2007 – A Europa quase aceitava o nosso convite de dança
Quem se encontrava confiante para a final do FC eram Filipa Cardoso e Edmundo Vieira, que revelavam não ter ensaiado muito. Os cantores vinham de mundos completamente diferentes (ela do Fado e ele da pop) mas achavam que iriam conseguir reunir a preferência do país e, assim, ir a Helsínquia. Os dois juntaram-se a convite do compositor da música e acreditavam que o facto de esta ser bastante inovadora (uma mistura de pop e fado) levava a que os portugueses cedessem assim ao voto na canção número 1.
Na sua edição online, o DN salientava a organização do FC 2007, levada a cabo por Eduardo Madeira e António Feio. Neste ano, o vencedor foi escolhido exclusivamente por televoto, e o espetáculo montado à volta do festival foi uma espécie de peça de teatro musical cómica.
As músicas a concurso na edição de 2007 eram as seguintes:
Canção nº 1 – “Desta Vez” – Filipa Cardoso e Edmundo Vieira
Canção nº 2 – “Piano, Piano” – Marta Plantier e Os Corvos
Canção nº 3 – “Ai Pode” – Luiz e a Lata
Canção nº 4 – “Dança Comigo (Vem Ser Feliz)” – Sabrina
Canção nº 5 – “Chega, Foi Demais!” – Diogo T.
Canção nº 6 – “Dá-me A Lua” – TribUrbana
Canção nº 7 – “Será Cedo?” – Melo D e Elaisa
Canção nº 8 – “Ai De Quem Nunca Cantou” – Teresa Radamanto
Canção nº 9 – “Além Do Sonho” – Henrique Feist e Vanessa Silva
Canção nº 10 – “Na Ilha Dos Sonhos” – Zé P.
“Quando Jorge Gabriel e Isabel Angelino, os apresentadores de serviço, anunciaram quem tinha o passaporte garantido para Helsínquia, caiu um balde de água fria na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Ninguém estava à espera deste resultado”. Foi o que escreveu o 24 Horas, no dia seguinte ao do Festival. Enquanto toda a gente apostava na música número 8, interpretada por Teresa Radamanto, Emanuel acabava por levar para casa a taça de vencedor do FC 2007. A própria Sabrina revelou que não estava à espera e que gostava imenso da segunda classificada, “Ai de quem nunca cantou” e, apesar de estar feliz com a vitória, era essa a música que esperava ter visto ganhar.
Jorge Gabriel, em entrevista à TVGuia, revelava que, para ele, o Festival da Canção sempre foi um grande evento da música portuguesa e que ajudava a dar a conhecer novos cantores e compositores ao país.
A TVGuia dedicava, no dia da partida da cantora e do compositor para a capital finlandesa, uma página para o efeito. Nesta página pode ler-se o entusiasmo de Sabrina na hora da partida mas também o destaque para o facto de Isabel Angelino se estrear nos comentários à Eurovisão a par de Jorge Gabriel.
A mesma revista dedica-se também ao tema Eurovisão para dar destaque ao número de cd-singles distribuídos em 2007. O número normal de cds gravados era de 1000, até 2007; no entanto, nesse ano, e muito por culpa do compositor do tema, foram gravados mais 3 mil que o normal. Foi o próprio Emanuel que se ofereceu para distribuir os 3 mil cds e aproveitou também para dizer à revista semanal que a canção “Dança comigo” iria ter frases em várias línguas (o que se veio a confirmar). A TVGuia aproveitava também para destacar os arranjos feitos na música desde março, quando esta foi votada para representar o nosso país.
A TV7Dias deu grande destaque, na semana eurovisiva, à semifinal em que Sabrina tentou ser feliz e obter um lugar na grande final (o que acabou por não acontecer). Da semifinal, disputada por 28 países, apenas 10 conseguiram o bilhete para a grande final, onde já estavam os 14 melhores classificados do ano anterior. Emanuel, o autor da canção interpretada por Sabrina, dizia-se bastante feliz e revelou à mesma revista que aquela tinha sido uma das melhores vitórias que havia alcançado em toda a sua carreira. O cantor português elogiou bastante Sabrina na mesma publicação, afirmando que a jovem é bastante carismática e uma excelente cantora.
