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Apreciações Musicais - ESC 2017: Portugal



SALVADOR SOBRAL - "AMAR PELOS DOIS"



André Sousa: Será que há tema mais envolvente que o português? Com um instrumental bastante clássico e “limpo”, a canção interpretada por Salvador Sobral destaca-se pela sua originalidade, e pela sua simplicidade. Isto é a prova viva de que não se precisa de muito, apenas de uma letra marcada, de uma voz clara e de uma envolvência pautada pela humildade. 

Andreia Valente: “Amar Pelos Dois” é mesmo a pérola dentro da ostra. Não há nada que alguma vez se tenha assemelhado a esta composição de Luísa Sobral. É um instrumental único que não tenta adaptar-se ao que todos chamam “fórmula eurovisiva” e é este o fator distintivo que está a causar furor no público eurovisivo. A autenticidade desta canção e deste artista é algo que a Eurovisão não está habituada.

Catarina Gouveia: Sempre disse que este era o único tema do Festival da Canção que imaginava na Eurovisão, mesmo que não fosse o meu favorito. Isto não faz minimamente o meu género, mas lá que gosto, gosto. A orquestração é simplesmente brilhante.

Daniel Fidalgo: Datado? Não, atemporal! Algo que nos remete para uma altura onde música era composta apenas por instrumentos reais e nada de sons eletrónicos. Algo impensável para a maioria. Poderia fazer parte da trilha sonora de um clássico da Disney ou do recente musical “La La Land”.

Diogo Canudo: “Amar pelos Dois” apresenta um instrumental clássico, que nos faz lembrar algumas músicas (as mais marcantes) do século passado. No entanto, é mais do que uma simples canção clássica. Tem magia, consegue adequar-se aos tempos modernos, consegue transmitir todos os sentimentos sem ligar a estes detalhes. O importante na música é sentir. E, mesmo que não se goste do estilo musical, mesmo que não se entenda uma palavra do que o Salvador diz, o instrumental consegue embalar o ouvinte para um outro mundo. Parabéns!

Elizabete Cruz: Admito que este instrumental não me cativou logo de início e tive que aprender a aprecia-lo. Mas quando se chega a esse ponto é fácil perceber a sua beleza e como ele é capaz de sensibilizar. Tudo bem, não soa moderno. Mas soa melhor que dois terços do festival deste ano e faz sentir alguma coisa, ao contrário de todas as outras músicas. 

Jessica Mendes: “Amar pelos dois” é um daqueles temas que prova que muitas vezes “menos é mais”. É uma música simples e bonita que nos remete para outra era. Confesso que ainda não encontrei a magia que todos lhe veem, mas vamos bem representados.

Joana Raimundo: As maravilhas da Luísa Sobral. Conseguiu trazer até nós um vibe dos anos 50, com sons a lembrar músicas brasileiras. É do mais belo que haverá este ano no palco eurovisivo.

Neuza Ferreira: Simples, mas perfeito. Uma autêntica masterpiece. Do melhor que já apresentámos.


André Sousa: Já desde a sua participação no programa Ídolos  que conhecia a voz do Salvador Sobral. Uma voz bastante particular e singular. Detentor de um estilo de cantar muito peculiar, destaca-se pela originalidade como interpreta cada tema. No que concerne ao ano de 2017, considero que é umas das vozes masculinas mais bonitas em competição.

Andreia Valente: Ao contrário de todos os países, nós não escolhemos um cantor para nos representar. Nós escolhemos um artista de uma autenticidade extraordinária, de uma voz pura, de um sentimento lindíssimo. É impossível não ficar com o coração derretido a ouvir o Salvador Sobral. 

Catarina Gouveia: Salvador tem um timbre doce, que envolve qualquer pessoa que o ouve, mesmo que não entenda nada do que é cantado. Se nem sem earpiece falha, o que pode falhar?

Daniel Fidalgo: Uma voz delicada, que desperta emoções no público. Vagueia por um timbre influenciado pelo Jazz, ao mesmo tempo que transmite o sentimento de calma e serenidade.

Diogo Canudo: Já conhecia o Salvador Sobral devido ao último álbum que ele tinha lançado, e já desde aí que achava que ele tinha uma voz especial (tal como tem a sua irmã Luísa Sobral). Penso que o Salvador, mesmo que seja bastante novo, é um diamante em bruto, aqui e em qualquer parte do mundo. Há muitos cantores que têm vozes bonitas. Há outros como o Salvador que, além de vozes bonitas, passam-nos sentimentos. Um orgulho ter rapaz a representar o nosso país!

