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ESC 2015: comentários ao sexto dia de ensaios


A três dias da realização da primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção 2015, hoje foi a vez de subirem ao palco todos os países que irão atuar na segunda semifinal!



Apesar de não ser grande fã deste tema, há que reconhecer que a atuação está bem conseguida e que Monika e Vaidas funcionam muito bem enquanto dupla de apaixonadinhos. E, sejamos sinceros, isso é quase sempre uma boa aposta, porque o público gosta. Vocalmente, Monika é um pouco limitada e isso nota-se, definitivamente um dos pontos mais fracos desta proposta. O coro está fantástico e isso ajuda a disfarçar as fraquezas vocais da intérprete. O cenário de fundo é bastante harmonioso. Faz jus à canção e e combina bastante com os tons optados para a indumentária de Monika e Vaidas. Mesmo que não seja do meu agrado pessoal, julgo que iremos ver a Lituânia na final.



A Irlanda tem uma das canções mais bonitas do ano. Para mim é difícil não gostar disto, visto que é uma boa música aliada a uma excelente voz. Esta canção foi mesmo feita para ela e assenta-lhe tão bem. No que toca à atuação, Molly está verdadeiramente impecável. É uma voz que nos aquece. Quanto ao resto, confesso que fiquei à espera de mais. Para já, podiam ter arranjado um piano mais bonitinho. Depois, do que conseguimos ver nas imagens deste ensaio, Molly não tem uma grande interação com as câmaras e isso numa canção como esta é absolutamente essencial. No entanto, julgo que não será isso que fará com que a Irlanda se fique pela semifinal.



Se eu já achava esta canção medonha, ao ver a sua performance ainda acho mais. Digamos que isto é uma brincadeira sem futuro, literalmente. É demasiado acriançado, não é definitivamente para um concurso como estes. Para além da horrorosidade do tema em si, estas duas crianças vindas diretamente do JESC vêm atuar sem microfone de punho e por isso ficam ali sem saber o que fazer com as mãos, tornando toda a atuação num perfeito awkward moment. O cenário de fundo é absolutamente piroso e eu, como pessoa pirosa que sou, até gosto, tal como gosto do vestido da Anita. Sinceramente, são as únicas coisas de que até consigo gostar nesta proposta medíocre, que irá certamente ficar-se pela semifinal. Pelo menos terão futuro a fazer teatrinhos musicais para crianças da escola. 



Montenegro merece tanto passar à final este ano que até dói no coração. Este tema é absolutamente incrível e a sua atuação está mesmo bem conseguida e competente. Não consigo escrever este comentário sem pensar na igualmente forte probabilidade de isto se ficar pela semifinal, o que, se acontecer, será das maiores injustiças do ano. Knez tem uma voz fabulosa e uma presença em palco marcante. É um pouco difícil comentar toda a coreografia que aqui se vê pois sem dúvida que o efeito em televisão será completamente diferente e fará mais sentido. Mesmo assim, adorei o que vi . O coro está bastante harmonioso e só por não estarem estáticos durante toda a atuação já merecem pontos positivos. Espero que se faça justiça na quinta-feira. 



Nunca vi nada de extraordinário nesta canção. Nunca me convenceu totalmente nem achei que fosse muito longe. Ao ver este ensaio, continuo na mesma. Apesar da excelente prestação vocal da Amber, não vejo nada que me arrase e que se destaque particularmente nesta proposta. É um bocado banal e até me chega a parecer demasiado pretensioso para o que vale realmente, a constatar pela imagem de fundo a relembrar a da Conchita em 2014. A Amber tem uma boa voz, como já o referi, mas, a meu ver, não consegue defender o que a canção transmite. Eu não vejo nenhuma guerreira ali, tal como consigo ver no tema da Geórgia, por exemplo. Malta farta-se de enviar propostas medíocres, safando-se quase sempre e passando à final. Isso poderá acontecer de novo este ano.



