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Contra o ódio eurovisivo - Primeiro texto: top models


       A verdade é que há muitos anos que a música é um dos fatores que menos relevância tem na hora de apurar o vencedor eurovisivo. Uma música com qualidade raramente é reconhecida, mas há muitas canções medíocres a ganharem o concurso porque o/a cantor/a é muito giro/a.  Nós podemos não enviar as melhores músicas, mas pelo menos não pactuamos com esta moda que se tem instaurado aos poucos no ESC.
       Vejamos o nome do concurso: Eurovision SONG Contest. Se eu acho que devia ser tudo sobre a música? Se calhar devia, mas já pensaram na quantidade de espetáculo que era perdido se o foco estivesse só na música? A verdade é que vivemos num mundo em que é a imagem que vende. Nós podemos odiar uma música mas fazemos um esforço para a ouvir caso o/a cantor/a agrade aos nossos olhos, certo? Pensem comigo: quando conhecem alguém, o que é que vocês julgam logo? O aspeto! Tendo em conta que, infelizmente, não temos a oportunidade de julgar nada mais que isso nos artistas eurovisivos porque não os conhecemos, não me parece assim tão descabido que haja votos a partir do fator “beleza”. Se fazemos isto no dia-a-dia, gostava de saber qual é afinal o argumento para que não se possa fazê-lo na Eurovisão. Se a Eurovisão não se deve basear na beleza de ninguém, muito menos as nossas vidas. E, no entanto, nós continuamos a fazê-lo 24 horas por dia: "Eu não me dou contigo porque és isto ou és aquilo...”. 
        Lamento imenso desiludir-vos mas o ser humano está geneticamente programado para olhar para o exterior de alguém e só depois para o interior. Partindo do princípio que são os seres humanos que votam na Eurovisão, e que muitos deles só vêm o concurso no dia, é seguro dizer que a primeira impressão é aquela que fica - e é por estas e por outras que temos vitórias medíocres como a de Dima Bilan em 2008 ou o bons lugares como o da Grécia em 2004. Será que Alexander Rybak teria chegado ao primeiro lugar se não fosse a sua cara simpática, ou que Helena Paparizou levaria o troféu até à Grécia? Atrevo-me a dizer que sim, porque não é só uma “cara bonita” que chega para ganhar o ESC - mas também o seu talento. Caso bastasse ser-se um/a aspirante a modelo, fazíamos o que eu sugeri na primeira frase. Mais, se fosse este o caso a Noruega teria ganho novamente em 2010 e a Suécia ou Grécia em 2011 - entre muitos mais exemplos. Se o ESC fosse apenas uma passagem de modelos, pedíamos ao Ronaldo que nos emprestasse a Irina e estava ganho, não é?!

É mais do que óbvio que o aspeto conta no mundo eurovisivo, mas digam-me lá onde é que o aspeto não é importante e depois voltamos a conversar sobre este assunto, pode ser?


05/06/2014
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  1. O aspecto na Eurovisão é importante q.b...já assistimos ñ só a vitórias como a boas classificações onde os cantores/as ñ eram nenhuns Top Models,eram apenas boas vozes com boas musicas(prontos isto ás vezes é discutivel de pessoa para pessoa,obvio) mas principalmente o que fazem em cima do palco é que chama a atenção.Não preciso de dar exemplos...basta ter olhos na cara.

    Gosto de ver uma cara bonita mas confesso que nunca votei em ninguem por causa disso...qd ñ gosto da musica ñ gosto e ñ é pela beleza que me levam lá.

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  2. Eu pessoalmente não sofro muito desse problema de ter de ohar para as caras e assim, porque, eu já por mim mesmo, tenho fostos muito difíceis, eu por exemplo achei bué chocha a música da Lituânia o ano passado, mas não vou negar que ele tinha boa cara, por outro lado, odiei ou pelo menos não suportei o Alexander Rybak em 2009, o Farid Flopaddov o ano passado, o Gianluca Bezzina também o ano passado e o Copy-cat do Bruno Mars, o Basim, este ano, para já porque aquele tipo de cara é tão cliché para mim, e depois porque aquelas músicas eram horríveis na minha opinião, principlamente a de 2013 do Azerbaijão, essa então, nem quero se quer relembrar-me disso.

    Por outro lado, houve cantores e cantoras que tinham um ideal de beleza muito diferente e que até conseguiram lugares bastante bons, a Diana Gurstkaya em 2008 pela Geórgia que era cega, a Chiara da Malta, em 1998 e em 2005, e muitos outros também.

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