoras. Contudo, o revamp conseguiu melhorar um pouco a “conjuntura económica”.

Tiago Lopes: Uma música que vai em crescendo ao longo dos minutos, a sonoridade é típica de uma música balcã.


André Sousa: A voz do intérprete é um ponto muito positivo, não haja dúvida. A verdade com que canta cada palavra, as notas que alcança e a vida que dá a esta canção, fazem da voz um ponto bastante forte de toda a composição. 

Andreia Valente: A voz de Vanja não tem nada que a distinga. 

Catarina Gouveia: A voz masculina típica deste género de canção. Totalmente adequada.

Daniel Fidalgo: A voz de Vanja é muito bonita e parece ter sido moldada para baladas balcânicas. Tem um timbre muito agradável de se ouvir.

Diogo Canudo: Vanja Radovanovic é um cantor arrepiante em palco. A forma como interpreta o tema deixa todos os telespectadores sem fôlego. Além disso a sua voz é tão característica, que sabemos logo que é Vanja que está a cantar – e isso é muito bom.

Elizabete Cruz: Vanja tem o tipo de voz que assenta bem neste tipo de música. Não é um vozeirão, mas é mais do que competente.

Jessica Mendes: Dá-me a sensação que toda a gente que apareceu no palco eurovisivo a cantar este género de música canta da mesma maneira. Não sendo uma voz incrível, adequa-se muito à música e não compromete.

João Vermelho: Adoro a voz do Vanja, das vozes que mais me agrada este ano!

Neuza Ferreira: É uma voz que, sendo bastante boa, não é suficientemente potente para o instrumental que é apresentado.

Patrícia Leite: Uma voz que combina muito bem com o instrumental: serena e segura.

Pedro Anselmo: Vanja tem uma voz forte. É competente e é isso que se pede nesta canção.

Pedro Lopes: Os cantores deste tipo de baladas étnicas têm sempre boas vozes. São várias as provas disso, e este não fica atrás! 

Tiago Lopes: Vanja tem a habilidade vocal para interpretar o tema.


André Sousa: Não se pode pedir muito, apenas que preserve aquilo que tem vindo a ser feito, e pouco mais é necessário. 

Andreia Valente: Se puserem a seita do videoclip no palco, vai ser magnífico. Caso contrário, vai ser só aborrecido.

Catarina Gouveia: Seria excelente ver Montenegro a apostar no staging como fez em 2014 e 2015. É que a única coisa positiva da atuação no Montevizija é mesmo o casaco.

Daniel Fidalgo: Acho que Montenegro vai apostar em algo simples. Mas muito pouco pode ser feito, perante um tema tão esquecível.

Diogo Canudo: Acredito que melhorem a atuação e façam algo idêntico a que Sergej Ćetković fez em palco. Estou ansioso por ver este ano Montenegro na Eurovisão – tenho fé nesta proposta.

Elizabete Cruz: Talvez a atuação possa vir a ajudar esta música em palco. O que se viu na final nacional foi bem pobre, mas há sempre esperança de que vão existir alterações.

Jessica Mendes: Há certas músicas que não pedem mais do que o estritamente necessário. Um cenário azulado com instrumentistas em palco e está feito.

João Vermelho: Gostava de ver algo sombrio na apresentação em palco, gostei da ideia do videoclip e acho que podem explorar ideias a partir do mesmo.

Neuza Ferreira: Espero que mantenham os elementos que estiveram na atuação no  Montevizija, contudo, penso que no palco eurovisivo será preciso cuidado na distribuição desses elementos; corre-se o risco de Vanja parecer ou muito sozinho em palco, ou cheio de coisas ao seu redor.

Patrícia Leite: A atuação está como a música: simples e bonita. Gosto da presença dos instrumentos, mas penso que deviam de estar todos juntos para dar espaço ao intérprete. Não há exagero nas luzes, o que é bom, pois está de acordo com o tema da música, e não há as expressões de “seriedade exagerada” que o Montenegro normalmente nos mostra com canções deste género. Tem tudo para ir até à final!

Pedro Anselmo: Uma atuação com pormenores tradicionais balcânicos seria o ideal para conseguir um bom resultado.

Pedro Lopes: Pouco cativante, mas com a música apresentada, também não se esperava mais. É tudo muito sem sal…

Tiago Lopes: A performance de "Inje" deverá ser simples, com instrumentos de cordas em palco a acompanhar o intérprete.


André Sousa: Uma letra bem estruturada que permite que a mensagem seja bem passada. Boa escolha, Montenegro!

Andreia Valente: “Eu e a minha vida somos como um cão e um gato. O meu coração é um brinquedo caro” – animais e brinquedos são o tema do ano!

Catarina Gouveia: "Eu e a minha vida somos como um cão e um gato, o meu coração é o seu brinquedo mais caro". Arrasou a concorrência.

Daniel Fidalgo: Ganha pontos por ser cantada na língua materna. É sempre um gosto puder escutar alguma diversidade linguística na Eurovisão! 

Diogo Canudo: Uma letra de amor que fala sobre a importância do tempo, da distância e da forma como uma paixão nos consegue deixar perdidos, sem rumo. Nota-se um trabalho escrito profundo e com sentimento. Das melhores letras românticas do ano.

Elizabete Cruz: É uma vantagem trazer música em montenegrino, que é um idioma que soa tão bem! A letra parece uma introspecção sobre o quotidiano e a vida em sociedade que infelizmente se aplica a muitos de nós.

