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Apreciações Musicais - ESC 2018: Itália



Ermal Meta & Fabrizio Moro - "Non Mi Avete Fatto Niente"




André Sousa: A par da França, a Itália também apresenta uma composição forte este ano. O instrumental, na sua variação de tempos e intensidades, faz com que a mensagem seja passada da melhor forma. 

Andreia Valente: Um instrumental bem italiano. Uma melodia única. Tudo encaixa.

Catarina Gouveia: Apesar de adorar esta canção, há que admitir que não temos aqui nada de novo nem transcendente. A música vive dos seus intérpretes e da sua mensagem, o instrumental é apenas um pequeno adorno. 

Daniel Fidalgo: Uma canção que pisca o olho ao country, sem esquecer a boa composição musical italiana. A canção vai ficando mais ritmada à medida que vamos penetrando na profunda mensagem de “Non Mi Avete Fatto Niente”. Talvez, a melhor canção do ano. 

Diogo Canudo: “Non Mi Avete Fatto Niente” é tudo o que eu queria que estivesse na Eurovisão este ano. Uma música forte mas ao mesmo tempo filosófica, com um instrumental demasiado poderoso e que é capaz de fazer a diferença este ano no certame.

Elizabete Cruz: Talvez este seja o ponto mais fraco da proposta. O instrumental peca um pouco por parecer que quer chegar a algum lado mas nunca chega lá. Apesar de tudo, não diminui a qualidade da música, sendo bastante agradável ao ouvido.

Jessica Mendes: Depois da primeira noite de Sanremo fui imediatamente ouvir esta música, tamanhas eram as expetativas. Não foi amor à primeira audição e até me fui deitar um pouco desiludida. Conquistou-me com mais uma ou duas audições. A melodia é meia básica mas a construção da música é muito inteligente, não estivéssemos nós perante dois compositores fenomenais. 

João Vermelho: Mágico, moderno, orgânico, bom gosto e qualidade made in Italy!

Neuza Ferreira: Adoro os italianos pelo facto de trazerem sempre instrumentais diferentes e que se destacam – embora por vezes pareça que não – dos restantes presentes no festival.

Patrícia Leite: A Itália apresenta-nos um instrumental intenso, com as suas guitarras elétricas no início. À medida que avança vamos tendo o piano, que transmite um sentimento mais pesado e é introduzida uma batida que dá uma sensação de “leveza” à música. A introdução do baixo também dá um toque especial ao instrumental. Sinceramente acho um dos melhores instrumentais da edição.

Pedro Anselmo: Uma canção com um instrumental simples de forma a destacar a mensagem que pretende passar. É muito agradável de ouvir e uma das melhores canções do festival. Excelente!

Pedro Lopes: O elemento que mais me atraí nesta proposta e o facto-chave para eu a valorizar mais! Acho que a Itália tem, de forma contínua, mostrado à Europa uma quantidade bem grande de músicas ‘bem construídas’. E a deste ano é só mais um exemplo. E ainda bem que há uma certa ‘explosão’ no final, o que mesmo assim não lhe apaga a alguma repetição ao longo dos seus 3 minutos.

Tiago Lopes: A qualidade está lá. Pode não despertar interesse à primeira audição, mas sem dúvida uma melodia bastante bonita.


André Sousa: Pessoalmente gosto muito da conjugação de vozes dos dois intérpretes. Enquanto que um assume muito bem as partes das mais, outros agarra o refrão e coloca nele toda a carga necessária ao passar da mensagem. 

Andreia Valente: O contraste da voz suave de Ermal e da voz mais rockeira de Fabrizio é perfeito. O equilíbrio ideal para uma canção sobre otimismo e dor.

Catarina Gouveia: Ermal é claramente superior a Fabrizio, mas esta dupla é perfeita. Eles têm aquela garra italiana que eu adoro.

Daniel Fidalgo: Tocantes. Ermal e Fabrizio cantam com imensa alma e sentimento, o que acaba por vincular a mensagem da canção ainda melhor. A parte final de “Non Mi Avete Fatto Niente” é absolutamente arrebatadora e vai ser dos melhore momentos da Eurovisão 2018. 

Diogo Canudo: Ermal e Fabrizio são dois pesos pesados da Itália. Não há nada a apontar neste ponto, têm duas vozes incríveis.

Elizabete Cruz: Ermal Meta é com certeza o meu preferido da dupla, já que a agressividade de Fabrizio Moro me incomodou um pouco no início. No entanto, depois de entender a música, é óbvio que a interpretação de Fabrizio é mais do que adequada. Duas vozes ótimas, completamente diferentes, que se conjugam de uma maravilhosa!

