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Na Luta Contra o Preconceito - Conclusão


CONCLUSÃO

Racismo, sexismo, homofobia, transfobia, xenofobia… tantos nomes conotados negativamente, que refletem muito do que de mal se passa nas mentes humanas. Enfrentamos árduos desafios na desmitificação das diferenças, e esses desafios refletem-se em diferentes setores e de diferentes formas. Um dos espaços onde podemos encontrar exemplos destes fenómenos é a Eurovisão. Assistimos a ameaças, provocações, desvalorização, suor e lágrimas. Vários foram os episódios negros da história eurovisiva, como tivemos a oportunidade de analisar ao longo das últimas semanas. No entanto, e talvez mais importante, várias foram as histórias de superação, onde a música e a liberdade uniram forças e conseguiram aniquilar o preconceito.

Assistimos a vitórias que transcenderam o sexo, orientação sexual, raça e idade, e que nos fizeram acreditar e sonhar com um Mundo melhor. Sabemos que o caminho é ainda longo e árduo, e que a cada nova conquista surgem novos desafios, mas pela história recente, podemo-nos sentir confiantes, não só numa Eurovisão mais livre, mas também numa Europa mais tolerante. 

Para o bem e para o mal, a Eurovisão funciona como um termómetro cultural, político e social da Europa, estando a sua história repleta de exemplos disso mesmo – que o diga Portugal, pela sua longa ditadura. No entanto, importa salientar que não é só a Europa que muda a Eurovisão, esta última também molda a Europa, ao submete-la a novos desafios, que sob outras circunstâncias não teriam igual destaque. 

A Eurovisão já permitiu o início de vários debates abertos, sobre diferentes temáticas, impulsionando a criação de novas abordagens e perspetivas. Mais ainda, pela abrangência do certame, que passou a incluir novas faixas etárias (Eurovisão Júnior) e até outros setores artísticos (Dança), a própria Eurovisão adaptou-se a diferentes necessidades, com vista à não exclusão.

Nem tudo são rosas, e ainda existe muito por mudar, mas cada passo importa, e na Eurovisão têm sido dados bastantes passos com vista à plena aceitação de todos. Conhecem outro programa televisivo onde sejam filmados beijos homossexuais? (É claro que as séries são um caso à parte, e mesmo assim, existem restrições). Conhecem algum concurso onde bandas de cantoras idosas têm sucesso? Existem muitos concursos que não excluam pessoas com deficiências ou limitações significativas?

Pois bem, na Eurovisão já tivemos a oportunidade de experienciar a diferença, de tomar conhecimento da sua existência e de a aprendermos a aceitar. No fundo, este certame, de forma subliminar, permitiu o nosso crescimento, mais que não seja por nos permitir pensar sobre temáticas até então distantes ou desconhecidas.

Nós, Crónicas de Eurofestivais, rejeitamos qualquer tipo de discriminação, uma vez que acreditamos que existe espaço no Mundo para todos, sendo a unicidade de cada um essencial à riqueza da vivência humana. Existem situações que nos entristeceram na história eurovisiva, mas em geral temos orgulho do certame que todos nós ajudamos a construir. Nem sempre tudo será perfeito, mas acreditamos que todos temos um importante papel na consolidação da tolerância, não só na Eurovisão, mas na nossa comunidade envolvente.

Nós somos contra a discriminação, e tu?:


21/12/2015

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