Os dias em Helsínquia foram, segundo Sabrina e Emanuel, muito bons, tendo em conta o facto de as pessoas os reconhecerem na rua e cantarem a música a concurso, segundo adiantava o extinto 24 Horas. Sabrina dizia receber imensos elogios por parte das restantes comitivas, que diziam também que a música era uma das melhores que Portugal enviara nos últimos tempos. Apesar de estar confiante na passagem à final, a jovem cantora preferia “manter os pés assentes na terra”, uma vez que era “uma Europa inteira a votar e Portugal é um país pequenino”. Na altura, foram vários os jornais que compararam as músicas portuguesa e norueguesa (“Ven a bailar conmigo”), no entanto, Sabrina esclareceu que são bastante diferentes sendo que a música nórdica está mais ligada a ritmos latinos.
Outro ponto de destaque da representação portuguesa foi a imagem “provocadora”, como lhe chamava o jornal, de Sabrina, que se apresentava com um vestido curto e branco. O criador João Rôlo afirmava querer ver Portugal deixar de parte a ideia que os europeus têm de ser um país antiquado.
“A nossa canção foi das mais aplaudidas. Todos os países do Leste passaram, eles votam uns nos outros”. Sabrina afirmou ter sido tratada como uma estrela apesar de se ter dito bastante triste pela não passagem à final.
Apesar de ter sempre acreditado na passagem à final, Sabrina disse que o resultado lhe soube a uma vitória tendo em conta que deu o seu melhor, e, como a mesma afirmou ao 24 Horas, “quem dá o que pode, a mais não é obrigado”.
O jornal destacava também a tradição de Portugal ficar de fora das grandes finais eurovisivas desde que a regra das semifinais fora aplicada em 2004.
É visível o cada vez menos interesse do público português, e neste caso da imprensa, no festival tendo em conta o facto de que só a publicação online do CM deu a notícia de que a Sérvia venceu o ESC 2007.
“A Sérvia venceu ontem o Festival Eurovisão da Canção, que juntou 24 concorrentes de vários países em Helsínquia, na Finlândia.” Foi assim apenas que o CM anunciou a vencedora do ESC 2007 dizendo depois também (noutra frase de uma linha) que a Ucrânia tinha ficado em 2º lugar. Depois de Sabrina ter sido eliminada na semifinal por uma diferença pontual mínima para a Moldávia a imprensa portuguesa deixou o Festival cair no esquecimento não salientando a vitória de “Molitva”.
2008 – O ano em que a Europa se rendeu à nossa “Senhora do Mar”
A TV7Dias destacou as 10 músicas que se apresentaram em mais uma edição do Festival da Canção, novamente produzidas por compositores previamente convidados pela RTP. Na página dedicada ao efeito, tinha também destaque a apresentadora. Sílvia Alberto voltava ao pequeno ecrã depois de umas férias e ia encontrar alguns dos “seus meninos” da Operação Triunfo, uma vez que muitos foram convidados a participar na edição de 2008 do FC, desde logo a grande vencedora, Vânia Fernandes, mas também Ricardo Soler e Alex Smith.
As músicas a concurso no ano de 2008 eram:
Canção nº 1 – “Em Água E Sal” – Marco Rodrigues
Canção nº 2 – “Cavaleiro da Manhã” – Carluz Belo
Canção nº 3 – “Por Ti Portugal” – Big Hit
Canção nº 4 – “Lisboa Não Sejas Francesa” – Ponto de Encontro
Canção nº 5 – “Senhora do Mar” – Vânia Fernandes
Canção nº 6 – “Do Outro Lado da Vida” – Vanessa
Canção nº 7 – “Canção Pop” – Ricardo Soler
Canção nº 8 – “Obrigatório Ter” – Alex Smith
Canção nº 9 – “O Poder da Mensagem” – Tucha
Canção nº 10 – “Magicantasticamente” – Blá Blá Blá
Depois da vitória no Festival da Canção em 2008, Vânia Fernandes descreveu a música que interpretou como “música da pesada”. No concurso, a madeirense esteve acompanhada pelos colegas da "Operação Triunfo", como backing vocals. Foi Carlos Coelho, o letrista de "Senhora do Mar", que aconselhou a artista a selecionar os seus melhores amigos, porque a semana do Festival seria bastante exigente emocionalmente.