Pintam tantas maravilhas neste tema e eu ainda não consegui perceber o porquê. A canção é uma seca tremenda e a atuação ao vivo só vem completar o aborrecimento do tema. Eles não têm carisma nenhum, até os de São Marino funcionam melhor em dueto do que estes dois. Chateia-me que países mais fraquinhos façam tudo para melhorar desde que são escolhidos os representantes e outros como a Noruega deixem tudo como está porque à partida já têm lugar marcado na final. As vozes são banais, não têm grande força, a indumentária de ambos é má e o cenário de fundo é o pior até agora. Infelizmente, isto deve passar à final e tirar o lugar de uma canção superior. 



Sendo eu uma pessoa que nunca se deslumbrou com esta canção, devo confessar que os ensaios me surpreenderam bastante, não obstante do valor do tema, que continua a ser fraco. Todo o cenário em palco está fantástico. A Leonor tem uma das melhores indumentárias do ano e o coro, graças a todos os santinhos, já não está a usar chapéu. Não sou grande fã da imagem de fundo mas acho que isso é secundário numa atuação como esta e os tons combinam bem. Continuo a achar os movimentos da Leonor um bocado exagerados para a canção que é e a voz dela está no ponto! Tenho as mínimas esperanças de que Portugal passe à final mas seria uma excelente surpresa.



Sempre adorei esta canção e sempre senti que ia ser um estrondo em palco. Não me desiludi, afinal de contas não são necessários grandes apetrechos quando temos um tema potente e duas vozes extremamente competentes. A isto chama-se um verdadeiro dueto, com química, com vozes harmoniosas que combinam e que sabem defender o seu tema! É bom ver a República Checa de volta à Eurovisão com uma música destas. Confesso que ainda não entendi bem o que é aquela loucura de tirar os sapatos a meio da canção mas pronto, não faz mal, até se perdoa. Eles merecem verdadeiramente a final, algo que eu tenho algumas dúvidas de que aconteça. 



Adoro tanto isto que devia ser ilegal. A Eurovisão precisa de mais músicas assim, que combinem o atual com o tradicional de cada país. Sou super fã desta proposta e amo completamente a atuação. É uma autêntica festa e é verdadeiramente impressionante ver que o Nadav consegue aguentar o tema do início ao fim, mesmo com tanto andar a saltitar de um lado para o outro. E sejamos sinceros, esta atuação é uma lufada de ar fresco por se diferenciar de todas as outras e por ter tanta gente gira em cima do palco! A coreografia está brutal, principalmente mais para o final, quando o coro se junta. Tenho a sensação de que isto irá ser totalmente aniquilado pelo júri mas julgo que nem isso irá impedir Nadav de ir à final. 



Desde o princípio que simpatizei com a Aminata e o seu tema, mas sempre achei que a sua voz era demasiado estridente para o que a minha capacidade auditiva quer suportar. Bem, continuo a achá-lo mas tudo o resto está absolutamente fantástico. O cenário, o vestido, aquela espécie de tiara que ela tem na cabeça. Uau! Ela tem o carisma necessário para defender a 100% esta canção e um vozeirão invejável, ainda que, como já referi, seja um pouco irritante no refrão. A Letónia merece a final, pela excelente intérprete que tem e por todos os elementos cénicos que combinam na perfeição.



O Azerbaijão não vai para a Eurovisão para brincar, como alguns países o fazem, incluindo Portugal. Em todos os anos que participou, não houve nenhuma vez que eu não pensasse que eles viam a Eurovisão com indiferença. Ainda que nem todos os temas do país sejam uma obra-prima, a atuação supera-o completamente. É o que acontece com "Hour Of The Wolf", acaba por ser um tema assim assim com uma brilhante interpretação vocal por parte de Elnur. A inclusão de bailarinos foi uma escolha inteligente, algo que quase sempre resulta bem em câmara. É claro que está na final e com todo o mérito, mesmo não sendo eu a maior fã da canção.