Jessica Mendes: Devo confessar que o meu ponto fraco são as baladas balcânicas e, por isso mesmo, a letra não afeta o meu gosto pela música. Esta, não sendo genial, é uma letra de amor bem conseguida sem clichés demasiado óbvios.

João Vermelho: Uma letra muito bonita, mas ganha uma magia incrível por ser cantado em montenegrino que é uma língua muito bonita.

Neuza Ferreira: Gosto bastante desta letra. É simples, bonita e é uma letra forte, que ganha ainda mais peso com o instrumental.

Patrícia Leite: Normalmente todas as canções do género que o Montenegro envia para este concurso falam sempre sobre um amor. No entanto esta descreve a história de uma pessoa que não sabe o que a vida lhe vai dar. Fala sobre isolamento, alguma confusão e depressão. No entanto, quando a vida lhe dá algo de bom, esses sentimentos caem, pois é de amor que se trata. 

Pedro Anselmo: Uma letra bastante bonita e bem escrita, sem grande repetição. Uma das melhores deste festival e em montenegrino, a ajudar à diversidade musical e linguística do certame.

Pedro Lopes: Demasiado melancólica, e até quase negativa, mas percebe-se o sentido que se quer dar. Mais uma a aplaudir pelo retorno à língua materna.

Tiago Lopes: Montenegro volta a apostar na sua língua nativa, uma letra sobre amor ao estilo balcã que conquistará alguns votos dos europeus como em anos anteriores.


André Sousa: Espero, verdadeiramente, que se faça jus a este tema e que ele fique bem classificado na final. 

Andreia Valente: Não passa à final, nem perto.

Catarina Gouveia: É verdade que Montenegro está na semifinal mais fácil, mas não consigo imaginar esta canção na final.

Daniel Fidalgo: Vai ficar pela semifinal. 

Diogo Canudo: Se for feita justiça, vai à final.

Elizabete Cruz: Acho que Montenegro fica pela semifinal.

Jessica Mendes: Vai ficar na semifinal.

João Vermelho: Acho que será difícil a sua passagem, mas acho que consegue, na final é que não estou a ver grande classificação.

Neuza Ferreira: Fica pela semifinal.

Patrícia Leite: Passa à final, mas ficará nos últimos lugares infelizmente. 

Pedro Anselmo: É bastante possível que Montenegro volte à final da Eurovisão.

Pedro Lopes: Ainda não será desta que regressas à final, querido Montenegro…

Tiago Lopes: Este género tende-se a dar bem no palco eurovisivo, mas com tantas outras boas canções na sua semifinal, fica pela semifinal.  


André Sousa: 8 pontos.

Andreia Valente: 4 pontos.

Catarina Gouveia: 3 pontos.

Daniel Fidalgo: 6 pontos.

Diogo Canudo: 8 pontos.

Elizabete Cruz: 4 pontos.

Jessica Mendes: 10 pontos.

João Vermelho: 7 pontos.

Neuza Ferreira: 4 pontos.

Patrícia Leite: 8 pontos.

Pedro Anselmo: 6 pontos.

Pedro Lopes: 3 pontos.

Tiago Lopes: 2 pontos.

Total: 73 pontos


André Sousa: Quando a intensidade da interpretação é capaz de te levar a um novo estado de espírito que antes desconhecias.

Andreia Valente: Se Vanja não vem de trança, não me interessa.

Catarina Gouveia: Željko Joksimović versão marca branca vendida num outlet com 80% de desconto.

Daniel Fidalgo: Quem é “Inje” comparada com “Nije Ljubav Stvar”?

Diogo Canudo: Quem dera ao Željko Joksimović ter a “Inje” no seu reportório…

Elizabete Cruz: Montenegro volta a apostar na sua fórmula de sucesso, mas acho que desta vez o sucesso ficou em casa.

Jessica Mendes: Não havendo Zeljko, temos que nos contentar com isto.

João Vermelho: Finalmente o Montenegro voltou às boas músicas!

Neuza Ferreira: Dá para deixarem só o piano, o violoncelo e os violinos?!

Patrícia Leite: Um amor gelado.

Pedro Anselmo: Isto sim, é Montenegro!

Pedro Lopes: “Adio” Montenegro.

Tiago Lopes: Este Monte está negro. 


1.º Estónia - 144 pontos; 2.º Finlândia - 117 pontos; 3.º Bélgica - 115 pontos;  4.º Israel - 112 pontos; 5.º Áustria - 107 pontos; 6.º Dinamarca - 106 pontos; 7.º Bulgária - 105 pontos; 8.º Grécia - 103 pontos; 9.º Arménia - 100 pontos; 10.º Holanda - 88 pontos; 11.º República Checa - 86 pontos; 12.º Suíça - 83 pontos; 13.º Austrália - 82 pontos; 14.º Hungria - 81 pontos; 15.º Noruega - 79 pontos; 16.º Lituânia - 77 pontos; 17.º Albânia - 76 pontos; 18.º Chipre - 75 pontos; 19.º Letónia - 75 pontos; 20.º Montenegro - 73 pontos; 21.º Macedónia - 70 pontos; 22.º Azerbaijão - 69 pontos; 23.º Sérvia - 68 pontos; 24.º Croácia - 66 pontos; 25.º Roménia - 65 pontos; 26.º Irlanda - 61 pontos; 27.º Malta - 60 pontos; 28.º Eslovénia - 57 pontos; 29 Rússia - 56 pontos; 30.º Geórgia - 49 pontos; 31.º Bielorrússia - 48 pontos; 32.º Moldávia - 43 pontos; 33.º São Marino - 42 pontos; 34 Islândia - 31 pontos. 

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