A TV Guia destacava o facto de Vânia estar a cantar juntamente com o seu namorado, Luís. A madeirense revelou à revista que não o escolheu por este ser seu namorado, mas sim pelo facto de ser um bom cantor e ser isso aquilo de que os coros precisam. Vânia disse ainda que nunca pensou vencer a "Operação Triunfo" e muito menos o Festival da Canção, que, apesar de ter caído um pouco no esquecimento do público português, não deixa de ser um festival histórico no nosso país.
José Fragoso, diretor de programas da RTP, dizia que era muito difícil ganhar na Sérvia, no entanto ”nada melhor do que ir a votos” e tentar conseguir o melhor lugar possível na Eurovisão.
Na mesma publicação, havia ainda referência a outras músicas já apuradas para a Eurovisão, nomeadamente as duas mais polémicas: a espanhola e a irlandesa. "Baila el chiki chiki" e "Ireland Douze Points" eram destacadas por serem diferentes e terem ritmos bastante arrojados. Também a música norueguesa era salientada pelo facto de ser uma balada mais aproximada àquilo que era a nossa música.
Pouco antes da semifinal em que Portugal estaria, Isabel Angelino, responsável pelos comentários relativos ao ESC, dizia-se confiante na música de Vânia Fernandes e dava certezas de um bom resultado em Belgrado. A cantora adiantava à TVGuia que iria haver muitas surpresas, desde logo um vestido fantástico e várias máquinas de vento, que dariam um ar diferente à atuação, mas mais nada poderia ser revelado ainda.
A TV7Dias voltava a dar destaque à cantora portuguesa, dizendo que esta promoveu a sua música noutros países (facto que não é de todo normal no que às nossas músicas diz respeito). Avançava a revista o facto de a cantora madeirense ter estado na Bulgária e em Malta, e dizia também que “os últimos são os primeiros” e uma passagem à final já teria “um gostinho a vitória”. Vale a pena referir que, enquanto esteve na Bulgária, Vânia cantou ao lado de Mariana Popova, representante búlgara em 2006, um novo tema desta última, em português.
Ainda nessa publicação, Vânia Fernandes dizia que iria dar o seu melhor, que nunca pensou vencer o FC e que, por isso, era estranho estar a representar não só ela e os compositores do tema, mas também “um país inteiro cheio de talento”.
Houve um pequeno destaque na nossa imprensa para a primeira semifinal (a partir deste ano, os países seriam divididos em duas semifinais), destacando os países que se qualificaram. Também se referia o facto de Portugal participar na segunda semifinal, dois dias depois (a 22 de maio), e de ter de ficar nos 10 primeiros lugares para conseguir apurar-se para a grande final, cuja realização se mantinha ao sábado.
Depois da semifinal, o 24 Horas destacava na sua edição o facto de Portugal ter sido o último país a pisar o palco e também o último a ser anunciado como finalista. Quem é o português que não se lembra do último envelope? E do momento em que, na Sérvia, a apresentadora perguntava “Quem é que querem ver na final?” e toda a gente respondia “Portugal”? Depois de fazer esta pergunta umas quantas vezes, a apresentadora acabou por tirar de vez o papel do envelope, fazendo as delícias dos espetadores presentes ao anunciar “Senhora do Mar” como das canções finalistas da edição de 2008 do Festival Eurovisão da Canção (reveja esse momento mágico em baixo)! O jornal classificou a prestação de Vânia Fernandes como irrepreensível.
Foi o mesmo jornal que, no dia da final, salientou o facto de Vânia não ter festejado efusivamente a passagem à grande final. A cantora ficou-se por beber chá e conversar com os amigos, de modo a manter a saúde das suas cordas vocais tendo em conta a dificuldade que é cantar “Senhora do Mar”.
Depois da final, o 24 Horas foi quem mais destaque deu ao 13º lugar e aos 69 pontos alcançados por Portugal e à vitória russa. Na notícia, pode ler-se a comprovação de que Portugal nunca havia ido à final desde que o sistema das semifinais fora imposto e o facto de a canção de Vânia Fernandes ter sido considerada a melhor pelos jornalistas em Belgrado. Na mesma notícia, lê-se ainda sobre o regressado Dima Bilan, que acabou por levar para casa o desejado troféu.