Jessica Mendes: Não sou a maior fã da voz do Fabrizio Moro mas a garra e força desta são um contraste perfeito para com a doçura e fragilidade da do Ermal Meta (que tem aquele falsete lá pelo meio absolutamente delicioso). Mais uma vez houve muita inteligência na definição das partes que cada um cantava para irem de encontro à letra e ao instrumental.

João Vermelho: Ermal Meta e Fabrízio Moro têm vozes únicas e incríveis, a interpretação deste duo é incrível.

Neuza Ferreira: Mais duas vozes típicas dos italianos, que podem ser reconhecidas a léguas. O Ermal Meta e o Fabrizio são duas pérolas.

Patrícia Leite: A Itália tomou o gosto dos primeiros lugares nos últimos anos e acredito que este ano também esteja por lá. Estas vozes são qualquer coisa de “wow!” Têm uma “rouquidão nasal”, própria dos italianos, para além que dão um “saborzinho” do rock. Muito bem! Para além disso, produzem uma sensação “pesada”, algo relacionado com o tema.

Pedro Anselmo: Duas vozes diferentes mas que ficam tão bem entre si.

Pedro Lopes: Já o ano passado senti o mesmo… parecia que a voz do Gabbani em estúdio era uma, e ao vivo era outra. E com o Ermal Meta e Fabrizio passa-se o mesmo. Também não sou muito fã do timbre rouco do Fabrizio, o que para mim é uma novidade…

Tiago Lopes: Ermal e Fabrizio têm ambos uma voz característica, que não são, a meu ver, algo de extraordinário, mas têm a capacidade de despertar o interesse do ouvinte. 


André Sousa: Por mim, deixava tudo como apresentaram na final nacional. 

Andreia Valente: A canção, só por si, enche o palco. Ajuda que Ermal e Fabrizio tenham imensa experiência às costas. Só espero que não tenham medo de tornar o staging tão fora do conformismo como o videoclip.

Catarina Gouveia: Ambos são artistas excelentes e dá gosto vê-los a atuar (sim, também nesse aspeto em que estão a pensar). Contudo, a mensagem da canção tem de ser passada para o staging de alguma forma e espero sinceramente que o consigam fazer.

Daniel Fidalgo: Penso que num tema como este, quando mais simples melhor! O importante é a mensagem, não os truques de câmaras ou luzes. Penso que a atuação deverá ser semelhante à do conceituado Sanremo 2018. 

Diogo Canudo: Tenho algumas dúvidas da forma como os dois artistas se conjugam em palco, considero-os cantores muito diferentes até mesmo no estilo como interpretam a música. É necessário também um ambiente mais propício à letra da canção, para que a mensagem seja mais fácil de passar ao público. De resto, perfeito. 

Elizabete Cruz: A língua podia ser uma barreira nesta música, mas a interpretação dos dois cantores passa por cima disso. Podemos não entender a letra, mas sabemos que não estamos a falar de uma história de amor. A profundidade da atuação transporta-nos para o significado da música antes mesmo de a entendermos.

Jessica Mendes: Eles são muito diferentes em palco e isso até dá outro encanto à música precisamente porque nem todos sentimos as coisas da mesma forma. É uma lufada de ar fresco ver dois artistas somente a cantar sem uma atuação mecanizada e ensaiada ao milésimo de segundo. O Ermal já disse numa entrevista que vai ser tudo muito simples e sem fogos-de-artifício (por momentos até achei que estivesse a ouvir o Salvador) e a ideia é usar legendas na transmissão televisiva. Acreditem ou não, foi isto que imaginei assim que vi o videoclip e acho que funcionará incrivelmente bem.

João Vermelho: Estou com muito medo que a mensagem não seja passada em palco, espero que de alguma forma eles consigam passar esta mensagem.

Neuza Ferreira: O Meta e o Fabrizio são capazes de encher um palco. Não é preciso grandes invenções para conseguirem encantar o público no dia 12 de maio.

Patrícia Leite: A Itália segue o lema less is more. Nada de luzes muito fortes, nada de efeitos pirotécnicos, apenas dois cantores e a orquestra. Apenas mudaria o fundo para um tom mais escuro, para dar a sensação de “peso” e assim passariam melhor a mensagem. 

Pedro Anselmo: Acho que, neste caso, quanto mais simples, melhor. Não mexia muito quanto à atuação no Sanremo.

