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[Exclusivo] Entrevista a Måns Zelmerlöw (Suécia ESC 2015)


Måns Zelmerlöw - Representante da Suécia no Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2015


Como é que te interessaste na música e que artistas te influenciaram?

Måns Zelmerlöw: Comecei por ir a aulas de piano, foi algo que os meus pais acharam que seria uma boa idea. Porém, eu nunca gostei muito. Depois, um amigo meu começou a ter aulas de guitarra e eu juntei-me a ele e devido a isso comecei a cantar. No secundário comecei a aperceber-me que o que gostava era de cantar e naquela altura comecei a sonhar em tornar-me um artista. Quando comecei a ir a uma escola de música, um amigo meu levou-me às audições dos Ídolos da Suécia e acabei por ficar em 5º lugar.

Consideras o Ídolos o teu alcance para o estrelato?

Måns Zelmerlöw: Mais ou menos, podia perfeitamente ter terminado ali porque eu era muito perguiçoso e não tinha motivação para continuar aquela jornada. Depois dos Ídolos eu estava pronto para me mudar para a minha cidade natal, Lund, para estudar e entretanto fui convidado a participar na primeira edição do "Let’s Dance" (Dança com as Estrelas) da Suécia e ganhei. Após isso, surgiu a oportunidade de participar no Melodifestivalen. "Let’s Dance" foi provavelmente muito mais importante para a minha carreira do que o "Ídolos" foram mas claro que eu nunca teria participado no "Let’s Dance" se não fosse por causa do "Ídolos".

Veja uma das prestações de Mans no Ídolos:



Que tipo de música ouves e o que é que te influencia?

Måns Zelmerlöw: Eu oiço todo o tipo de música, tanto para meu próprio prazer como para ter inspiração. Coldplay, Justin Timberlake e artistas suecos como Veronica Maggio, First Aid Kit and Melissa Horn são os meus favoritos. O meu último álbum, Barcelona Sessions foi, de muitas maneiras, inspirado nos Coldplay e no John Mayer.

O que é que te fez querer participar no Melodifestivalen este ano? Sempre quiseste voltar a participar?

Måns Zelmerlöw: Foi sempre um sonho meu representar a Suécia no Festival Eurovisão da Canção. Foi há 6 anos que participei com o single “Hope & Glory” e agora senti que estava na hora de regressar com esta canção [Heroes], que achei ser uma canção bastante poderosa. Na verdade tudo começou comigo a escrever músicas para o MF, para outro artista e, quando fui mostrar a música à editora discográfica, os produtores perguntaram-me se eu queria ouvir a Heroes. Estava intrigado visto que era uma canção excelente que me fazia lembrar o meu álbum “Barcelona Sessions” mas ainda me dava a oportunidade de ser o tipo de entertainer que sempre quis ser.

Sentiste logo uma ligação com a "Heroes"?

Måns Zelmerlöw: Senti que era uma música muito boa porém não tive logo a certeza que a minha voz se encaixaria. Ainda estava a pensar em fazer o tipo de música que fiz no ”Barcelona Sessions”, um pouco mais de rock. Mas depois, pessoas próximas a mim relembraram-me o quanto eu gosto de atuar com canções com um ritmo mais acelerado e senti que a Heroes podia tornar-se algo fantástico.

Como foi a experiência de trabalhar com Linnea & Joy Deb, que escreveram hits como ”You” e ”Busy Doing Nothing”?

Måns Zelmerlöw: Fantástico, eles são uns génios. Mas na verdade, eu não fui a primeira escolha deles. Jens Hult (artista sueco e participante do Ídolos) foi a pessoa que cantou Heroes na demo e ele fez um óptimo trabalho. Depois sugeriram que eu a cantasse no estúdio. Não é uma música fácil de cantar mas, quando eu fui para o estúdio, o Joy Deb ficou muito satisfeito. E tenho de adicionar que o Anton Hård af Segerstad escreveu a "Heroes" com o Joy e a Linnea.

Disseste que a "Heroes" faz-te lembrar músicas de artistas como o David Guetta e o Avicii. Achas que a Heroes pode ser um grande sucesso na Europa como as canções que eles lançaram?

Måns Zelmerlöw: Sim, é sem dúvida uma canção do mesmo género e EDM [Electronic Dance Music] é bastante popular agora. Eu penso, absolutamente, que pode estar no caminho para um grande sucesso porque é uma música muito forte. É uma música com a sua própria identidade e muito bem composta.