Por curiosidade, "Senhora do Mar" não foi a única canção desta edição ligada à língua portuguesa. A canção sérvia, "Oro", que conseguiu finalizar em 6º lugar, ganhou antes da Eurovisão uma versão na língua de Camões.
2009 – Do tradicional às lágrimas e daí a um bom lugar
27 de Fevereiro foi a data em que subiram ao palco do Teatro Camões, no Parque das Nações, em Lisboa, as músicas que competiam por um lugar em Moscovo, na Eurovisão do mês de maio seguinte, tentando superar o brilhantismo de “Senhora do Mar”. Sílvia Alberto voltou a apresentar a competição.
Pela primeira vez, o Festival da Canção teve uma eliminatória online. A meio de janeiro, a RTP colocou no seu site metade das 24 canções escolhidas pelo júri de seleção (Fernando Martins, Ramón Galarza, Tozé Brito e José Poiares). Depois, os internautas tiveram quase duas semanas para selecionar as 12 finalistas.
Pela primeira vez, o Festival da Canção teve uma eliminatória online. A meio de janeiro, a RTP colocou no seu site metade das 24 canções escolhidas pelo júri de seleção (Fernando Martins, Ramón Galarza, Tozé Brito e José Poiares). Depois, os internautas tiveram quase duas semanas para selecionar as 12 finalistas.
Ao longo de todo esse processo, apontava-se o favoritismo de Luciana Abreu entre o público (que acabou por se verificar na gala em direto) e da quantidade de participantes saídos de programas de entretenimento (Nuno e Fábia, Fernando Pereira, Francisco Andrade, e outros eliminados na votação online, como Sérgio Lucas). Contudo, as atenções entre os fãs pareciam dividir-se entre Luciana e os desconhecidos Flor-de-Lis.
Mais do que falar de música, na imprensa portuguesa falava-se do novo look de Luciana Abreu, tendo em conta o facto de a cantora ter “escondido” o seu novo corte de cabelo com lenços até ao dia do festival (até no seu programa "Lucy" ela tinha a cabeça tapada). Romana, Tayti e Nucha eram igualmente faladas pelo percurso já longo no panorama popular da música portuguesa. Os futuros vencedores da edição não eram sequer mencionados (leia-se, não tinham direito a foto) pela Nova Gente.
Mais do que falar de música, na imprensa portuguesa falava-se do novo look de Luciana Abreu, tendo em conta o facto de a cantora ter “escondido” o seu novo corte de cabelo com lenços até ao dia do festival (até no seu programa "Lucy" ela tinha a cabeça tapada). Romana, Tayti e Nucha eram igualmente faladas pelo percurso já longo no panorama popular da música portuguesa. Os futuros vencedores da edição não eram sequer mencionados (leia-se, não tinham direito a foto) pela Nova Gente.
A concurso estavam:
Canção nº 1 – “Tudo Está Na Tua Mão” – Nucha
Canção nº 2 – “Acordem Olhos Doirados” – Romana
Canção nº 3 – “O Teu Lugar” – Filipa Baptista
Canção nº 4 – “Não Vou Voltar A Mim” – André Rodrigues
Canção nº 5 – “Juntos Vamos Conseguir (Yes We Can)” – Luciana Abreu
Canção nº 6 – “Lua Sem Luar” – Nuno Norte
Canção nº 7 – “Amore Mio, Amore Mio” – Tayti
Canção nº 8 – “É O Amor” – Fernando Pereira
Canção nº 9 – “Amar Mais Forte Que O Vento” – Eva Danin
Canção nº 10 – “Voar É Ver” – Francisco Andrade
Canção nº 11 – “Todas As Ruas Do Amor” – Flor de Lis
Canção nº 12 – “Não Demores (Quero-te Aquecer)” – Nuno e Fábia
Parte daquilo de que a imprensa portuguesa falava depois do Festival da Canção era de Luciana Abreu. A cantora e atriz, que tinha contrato com a SIC até final de 2009, era a grande favorita da noite mas acabou por perder para os Flor-de-Lis. A banda revelação somou 12 pontos do júri e 10 do televoto (sendo que apenas ficou a 2% de distância de Luciana).