Pedro Lopes: Os italianos têm a capacidade de nos dar belíssimas canções em versões estúdio e, por vezes, de não mostrarem, na totalidade, aquilo que tínhamos escutado na versão áudio. Também não podem fazer muito mais em palco com o típico de música que apresentam.

Tiago Lopes: A emoção e a simplicidade fazem esta performance.


André Sousa: Uma letra cheia de força, com uma mensagem muito atual e com os versos muito bem desenhados. 

Andreia Valente: A Itália é o único país com irreverência suficiente para ter uma letra tão pouco politicamente correta. 

Catarina Gouveia: No que toca a esta temática, eu prefiro mil vezes a abordagem que foi feita com “Mercy”. Não obstante, a agressividade e ausência de filtros na forma de passar a mensagem é tão fenomenal como tocante.

Daniel Fidalgo: Não há nada mais bonitos do que italiano, principalmente se for bem cantado. A letra traduz-se numa mensagem humanitária, onde se faz referência a vários atentados terroristas que o mundo tem assistido, nomeadamente nos últimos anos. Uma mensagem de união e de negação do medo! Itália raramente tem falhado desde o seu regresso à Eurovisão e nunca deixa a mensagem das suas canções como algo secundário. Aplaudo de pé as propostas italianas por nunca negarem as suas raízes e não seguir tendência musicais apenas para vender. “In Francia c'è un concerto, la gente si diverte/ Qualcuno canta forte, qualcuno grida a morte” é um verso poderoso.

Diogo Canudo: Esta letra causa-me arrepios na espinha. É apresentada de uma forma tão fria e crua, que chegamos a questionar qual o nosso papel neste mundo tão cruel. Apesar de ser uma música que evoca guerras e sofrimento, penso que a Eurovisão também deve ter músicas inspiradoras, como esta, que nos fazem alertar e relembrar aquilo que anda a acontecer na vida de muitas pessoas. A Eurovisão tem de ter um papel mais social e histórico, e é desta forma que o consegue fazer.

Elizabete Cruz: Que dizer desta letra? Já tantas vezes ouvimos músicas de apelo à paz, a maior parte delas a dizer para darmos as mãos e sermos felizes, mas não me lembro de uma como esta. Isto é poesia que nos dá um soco no estômago em cada verso. A crueza das palavras e das referências a fatos atuais conjuga-se com um final de esperança, de que não nos vamos deixar abater. Depois desta, já podem deixar de escrever letras sobre paz, porque vai ser tudo péssimo.

Jessica Mendes: A letra mais forte e que mais me tocou até hoje é de uma música já com alguns anos do Ermal Meta e, ainda assim, quando soube qual era o tema desta fiquei de pé atrás a pensar que vinham aí clichés. Como podem constatar sou, obviamente, uma besta. A maneira como conseguiram misturar realidade (aqui contada de uma forma muito forte) com um pequeno sentimento de esperança é inacreditável. Até a pessoa mais insensível do mundo (que é como quem diz eu) se arrepia.

João Vermelho: A letra com mais significado deste ano, com a mensagem mais importante, adequada e bem feita, para mim a melhor letra deste ano.

Neuza Ferreira: Uma letra genial, com uma mensagem humanitária que de certeza que não deixa ninguém indiferente.

Patrícia Leite: Esta sim! É a letra mais forte e realista de todo o festival! Falam de um tema muito atual e que assusta toda a gente: o terrorismo! Não há nada que não se tenha passado que eles não descrevam nesta música! Cheira-me que vem aí uma boa classificação! 

Pedro Anselmo: Espetacular. Um hino de esperança contra o terrorismo, que vai direto ao assunto.

Pedro Lopes: Mais uma chamada de atenção à Europa e ao Mundo. Mas esta é daquelas mensagens fortes! Não de nos pôr a sorrir, bem pelo contrário. Isso foi com o Gabbani. De resto, aplaudo a temática mais uma vez abordada.

Tiago Lopes: O italiano fica sempre bem, mas esta letra devia ter uma língua universal que fosse compreendida por toda a gente. Uma mensagem profunda que reflete sobre o panorama do mundo atual.


André Sousa: Acredito num top 10 para a Itália. 

Andreia Valente: Espero que não seja injustiçada. Merece um top 10.

Catarina Gouveia: Top 10. Eles importam-se, sequer?