O que é que o personagem animado na tua atuação significa para a história da canção?

Måns Zelmerlöw: A música é sobre o facto de qualquer um poder ser um modelo exemplar e um herói. E é isso que nós tentámos ilustrar no palco com a pequena personagem de animação, o "MP" (Måns Petter). Eu levo-o para o meu coração e é isso que o faz mais forte. A história é baseada na minha própria experiência no ensino básico quando fui excluído por alguns amigos por causa de um ”bully” na minha turma. Eu tive que encontrar um novo amigo e ele, felizmente, entrou para a minha turma. A companhia dele deu-me força para enfrentar o rapaz que me fazia bullying, o que fez com que eu reavesse os meus velhos amigos. A figura de animação "MP" representa uma versão jovem de mim mesmo, e eu represento esse novo amigo que me ajudou a erguer.

Que mudanças podemos esperar para Viena?

Måns Zelmerlöw: A figura de animação ”MP” vai receber um novo visual e talvez alguns atributos novos. Também vou trazer novos vocais de apoio à atuação. Alexander Holmgren e Micke Blomqvist são os dois nomes que estiveram comigo na final do Melodifestivalen mas agora acrescentei a Brita Bergström, a Jeanette Olsson e a Linnea Deb, que também é uma incrível compositora.

Como te sentes, sendo considerado um dos favoritos a ganhar a Eurovisão?

Måns Zelmerlöw: É sempre emocionante representar a Suécia visto ser um dos países favoritos a participar. E é fantástico sentir o apoio para a canção em si. Dito isso, vai de certeza ser uma competição extremamente díficil. Pessoalmente, acho que vai ser díficil ganhar à Itália, e acho que à Austrália também. Guy Sebastian é um artistas formidável e acho que eles vão ser representados por uma grande estrela. O Azerbeijão também tem uma canção muito boa.

Consideras-te um fã da Eurovisão?

Måns Zelmerlöw: Sim, sempre vi e adorei o Festival Eurovisão da Canção. Quando a Loreen ganhou em 2012 eu estava na cidade a celebrar como um maluco. Por isso, vai ser assombroso representar a Suécia este ano.

Quais as tuas canções favoritas da Eurovisão?

Måns Zelmerlöw: Tenho muitas! Adoro a ”Dancing Lasha Tumbai” do Verka Serduchka. É uma música fantástica. Também amo baladas como ”Is It True” da Yohanna e a ”Quedate Conmigo” da Pastora Soler. E claro, ”Jan Jan” de Inga & Anush e ”Rändajad” de Urban Symphony.

Para além da tua música, tinhas alguma favorita no Melodifestivalen 2015?

Måns Zelmerlöw: Sim, gostei muito da ”Don’t Stop Believing” da Mariette e a ”I’ll be Fine” da Molly Petterson Hammar. Duas canções excelentes e duas cantoras igualmente fantásticas.

Das canções da Suécia que já foram à Eurovisão, quais é que gostaste mais?

Måns Zelmerlöw: “Euphoria” de Loreen e, claro, “Se på mig” de Jan Johansen, que é de 1995.

É verdade que foste uma das primeiras pessoas a acreditar na Loreen?

Måns Zelmerlöw: Na verdade, eu comecei a minha própria editora discográfica [Mohito Records] por causa dela. Ela cantava imensas demos no nosso estúdio e eu e o meu colega Moh [Denebi] vimos imenso potencial nela. Por isso, acabámos por contratá-la e começámos a pressioná-la para participar no Melodifestivalen com a canção ”My Heart is Refusing Me” que, eventualmente, foi um sucesso. E no ano seguinte ela ganhou o Festival Eurovisão da Canção com ”Euphoria”.

Atualmente, qual é a tua relação com ”Cara Mia” e ”Hope & Glory?

Måns Zelmerlöw: Eu canto-as sempre quando tenho actuações. Tenho três grandes sucessos e acho que seria extremamente egoísta não cantá-los. As pessoas querem ouvi-los e eu ainda os adoro cantar, especialmente quando o público canta comigo. ”Cara Mia” é uma música que actualmente a maioria da Suécia conhece.


Reveja "Cara Mia":



Vais tentar promover-te na Europa participando em eventos como a “Eurovision in Concert” ou a “London Party?

Måns Zelmerlöw: Eu vou fazer uma visitar ao "Eurovision in Concert" em Amesterdão e à "London Party". Para além disso, estamos à espera de participar em alguns programas de televisão de outros países. Caso contrário, irei tentar gastar o tempo a gravar coisas novas e ter a certeza que a minha participação na Eurovisão vai ser excelente.

Vais lançar algum álbum? Se sim, vai ter um som parecido ao álbum “Barcelona Sessions” ou vai ter um avanço e vai ser mais do estilo de “Heroes”?

Måns Zelmerlöw: Sim, estamos a tentar ter um álbum pronto para lançar na primavera, com esperanças que seja perto da Eurovisão. Vai ser um estilo muito parecido com a “Heroes”. Estou actualmente a trabalhar com os compositores que escreveram a “Heroes” e muitas outras pessoas, o que é divertido. Abriu-se uma porta para novas colaborações quando ganhei o Melodifestivalen.

Houve alguns artigos sobre um programa em que participaste na Suécia, onde disseste que a homossexualidade é uma anormalidade, embora acrescentando que não há nada de errado em ser homosexual. Existe alguma coisa que gostarias de esclarecer?

Måns Zelmerlöw: Sim, sem dúvida. Esta história deixa-me muito triste. Eu nunca quis usar essa palavra, nessa discussão eu queria dizer ”não tão comum” e simplesmente saiu de uma maneira muito errada. Vou deixar bem claro que não sou homofóbico, nunca fui e nunca serei. Usei algumas palavras muito estúpidas e argumentos que nunca deveria ter usado e acabou por sair tudo errado e fora de contexto. Ser homosexual é tão normal como ser heterosexual e eu apoio a 100% a comunidade LGTB. Sempre fui um aliado e até actuei em eventos Pride para mostrar em que lado estou. Lamento muito por ter magoado tanta gente e já pedi imensa desculpa por isto e continuarei a fazê-lo pelo tempo que for necessário.

Como é que te sentes sobre ir competir na Eurovisão?

Måns Zelmerlöw: É um sonho tornado realidade e estou muito ansioso por ir a Viena em Maio. Vou tentar divertir-me o máximo que puder e estou bastante orgulhoso de ir representar a Suécia. Ganhar o Melodifestivalen foi um grande sonho tornado realidade e participar na Eurovisão é o próximo.


Reveja a música de Måns Zelmerlöw para o ESC2015:



Nota: esta entrevista não foi realizada pela equipa do Crónicas de Eurofestivais; resulta, então, de um documento enviado pela delegação sueca com uma entrevista feita entre Måns Zelmerlöw e a agente. O Crónicas de Eurofestivais tem o direito de a publicar.


Imagem: Wiwbloggs/Vídeos: Idol Sverige, mrpumba, Warner Music Sweden
09/04/2015
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  1. Li tudo e quando cheguei ao fim MORRI. Sim, sr, jornalismo de qualidade. Os vossos professores de jornalismo devem estar super, mega orgulhosos!

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  2. Boa noite

    Dificilmente os meus professores de jornalismo ficariam orgulhosos, por um motivo bastante óbvio e que não é muito difícil de descobrir (e não, não é porque a entrevista não é exclusiva). Mas não precisa de morrer, não queremos mortes aqui! Nós queremos que os nossos leitores conheçam os concorrentes, e é o que estamos a fazer. Não gostou da entrevista por não ser exclusiva? Pode sempre procurar em qualquer outro site português uma melhor, mas eu duvido que a vá encontrar, pelo simples facto de que o Mans não está a responder a entrevistas. Mas boa sorte! Com certeza vai morrer mais vezes ;)

    Cumprimentos
    Elizabete Cruz

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  3. Infelizmente nem sempre o nosso sentido crítico é pautado pela justiça e pela verdade, mas sim por outros interesses e outros valores que não de coadunam com a forma de pensar desta equipa.
    Apresentamos neste espaço informação para que, pessoas que gostam da Eurovisão e de todos os festivais a ela associados, possam consultar, possam ler e acima de tudo tirar as suas próprias ilações.
    Aqui, acima de tudo, estamos por gosto pessoal, sem horários e sem salários, mas é isso que nos torna resistente a opiniões menos favoráveis.
    Se a entrevista não lhe agradou, certamente outros conteúdos o/a agradam, visto que visita o este espaço, toma conhecimento e acima de tudo, ainda nos deixa um comentário.
    Agradecemos desde já pela sua presença e volte sempre, nem que seja para perder tempo a ler entrevistas que não gosta.
    E já agora... seja feliz. :)