Num artigo da TV7Dias, especulava-se que Luciana pudesse assinar contrato com a estação pública assim que acabasse o seu vínculo com a SIC. A jovem confessou que saía do FC com a sensação de ter vencido, isto porque já havia participado no "Ídolos" e, sem ganhar, conseguira chegar muito longe. Na altura do programa, já era reconhecida no mundo da música pelos portugueses e, portanto, achava que a vitória no televoto do Festival lhe iria dar esse mesmo estatuto.
Num artigo da TV7Dias, especulava-se que Luciana pudesse assinar contrato com a estação pública assim que acabasse o seu vínculo com a SIC. A jovem confessou que saía do FC com a sensação de ter vencido, isto porque já havia participado no "Ídolos" e, sem ganhar, conseguira chegar muito longe. Na altura do programa, já era reconhecida no mundo da música pelos portugueses e, portanto, achava que a vitória no televoto do Festival lhe iria dar esse mesmo estatuto.
Aos vencedores da noite é dada uma porção bem mais pequena da página em questão, sendo que é destacado o facto de cantarem em “barzinhos”, como lhes chamam. O grupo revelou à TV7Dias que nunca pensou ganhar o festival e só participou para ver como era.
Na TVGuia, deu-se bem mais ênfase à performance vencedora. A história dos Flor-de-Lis surgiu na revista: como surgiu o nome, como começou o grupo e também o facto de estarem quase a lançar um CD. Pedro Marques, o compositor de "Todas as Ruas do Amor" e membro da banda, desabafava que compôs a música sem pensar em vencer. Pedro disse também que chegaram e “fizeram a festa”, e foi assim que conseguiram levar para a casa o desejado troféu e chegar a Moscovo.
A cantora espanhola, Soraya, mereceu também destaque na imprensa portuguesa, uma vez que tem família no nosso país. À TV7Dias, a cantora afirmou que passava os fins-de-semana e as férias em Portugal e que, por isso, se considerava em parte portuguesa. Daniela Varela teceu elogios à espanhola e disse que iam torcer uma pela outra em Moscovo. Soraya Arnelas disse ainda que nunca tinha sonhado com uma carreira na música até ver o anúncio para a "Operação Triunfo", onde acabou por alcançar um excelente segundo lugar. Também não era a primeira vez que recebia a proposta para se candidatar a representar a Espanha, mas na altura ainda não se sentia preparada, confessou.
“Flor-de-Lis emocionados”: é assim que o 24 Horas intitula o seu artigo no dia seguinte à passagem do grupo à grande final do Festival Eurovisão da Canção. O extinto jornal refere as declarações de Daniela Varela, vocalista do grupo, que afirmava que o objetivo principal estava cumprido, ou seja, a passagem à final, e que a vitória era “outra história”. A cantora dizia ainda querer trazer de Moscovo “a melhor classificação possível”.
A final do ESC foi vista por mais de 1 milhão e 200 mil pessoas e foi o segundo programa mais visto do dia. “Como antigamente, os portugueses voltaram a ficar agarrados ao festival da Eurovisão”, diz o 24 Horas. Portugal conseguiu 57 pontos, o que nos conduziu ao 15º lugar. A vitória foi, pela terceira vez, para a Noruega. "Fairytale" somou o maior número de pontos da história: 387.
Mas a vitória de Alexander Rybak, que boas audiências deu à RTP, teve também polémica à mistura. O 24 Horas avançou que o presidente do júri russo abdicou do seu cargo depois de admitir que a votação poderia ser afetada pelo facto de ter convidado o cantor norueguês para almoçar.
Mas a vitória de Alexander Rybak, que boas audiências deu à RTP, teve também polémica à mistura. O 24 Horas avançou que o presidente do júri russo abdicou do seu cargo depois de admitir que a votação poderia ser afetada pelo facto de ter convidado o cantor norueguês para almoçar.
Esta não foi a única polémica que marcou a edição de 2009 do Festival. No dia da final (16 de maio), um grupo de 20 ativistas gay tentou realizar uma parada em Moscovo, aproveitando o facto de as atenções internacionais estarem voltadas para a Rússia por causa do certame. A manifestação foi rapidamente dissolvida pelas autoridades.
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