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[Crónica] ESC 2014: comentários à segunda semifinal


Finalmente, aconteceu, a segunda semifinal eurovisiva, que decorreu ontem. Mais uma vez, a DR, emissora dinamarquesa, mostrou-se capaz para enfrentar esta grande produção televisiva, superando todos os erros de apresentação dados na primeira emissão deste ano. Tirando a parte das atuações, o act interval, com a cantora australiana, foi o melhor momento da noite. No entanto, a atuação inicial começou bastante bem e bastante ensaiada - ainda que já tenha visto melhor no festival.


Em relação aos apresentadores, notei um maior à vontade frente das câmaras, estavam mais naturais a falar, mas "brincaram", entre si, menos, o que, de facto, foi uma pena porque todos eles parecem ser bastante simpáticos e acessíveis. Os postcards continuaram na mesma linha, o que achei positivo e diferente do que já foi feito.


Como uma opinião geral do evento, tenho a salientar que a Dinamarca, pelo menos, superou as expectativas e deu um "bailinho" à Suécia em efeitos cénicos em palco. Já os planos de câmara, tanto na primeira como na segunda semifinal, deixaram a desejar - o que fez com que algumas atuações não fossem valorizadas como outras foram.

Em relação às atuações, tudo começou com a Malta, que começou tremido mas que eles lá conseguiram dar a volta. A ideia das selfies não correu assim tão bem como era esperado, no entanto seria uma afronta se "Coming Home" não fosse à final - sendo que a sua passagem foi mais que justa. No entanto, não se pode falar em justiça quando se trata de Israel: Mei Finegold mostrou-se uma grande intérprete, em que os seus graves foram super sedutores e conseguiu arrebentar a arena - fazendo com que eu gostasse um pouco mais da canção, que admito não ser fã. Foi, de facto, uma injustiça e merecia, com toda a certeza, a passagem à final.


Já a Noruega conseguiu uma excelente atuação e notou-se que Carl esteve a ensaiar demasiado para que a voz saísse mais natural do que saiu no Melodi Grand Prix. Já o mesmo não posso dizer da Geórgia, que, apesar de terem tido uma excelente prestação vocal, só mostraram confusão em palco e todas as pessoas ficaram sem saber o que dizer sobre a mesma. Por fim, e encerrando o primeiro lote desta semifinal, a Polónia mostrou-se competente e demasiado sensual, e devido à sua fama conseguiu chegar à final - no entanto, considero que países como Israel merecia mais a passagem. E faço o mesmo comentário para a prestação da Bielorrússia.


Já a Áustria, tenho um comentário dedicado a fazer: fantástico, perfeito, algo de outro mundo, não tem explicação! É por estas atuações que amo, ainda mais, a Eurovisão... A Conchita Wurst deu uma chapada valente a muitas pessoas preconceituosas, que só estão bem em falar mal. E, em relação a quem gosta de falar dela só por causa de ser travesti, aqui vos pergunto: Isto não é um concurso de música? Será que o género é assim tão importante? Cada um com as suas escolhas e ideias. Isto não é um programa para o melhor travesti europeu, é sim para a melhor música da Europa. Por isso, atenção: ela vai ganhar, e vai ganhar muito bem!


O mesmo comentário que fiz à Geórgia, faço à Lituânia: mas que atuação foi aquela? E, neste caso, que fatos horríveis eram aqueles? Chamaram a atenção, sim, mas pelas piores razões! No entanto, a maior desilusão foi a Irlanda, em que a vocalista se fartou de desafinar - o que não me surpreende, mas que também não me deixa apático: das piores atuações irlandesas feitas no ESC. Outro grande medo foi a Macedónia, pois Tijana não estava nada natural e com uns movimentos corporais bem estranhos - apesar de saber que faziam parte da coreografia.


Em relação à Finlândia, ainda que não estivesse a 100% vocalmente, os efeitos visuais estiveram fantásticos e superaram tudo nesta semifinal. Em relação a efeitos e a exploração do palco também temos um bom exemplo, a Grécia: os artistas não começarão bem, mas lá conseguiram dar a volta.
     
Por fim, a Roménia e a Eslovénia estiveram bastante felizes ontem: tenho a destacar os efeitos no chão com a Eslovénia e a coreografia de mãos de Paula Seling, da Roménia. Já a Suíça, começou em grande e acabou em grande: Sebalter deu uma lição de como se faz boa música a muitos artistas que andam aí.


Como comentário geral, era uma semifinal bem previsível. Tenho a destacar o Sebalter da Suíça, que, depois da Conchita, foi o melhor da noite. A Noruega teve também impecável. Grande, e também excelente, surpresa foi a passagem da Eslovénia. A maior desilusão da noite foi, sem dúvida, a Irlanda, com tantos desafinanços.

Vídeos: Youtube
09/05/2014
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  1. Na minha opinião, os melhores da noite foram a Grécia e Austria.

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