A OPINIÃO DOS ARTISTAS INTERNACIONAIS EUROVISIVOS
PARTE 3
Também fomos falar com alguns artistas estrangeiros que participaram no Festival Eurovisão da Canção. Todos eles são de culturas diferentes, mas conviveram de perto com a realidade portuguesa eurovisiva.
Desde logo, para rematar, perguntámos ao cantor Andrius Pojavis, que representou a Lituânia em 2013. Para ele, as memórias que tem de Portugal são simples: “nenhumas”. Acrescentando, também, que não tem quaisquer músicas portuguesas eurovisivas favoritas.
De facto, este sentimento reflete-se em muito também em Alenka Gotar, que representou a Eslovénia em 2007: “desde a ‘Senhora do Mar’ que Portugal não teve mais músicas marcantes, o que é triste porque o país tem imensos excelentes artistas”. Os conselhos que a artista dá à RTP e aos artistas é que procurem algo autêntico e novo: “sê aquilo que tu és, não o que achas que a Europa quer ouvir”.
Da Eslováquia, as TWiiNS não sabem porque razão Portugal nunca ganhou a Eurovisão: “talvez pelas mesmas razões que a Eslováquia nunca ganhou”, destacando assim a supremacia dos países endinheirados. Além disso, as gémeas consideram que a Eurovisão é um festival com muitas injustiças: “há muitas músicas que não passam à final que são melhores que as que passam.” No entanto, relembram com carinho a música da Filipa Azevedo, que acham que merecia “um melhor lugar”, bem como de “Todas As Ruas do Amor”, dos Flor-de-Lis, e da “engraçada” atuação dos Homens da Luta.
Apesar de Polina Gagarina concordar com as TWiiNS, considera que os artistas portugueses têm de ir ao encontro dos gostos dos fãs - porque sem fãs um artista não pode criar uma carreira, por mais que queira.
Apesar de Polina Gagarina concordar com as TWiiNS, considera que os artistas portugueses têm de ir ao encontro dos gostos dos fãs - porque sem fãs um artista não pode criar uma carreira, por mais que queira.
Apesar dos maus resultados e da fraca presença eurovisiva, os Jalisse, que representaram a Itália em 1997, relembram as músicas portuguesas como canções vindas do “coração”. Da mesma opinião parte Nadine Beiler, que representou a Áustria em 2011, acrescentando a fantástica persistência do país em continuar a apostar na sua língua nativa – que torna toda a sua proposta cheia de identidade tornando o espetáculo muito inter-cultural.
Já Anmary, que representou a Letónia em 2012, considera que Portugal costuma sempre levar “excelentes cantores”. Também Hersi Mamtuja, que representou a Albânia em 2013, partilha da mesma opinião: “vocês levam sempre artistas muito bons tecnicamente, o que merece ser valorizado.”
Por fim, Aram MP3, representante da Arménia em 2014, lembra-se “da música de 2005, que se chama ‘Amar’ que em armeno quer dizer verão” e destaca o sol português que acredita “fazer os corações das pessoas mais brilhantes e positivos”.
What is Portugal doing in Eurovision?
We’ve also been talking to some foreign artists who participated in the Eurovision Song Contest. They are from different cultures, but lived closely with the portuguese reality in Eurovision.
We talked to singer Andrius Pojavis, who represented Lithuania in 2013. The memories he has of Portugal are simple: "none". Adding that he doesn’t have a portuguese song that he prefers.
Alenka Gotar, who represented Slovenia in 2007, shares this feeling too: “except ‘Senhora do Mar’ in last years, unfortunately, Portugal didn't have many remarkable song, what i find it's a pitty, because you have great artist and great national traditional music”. The advice that the artist gives to RTP and to the artists is seeking for something authentic and new: “be what you are, not what you think Europe wants to hear”.
From Slovakia, TWIINS have no idea why Portugal has never won Eurovision, “same like why Slovakia never won ESC, we don’t know”. In addition, the twin’s duo believe that Eurovision is a festival with many injustices: “sometimes not the best songs qualified for the finals and the good ones didn’t make it to the final”. However, they recall Filipa Azevedo’s song, which they think deserved "a better place" as well as ‘Todas as Ruas do Amor’ by Flor-de-Lis and the "funny" performance of Homens da Luta .
Polina Gagarina from Russia agrees with TWiiNS, but she also says that artists need to sing what fans want to listen because no one can have a music carreer without fans.
Polina Gagarina from Russia agrees with TWiiNS, but she also says that artists need to sing what fans want to listen because no one can have a music carreer without fans.
Despite the poor results and weak Eurovision presence, Jalisse, who represented Italy in 1997, remind the Portuguese songs as coming from the "heart". The same view of Nadine Beiler, who represented Austria in 2011,who adds the persistence of our country to continue to sing in our native language.
Anmary, who represented Latvia in 2012, thinks that Portugal always have "great singers" in eurovision. Mamtuja Hersi, who represented Albania in 2013, shares the same opinion: "you always send good artists technically, what deserves to be valued”.
Finally, Aram MP3, representative of Armenia in 2013, remember the “portuguese entry for Eurovision in 2005, which was called ‘Amar’ which in armenian means summer” and talks about the portuguese sun which he believes “makes people’s heart shine and positive”.
Imagem: Eurovision.tv, zimbio.com, vignette1,
19/07/2015
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