Elizabete Cruz: Salvador tem uma voz muito peculiar e ao mesmo tempo muito querida. Dificilmente alguma voz deste ano consegue sequer se assemelhar à dele. Pode não ser a melhor, mas é diferente e soa muitíssimo bem portanto isso já são mil pontos a favor.

Jessica Mendes: Não sou a maior fã da voz do Salvador mas acho que se encaixa perfeitamente nesta música.

Joana Raimundo: A voz do Salvador é de trazer as lágrimas aos olhos. É uma voz diferente, cristalina e lindíssima. Não vai haver falhas, e de certo que irá marcar muitos na Eurovisão com a sua magia.

Neuza Ferreira: Boa, boa, boa.  É uma voz tão limpa e suave.


André Sousa: Nada mais se precisa. Apenas da simplicidade de tudo. De uma roupa confortável, da atenção da plateia para o que é cantado, e da expressividade do cantor. Fantástico. Soberbo.  

Andreia Valente: Eu espero que, na preparação para Kiev, os irmãos Sobral digam: “Não queremos LEDs, luzes psicadélicas nem máquinas de fumos. Dêem-nos um spotlight à Sinatra e o Salvador faz o resto!”. O mérito desta performance é a peculiaridade com que o Salvador atua e o seu estilo completamente desenquadrado, e esse deveria ser o foco da atuação. Não usem os ecrãs de fundo, não metam o rapaz num fato formal, não cortem o cabelo, não cortem a barba e não contenham a expressividade do Salvador: só assim resultará!

Catarina Gouveia: Só consigo ver overacting nesta performance. Só isso. Mas parece que as pessoas estão a adorar que o nosso intérprete pareça uma barata moribunda em palco, portanto é deixar para lá!

Daniel Fidalgo: Extremamente original. Salvador não precisa de imitar para impor o seu modo de estar em palco. Em Kiev, quanto mais simples e intimista for a apresentação do tema, mas pontos cairão no nosso país.

Diogo Canudo: Para quê efeitos especiais? Para quê bailarinos? Para quê um coro em palco? Salvador Sobral consegue agarrar o telespectador com imensa facilidade, é demasiado carismático, simpático e meigo a cantar. Mesmo que muita gente o critique pelos movimentos corporais estranhos que faz em palco, eu acho que isso ainda dá mais diferença à canção, torna-a autêntica. Espero que o Salvador se mantenha fiel a si mesmo, e não ligue a estes comentários tristes.

Elizabete Cruz: Aqui está algo que me preocupa. Não há dúvidas que o Salvador é muito expressivo e depois de entender a letra também entendemos que a sua interpretação tem tudo a ver. Mas há vários factos a ter em conta: as pessoas não entendem a letra e portanto não entendem a interpretação; os tiques do Salvador podem demorar a ser aceites e não temos esse tempo todo e, sobretudo, pode acontecer que a atenção fuja da música para esses mesmos tiques. Sei que são coisas que não vão mudar, que fazem parte dele e nem vou reclamar. Mas são coisas que me deixam a pensar.

Jessica Mendes: Há muita gente que odeia a maneira como ele está em palco mas eu acho que é isso que dá vida à canção. Acho a interpretação dele deliciosa.

Joana Raimundo: Muitos dizem que a presença de Salvador os fazem desconfortáveis, e mal conseguem olhar para ele. Eu, adoro. Tem tudo a ver com a canção, são uns maravilhosos “tiques”, que tornam toda esta atuação única e diferente.

Neuza Ferreira: Completamente adequada à música. A mimica que o Salvador faz é qualquer coisa de extraordinário e é super aprazível.


André Sousa: A letra é algo de fascinante. Uma prova de amor linda, um poço de sentimentos incapaz de se encontrar o fundo. Ao ler este poema vejo que vale a pena, que vale sempre a pena quando se aposta em letras com conteúdo, em letras com sentimento.

Andreia Valente: Não há letra mais bem escrita, mais emocional, mais maravilhosa do que a letra que Luísa Sobral escreveu.  Simplesmente magnífica. 

Catarina Gouveia: Provavelmente se me pusessem esta letra em inglês à minha frente eu diria que era básica e lamechas. Portanto vou apenas dizer que é básica e lamechas. Mas soa tão, tão bem!

