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ESC'Divas - Oitavo Texto: 'Quando as Divas lutam pelos seus sonhos...'


"QUANDO AS DIVAS LUTAM PELOS SEUS SONHOS..."

Uma diva para ser diva nunca deve desistir dos seus sonhos. Ser diva também é ser persistente, perfeccionista e lutar até ao fim pelos seus objetivos.


Sanna Nielsen é a rainha das divas insistentes em participar na Eurovisão. Sete é o número das suas tentativas. De facto, não existe nenhum intérprete que conheça tão bem o palco do Melodifestivalen como ela. Sanna nasceu na Suécia e iniciou a sua carreira muito jovem. Desde cedo que investiu nos seus estudos musicais, frequentando o ensino médio em Malmo. 2001, 2003, 2005, 2007, 2008, 2011 e 2014. Estas foram as edições em que Sanna tentou a sua sorte, sendo que em 2005 fez um dueto com o conhecido cantor e compositor sueco Fredrik Kempe. Entre resultados menos bons e lugares cimeiros em edições anteriores, em 2014 “Undo” conquistou o público sueco e foi entoada em Copenhaga. Sanna foi uma mulher feliz, pois não só finalmente representara o seu país como também conseguiu o pódio na Eurovisão. Já este ano, Sanna apresentou o Melodifestivalen juntamente com Robin Paulsson e as criticas dadas à sua performance foram muito positivas.


Carola Häggkvist é mais uma artista sueca persistente nas lides eurovisivas. Na primeira vez que foi convidada para participar no festival, em 1982, Carola recusou. Nessa altura, o seu nome começava a ser conhecido após ter ganho um concurso de talentos, em 1977, e ter despertado a atenção de alguns produtores musicais. No ano seguinte, Carola decidiu participar, com "Främling". Ainda hoje é sua canção com maior sucesso. Nesse ano, Carola obteve pontuação máxima de todos os júris do país, e a sua atuação no ESC em Munique foi a mais vista de sempre pelos suecos. Posteriormente, Carola alcança mais um recorde com o lançamento do seu álbum: sete discos de platina. Após o terceiro lugar e todo o sucesso que envolveu esta edição, surge o regresso tão aguardado ao Melodifestivalen, em 1990. No ano seguinte voltou a participar e, desta vez, foi uma vez mais representante da Suécia. Carola venceu a Eurovisão, num polémico resultado de empate entre a Suécia e França. Já em 2006, Carola regressou novamente com "Invincible" onde foi criado um espectáculo cénico, visual e também vocal da sua parte. Alcançou o quinto lugar. Carola é uma diva no seu país, talvez uma das maiores de todos os tempos, e os eurofãs ainda acreditam que tenha força suficiente para voltar a representar a Suécia e alcançar, uma vez mais, o sucesso europeu.


Lys Assia é a diva eurovisiva mais ancestral, pois foi a primeira vencedora da Eurovisão, em 1956. Mudou a sua carreira de bailarina para cantora e devido a este marco histórico, obteve rapidamente bastante sucesso. No mesmo ano, Lys também participou na selecção alemã mas acabou por representar o seu país natal, a Suiça. Em 1957 e 1958 Lys voltou a participar no festival. O mesmo só voltou a ocorrer em 2012. Apesar de não ter vencido, Lys foi convidada de honra desse ano na Eurovisão, em Baku. Em 2013, voltou a estar presente no festival Suiço, desta vez com uma canção escrita na língua inglesa. Nesse mesmo ano, surgiram rumores de que poderia representar San Marino na Eurovisão. Como a última participação foi relativamente recente, não está colocada fora de hipótese uma nova tentativa de Lys de regressar aos palcos eurovisivos, que já são a sua segunda casa.




Quando falamos em divas repetentes na Eurovisão, há uma que nos salta logo à memória: Valentina Monetta. Todos nos lembramos dela pelos três anos consecutivos em que cantou no palco mais famoso da Europa: 2012, 2013 e 2014. Todas as três participações foram por selecção interna do país. Na primeira, a canção foi polémica devido ao título inicial “Facebook”, que teve que ser mudado devido ao cariz comercial. Depois “Crisalide” sofreu uma evolução positiva e falhou a final, inesperadamente. Finalmente com “Maybe” atingiu o seu objetivo. Em 2015, Valentina já não representou o seu país, mas foi porta-voz na atribuição dos votos.


Kirsti Sparboe é a diva mais insistente dos anos 60. Em 1965 representou a Noruega pela primeira vez, com 19 anos. No ano seguinte participou na selecção nacional não conseguindo o apuramento. Já em 1967 voltou a cantar pela Noruega na Eurovisão. Não se ficando por aqui, e logo no ano seguinte uma vez mais, tentou a sua sorte, mas a sua canção foi desclassificada devido a acusações de plágio. Em 1969, ocorreu a sua última participação pela Noruega, terminando em último lugar. Em 1970, voltou a estar presente na selecção nacional, desta vez da Alemanha. Foi neste país que Kirsti teve mais sucesso na sua carreira musical.


Monika Linkytė representou a Lituânia este ano, juntamente com Vaidas Baumila e a canção “This Time”. Monika chegou a participar a solo na final nacional, mas foi a interpretação em dueto que mais conquistou o júri e o público lituano. Anteriormente foram várias as tentativas de Monika cantar pelo seu país: iniciou-se no JESC 2007 e depois esteve presente nas seleções nacionais de 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014. Deste modo, há 5 anos consecutivos que vemos Monika no palco do festival, e quem sabe se não ficará por aqui, sozinha ou acompanhada.

É muito positivo quando vemos novas caras na Eurovisão, novos talentos promissores. No entanto, os eurofas não se incomodam em rever em palco grandes nomes do certame, principalmente grandes divas que marcaram o maior espetáculo de música europeu. 

29/07/2015

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