Pessoalmente, é difícil para mim conseguir tolerar atuações queridas, fofinhas e muito à Toddlers and Tiaras mas tenho de admitir que a Islândia tem uma boa proposta, que ganha pontos pelo fator "oh, que queridinha". Digamos que às vezes fico à espera que a Hera Bjork salte daquele coro, dê um pontapé na María e comece a cantar a "Je Ne Sais Quoi" mas pronto. María está muito bem vocalmente e esta atuação vai ficar simplesmente fantástica em televisão, sendo que já conseguimos perceber um pouco destes movimentos neste ensaio. O cenário de fundo é um dos melhores do ano, o mesmo não se pode dizer do vestido, e é impossível deixar de referir o excelente conjunto de vozes do coro da Islândia, que funcionam na perfeição.



Não há muito a comentar neste ensaio da Suécia, visto que pouca coisa mudou desde o Melodifestivalen. Pode ser o primeiro nas casas de apostas, pode ser isto e pode ser aquilo mas para mim isto continua a não ser canção para ganhar, ainda que goste muito, que perceba todo o seu valor e que perceba que a Suécia aposta na Eurovisão como nenhum outro país. Måns Zelmerlöw não tem qualquer tipo de falha vocal e tem um excelente carisma em palco. O cenário já todos conhecemos e, ainda que não seja tão original como pintam, está mesmo muito giro. Ficar pela semifinal nem se coloca em questão, mas ainda não acredito que vença.



Primeiro que tudo, é impossível não valorizar o esforço da Suíça este ano. É um bom tema, uma boa voz, uma boa atuação. O cenário de fundo é muito giro, ainda que eu pessoalmente não consiga perceber bem o que tem a ver com a canção. Mélanie é bastante competente mas, por outro lado, acho que o mesmo não se passa com o coro, que me parece um pouco esganiçado até. Gosto bastante do vestido escolhido, esse sim, adequa-se perfeitamente à proposta e a todo o seu conceito. Há poucas probabilidades de termos a Suíça na final, ainda assim nota dez pelo esforço e vontade de fazer um bom trabalho na Eurovisão.



Das canções mais fracas desta semifinal que é muito forte. O Chipre volta à Eurovisão com uma canção nada excitante, uma baladinha sem sal interpretada por um cantor que, apesar de ter uma voz bonitinha e querida, não tem grande carisma. Ficamos à espera que aconteça alguma coisa entusiasmante e nada acontece. Os elementos cénicos estão bem e criam uma atmosfera agradável mas nada mais que isso. Não tenho muitas dúvidas, esta proposta deve ficar-se pela semifinal, sem grandes hipóteses de que o contrário aconteça.



Adoro completamente esta canção! Tanto que as minhas expetativas se elevaram demasiado para a atuação que temos. Pensei mesmo que íamos ver outra coisa mais adequada ao tema e sem aqueles headphones ridículos. Por outro lado, a voz da intérprete é absolutamente fabulosa e adequada a este excelente tema. O jogo de luzes é excelente e gosto muito da bailarina maluca ali a fingir que toca violino. Ainda que a atuação me tenha desiludido um pouco, pois poderiam ter melhorado dado hype que a canção teve desde o início, esta é uma canção maravilhosa, bem defendida e merece sem qualquer tipo de dúvida a final.



Gosto desta canção desde que a ouvi pela primeira vez. Para o género, que não é dos meus favoritos, até é um bom tema. A polémica inclusão da cadeira de rodas em palco, para mim, não resulta muito bem no que toca aos elementos cénicos da atuação, mas é claro que infelizmente é a sua condição e claramente é um motivo que a fará ganhar pontos. O inglês de Monika é péssimo, não se percebe mesmo quase nada e isso nesta fase é imperdoável, dado o tempo que teve para preparar o seu tema. A nível vocal, Monika é bem fraquinha. No que toca à qualidade do todo, Polónia não merece passar. Por outro lado, a condição física da cantora é, quer queiramos quer não, um motivo suficiente para que ganhe votos.

Melhor ensaio do dia: Montenegro
Pior ensaio do dia: Noruega

16/05/2015
Vídeos: Eurovision.tv
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