Daniel Fidalgo: Um verdadeiro poema. Valoriza a nossa língua, tornando-a doce e delicada, ao ponto de não serem necessárias traduções para se chegar ao significado da canção.

Diogo Canudo: É a melhor letra romântica deste Festival Eurovisão da Canção 2017, disso não tenho dúvidas. É uma letra que faz jus ao instrumental e ao seu intérprete. Melodicamente e liricamente muito bem construída, com uma forte mensagem.

Elizabete Cruz: O poema desta música é absolutamente lindo. Apesar de ser uma letra sobre alguém que foi rejeitado e ainda espera recuperar o seu amor, a forma como o poema está construído dá perfeitamente para passar o estado de espírito dessa mesma pessoa e o desespero dela. Longe de coisas generalistas, esta é uma letra carregada de sentimento.

Jessica Mendes: Uma letra de amor que foge completamente aos clichés habituais. Mais um ponto a favor desta canção.

Joana Raimundo: Acho que provavelmente até muita gente se identifica com a letra. Quando se ama tanto alguém e o amor não é correspondido. Esta letra condensou na perfeição esse sentimento. 

Neuza Ferreira: Linda. Escusado será dizer que se isto fosse traduzido iria ser a maior porcaria de sempre. Um poema simples, completo e perfeito em Português.


André Sousa: Só espero que este ano Portugal faça história. Eu acredito nisso. 

Andreia Valente: A primeira semifinal é muito complicada mas rezo que tenhamos um lugar na final. Na final, merecemos um Top 10, no mínimo. 

Catarina Gouveia: Acredito verdadeiramente que este será o ano em que Portugal irá regressar à final. E isso, por si só, já seria maravilhoso. Contudo, não tenho expetativas quanto à conquista de um resultado melhor que o de Lúcia Moniz. 

Daniel Fidalgo: Vai à final e, quem sabe, se não surpreenderá tudo e todos com um resultado nunca antes visto em Portugal.

Diogo Canudo: Se houver justiça neste mundo, Portugal está no top 10 do ESC 2017. Mesmo que seja no 10º lugar.

Elizabete Cruz: Eu acho que merecemos o top 10. Não vamos ter nada disso, mas eu acho. Okay... um lugarzinho na final já me deixa feliz, daí para a frente é bónus.

Jessica Mendes: Não sei se chega à final, mas pelo menos não nos envergonha.

Joana Raimundo: Final, obviamente. E vou partir crânios se, pelo menos isso, não acontecer. 

Neuza Ferreira: Top 10.


André Sousa: 10 pontos.

Andreia Valente: 10 pontos.

Catarina Gouveia: 8 pontos.

Daniel Fidalgo: 10 pontos.

Diogo Canudo: 10 pontos.

Elizabete Cruz: 7 pontos.

Jessica Mendes: 7 pontos.

Joana Raimundo: 7 pontos.

Neuza Ferreira: 8 pontos.

Total: 77 pontos.


André Sousa: É por isto que tenho orgulho de ser Português!

Andreia Valente: É um orgulho ser portuguesa este ano. Será um orgulho ver o Salvador subir ao palco de Kiev.

Catarina Gouveia: Adoro? Não. Mas se é nosso a pessoa apoia!

Daniel Fidalgo: Orgulho de ser português!

Diogo Canudo: Obrigado por nos fazeres acreditar, Salvador!

Elizabete Cruz: Salvador, meu lindo, vais ter mesmo que amar por 10 milhões!

Jessica Mendes: Eu moro perto de Fátima, com jeitinho ainda vou pedir um milagre ao papa dia 13.

Joana Raimundo: Máquina de fazer chorar.

Neuza Ferreira: Cuidado que vem aí o Éder.


1.º Azerbaijão - 77 pontos; 2.º Portugal - 77 pontos; 3.º Finlândia - 68 pontos; 4.º Bélgica - 63 pontos; 5.º Austrália - 60 pontos; 6.º Albânia - 56 pontos; 7.º Geórgia - 46 pontos; 8.º Montenegro - 41 pontos.

Vídeo: Eurovision Song Contest
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  1. Como recente seguidor do blog, tive que voltar atrás no tempo para ver as apreciações feitas á musica que me fez apaixonar pela festa da musica que é a eurovisão.
    Subscrevo as palavras da Jéssica e desde já agradeço a senhora ter ido a fátima rezar pelo nosso Salvador, visto que trouxe mesmo o caneco para casa.

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