VÁRIAS DESISTÊNCIAS PARA O ESC2014
A febre eurovisiva está a chegar. E com ela chegam as novidades da nova organização: já conhecemos, por exemplo, o slogan, o logotipo e a imagem gráfica. E ao longo das últimas semanas as emissoras dos vários países têm-se manifestado acerca da sua presença ou ausência na próxima edição do concurso. Até ao momento 37 países já confirmaram a sua presença em Copenhaga. E para felicidade de todos os eurofãs portugueses, Portugal está incluído nesta lista (talvez a RTP tenha reflectido nas várias razões que enumerei na iniciativa “E é por isto que lá devíamos estar…”) … E estamos! Já estamos no ESC 2014.
Portugal e Bósnia & Herzegovina fazem, para já, parte da lista dos regressos, aguardando ainda a possibilidade de ingressão da Polónia que está, há 2 anos, fora do concurso. Na Croácia, Bulgária, Chipre e Sérvia a decisão final apontou numa outra direcção: a desistência do ESC. A Turquia e a Eslováquia, que tão adoradas por mim foram em 2011, continuam de fora.
Por mim, quantos mais países participarem melhor: o importante é a complexidade da cultura eurovisiva. Concordo que, com a suposição da presença de países como Cazaquistão ou Kosovo, o certame começa a deslocar-se da sua área geográfica que a caracteriza: a Europa. Mas, por outro lado, teríamos um festival ainda maior e mais diversificado (as 2 horas de cada semi final e as 3 horas da final passam a voar…). Portanto, é certo que fico triste com estas desistências.
Todos os quatro países apontaram como principal razão para a sua retirada as dificuldades financeiras. Ora, neste sentido, tiro o chapéu à RTP, que encarou o ESC, este ano, como uma prioridade, (apesar de Portugal ser um país que ainda atravessa problemas económicos) deixando assim para trás a realização de outros projectos, tal como referiu o próprio Hugo Andrade, director de programas da estação pública.
A Croácia aponta também os maus resultados como motivo complementar para a sua desistência do certame. Tendo em conta os últimos anos, poderei concordar que este, de facto, é o país que fará menos falta, uma vez que não tem sido bem-sucedido tanto nos resultados como no carisma que coloca nas suas apostas.
A Bulgária baixou os braços. Penso que o problema foi a elevação da fasquia em 2013: com a aposta na dupla que, em 2007, arrecadou o melhor resultado até hoje para o país, a esperança da repetição do sucesso era esperada pelos Búlgaros. No entanto, não conseguiram passar das semifinais. Neste caso, eu apontaria o exemplo de São Marino, que, com a participação em 2011 e 2012 de Valentina Monetta, e as duas sucessivas retidas na semi-final (apesar de uma delas não ter sido merecida), Valentina volta em 2014 com o lema “não há duas sem três”, tentando novamente a sua sorte. A Bulgária poderia ter a mesma garra e não desistir por um mau resultado em 2013.
Ainda há esperança para o Chipre, que, apesar de tudo, já confirmou a sua desistência. