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Eurovisão virada do avesso 2 - Quarto tema: E se no ESC existissem tantas lesões como no futebol?


Quarto tema: 
E SE NO ESC EXISTISSEM TANTAS LESÕES COMO NO FUTEBOL?


Todos os fãs eurovisivos se sentem, de uma forma ou de outra, algo injustiçados quando analisam a Eurovisão em comparação com os mundiais do futebol. O mundo para ver meia dúzia de rabos definidos a correr atrás de uma bola. É canais e rádios invadidos pelas músicas oficiais; é um dia inteiro a acompanhar as viagens das seleções; é os jogadores na sua piscina durante os tempos livres. E uma pessoa a ser obrigada a levar com isso tudo. Enquanto que, na Eurovisão, ou vais ao Youtube ver os ensaios e acompanhar o dia-a-dia dos artistas ou então é como se o pré-Eurovisão não existisse. E já que comparamos os dois, porque não tocar no ponto que marcou o Mundial de 2014? 


A primeira imagem que nos passa pela cabeça é o rapaz do tambor, na atuação da Suzy, dar um grande tombo e a Suzy, profissional como é, continuar a fazer os seus épicos suzyshakes enquanto o coitado morria de dores no chão. Ou até a própria Suzy a partir um ossinho da anca a fazê-los – sim, porque a maioria das lesões a que assistimos no mundial pareciam ter sido causadas por um simples suspiro. A Tanja partiria uma perna nas suas danças malucas ao interpretar Amazing. A Conchita cairia do seu pedestal e iria receber o troféu numa cadeira de rodas – e apostamos que seria uma cadeira de rodas cheia de glitter e cristais Swarovski.


Se na Eurovisão existissem tantas lesões como no futebol, talvez o Festival voltasse a ser como nos seus primórdios: intérprete estático, onde o que se valorizaria seria apenas e só a voz destes. No entanto, as coisas estão mais evoluídas e, hoje em dia, a Eurovisão não é um simples concurso de canções (para alguns, infelizmente) – mas é um concurso de canções e de encenações. A indumentária, o cenário e o toque especial que cada cantor dá à sua atuação conta bastante para apelar ao televoto.


Por exemplo, Loreen e a sua coreografia ninja de Euphoria. Apesar de a música ser fantástica e a intérprete ser, de facto, irrepreensível, o que deixou o telespectador pasmado durante três minutos, sem tirar os olhares do ecrã, foi mesmo toda a interpretação que a cantora sueca deu. Algo nunca feito até então – ou, se calhar, nunca feito tão bem.


Sempre ouvimos dizer que, quando se vai à guerra, dá-se e leva-se. Os jogadores de futebol dão o corpo ao manifesto para ver a sua equipa a triunfar, e põem, na maior parte das vezes, a equipa em primeiro lugar do que a sua saúde. Hoje em dia, na Eurovisão, também isso acontece: além de os cantores não pararem nestes dias e, se calhar, não se alimentam da melhor forma que gostariam, fazem cada vez coisas mais chamativas em palco – e cada um corre o seu risco.


Não apoiamos que os artistas desvalorizem a sua saúde em relação à sua arte, no entanto esta é vida deles - e, caso algum dia aconteça em direto no palco da Eurovisão, não nos espantaria, de todo. Imaginar Ivi Amadou a cair das bases em que esteve de pé, Eleftheria Eleftheriou a posicionar-se mal em cima do bailarino e deslocar uma clavícula, ou até mesmo imaginar os Jedward, ao fazer as suas cambalhotas estrambólicas, a partirem-se todos, não seria, de todo, algo caricato – apesar de raro, ainda, na Eurovisão. 

11/10/2014

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