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  4. Caro anónimo, caso não saiba, isto é uma entrevista, cedida pela equipa do Mans. Não foi feita pelo CE, é certo, mas também não omitimos isso, não enganamos ninguem como muitos costumam fazer. Ao menos contactamos os artistas e tentamos com q os nossos leitores conheçam mais sobre os concorrentes. Mas já vi que você nem leitor é, diverte-se antes a odiar sem conhecimento o trabalho alheio. Cumprimentos. Diogo canudo.

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  5. Caro anónimo,

    Se calhar os seus conhecimentos de jornalismo e de Eurovisão não lhe ensinaram que esta situação é mais frequente do que imagina. Se calhar também não o ensinaram a dar cara à sua opinião que, sejamos sinceros, não acrescenta nada ao mundo por não ser fundamentada e constituir, digamos, uma verdadeira diarreia verbal.

    Um bem haja e boa sorte nessa sua vida interessante de comentador anónimo.

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  6. Meu caro, não morra! Espere ao menos pela Eurovisão que assim ainda se diverte um bocado.
    Quanto à entrevista, simplesmente preferimos ser verdadeiros porque senão nem fazia sentido ter um blog onde o nosso principal objetivo é divulgar a Eurovisão e os seus concorrentes mas sempre sendo verdadeiros para quem nos segue diariamente (talvez não será o caso!)
    Mas olhe se conseguir uma entrevista com o Mans, avise-me também que gostaria muito ;)
    Cumprimentos eurovisivos,
    Joana Martins

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  7. Credo. Enfiaram mesmo a carapuça. 5 a responder a 1. Lol pra isso ja tiveram tempo lol

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  8. Ah, peço desculpa pelo mal-entendido. Sabe, veio comentar no nosso blogue, realmente achei que estaria a falar connosco. Bem, se estava a tentar enfiar a carapuça noutra pessoa, talvez devesse escolher melhor os sítios para comentar, porque ela aqui não vai ler nada ;)

    E não se preocupe. Estamos por trás de um computador, podiamos ser 100 contra 1 e o seu nariz ainda estaria intacto. Não vai morrer disso! Para além de que, se você pode vir aqui tentar enfiar a carapuça na cabeça das outras pessoas, nós também podemos falar com outras pessoas que não você. Não vejo porque acha que foi para você.

    Falta de tempo? Não sei de onde tirou essa ideia. A minha vida de desempregada (não, não estou desempregada porque sou má jornalista) permitia-me ficar o dia todo a discutir consigo. Não fico porque 1) a minha paciência não deixa e 2) seria estúpido.

    Passe bem

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  9. Só invejosos. Todos sabem que o Crónicas de Eurofestivais é melhor q a chungaria do ESCPortugal. Nota-se a léguas que é alguém de lá. Fica tão mal falarem mal da concorrência e não me mexem para fazer coisas giras no vosso espaço. O Crónicas é brutalllll! Força! Gisella Cavalcanty

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  10. Paulo Pinho? Que é o Rogério? Flopados! LOOOOL risos para gente sem vida como os anónimos que são tão prevísiveis.

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  11. Estes anónimos são tão rídiculos. Vê-se mesmo que são mesmo infelizes! LOL

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  12. Caro anónimo,

    Muitos de nós temos percursos académicos ligados ao jornalismo (eu, inclusive) mas se aceder ao separador "equipa" percebe na descrição da Elizabete (que "assina" a entrevista) que ela é estudante de Radiologia. A menos que Radiologia seja sinónimo de Jornalismo, não me parece que os professores dela fiquem descontentes. Como os meus colegas já disseram, a entrevista não foi feita por nós mas sim cedida pela equipa do cantor e portanto era complicado tratá-la de outra forma. Quanto ao tempo livre a que se refere, junto-me à Elizabete já que também estou desempregada. No meu caso pode dizer que sou má jornalista, mas pode sempre ir procurar jornalismo "do bom", por exemplo, ao jornal generalista mais vendido deste país (que o mais vendido ainda continua a ser temático).

    Aos restantes que comentaram a entrevista: obrigada pelas palavras e pelo voto de confiança. Vamos continuar deste lado a levar até vós as notícias eurovisivas :)

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