Daniel Fidalgo: Parece-me que será mais um top 10 e, obviamente, bastante merecido. Quem sabe até se não será o ano de Itália! Se a emissora estatal quiser ganhar… A meu ver, é a melhor canção a concurso! 

Diogo Canudo: Acredito num top 10.

Elizabete Cruz: Infelizmente temo que esta música não vá ser entendida por muitos e não ter o resultado que merece.

Jessica Mendes: É possível que acabe por não ter o lugar que merece, mas não é como se alguém em Itália quisesse saber.

João Vermelho: Aposto num top 10, gostaria de a ver num lugar bem mais acima.

Neuza Ferreira: Top 10.

Patrícia Leite: De certeza que vem aí um top 10!

Pedro Anselmo: Acredito num top 5.

Pedro Lopes: Não vai conseguir o lugar do ano passado. Fica a meio da tabela.

Tiago Lopes: Talvez a pior posição para Itália?


André Sousa: 8 pontos.

Andreia Valente: 10 pontos.

Catarina Gouveia: 7 pontos.

Daniel Fidalgo: 12 pontos.

Diogo Canudo: 10 pontos.

Elizabete Cruz: 10 pontos.

Jessica Mendes: 12 pontos.

João Vermelho: 12 pontos.

Neuza Ferreira: 10 pontos.

Patrícia Leite: 12 pontos.

Pedro Anselmo: 12 pontos.

Pedro Lopes: 6 pontos.

Tiago Lopes: 5 pontos.

Total: 126 pontos


André Sousa: A música pode ser uma arma que apregoa os bons sentimentos.

Andreia Valente: Obrigado, Itália, “Non Mi Avete Fatto Niente” é especial.

Catarina Gouveia: Os anos da “Peace Will Come” já lá vão, não é mesmo? 

Daniel Fidalgo: Depois de “Una Vita in Vacanza”, Itália voltou em 2011 para mostrar o que é música! Esta deixa me com a lágrima no canto do olho, a par da canção francesa. 

Diogo Canudo: Uma obra-prima.

Elizabete Cruz: Dizer que “não me fizeste nada” é bem irónico quando mexem com os meus sentimentos deste jeito, não é? 

Jessica Mendes: A Itália escolheu quem eu queria, cortou a música como eu queria e vai fazer o staging que eu queria. Agora só me falta comprar os lenços para limpar as lágrimas.

João Vermelho: 12 pontos não chegam!

Neuza Ferreira: Como é que é possível haver quem diga que esta música não é boa?!

Patrícia Leite: Quando oiço esta música, sinto um arrepio na espinha.

Pedro Anselmo: Itália sempre presente no lote das músicas mais fortes.

Pedro Lopes: Nunca nos farão nada. Bravo pela mensagem, Itália!

Tiago Lopes: Que seja a bomba pacifista que o Mundo precisa.


1.º Estónia - 144 pontos; 2.º Itália - 126 pontos; 3.º Finlândia - 117 pontos; 4.º Bélgica - 115 pontos;  5.º França - 114 pontos; 6.º Israel - 112 pontos; 7.º Ucrânia - 110 pontos; 8.º Alemanha - 109 pontos; 9.º Áustria - 107 pontos; 10.º Dinamarca - 106 pontos; 11.º Bulgária - 105 pontos; 12.º Grécia - 103 pontos; 13.º Arménia - 100 pontos; 14.º Suécia - 91 pontos; 15.º Holanda - 88 pontos; 16.º República Checa - 86 pontos; 17.º Suíça - 83 pontos; 18.º Austrália - 82 pontos; 19.º Hungria - 81 pontos; 20.º Noruega - 79 pontos; 21.º Lituânia - 77 pontos; 22.º Albânia - 76 pontos; 23.º Chipre - 75 pontos; 24.º Letónia - 75 pontos; 25.º Espanha - 73 pontos; 26.º Montenegro - 73 pontos; 27.º Macedónia - 70 pontos; 28.º Azerbaijão - 69 pontos; 29.º Sérvia - 68 pontos; 30.º Croácia - 66 pontos; 31.º Roménia - 65 pontos; 32.º Irlanda - 61 pontos; 33.º Polónia - 61 pontos; 34.º Malta - 60 pontos; 35.º Eslovénia - 57 pontos; 36 Rússia - 56 pontos; 37.º Geórgia - 49 pontos; 38.º Bielorrússia - 48 pontos; 39.º Moldávia - 43 pontos; 40.º São Marino - 42 pontos; 41 Islândia - 31 pontos. 

Vídeo: MetaMoroVEVO

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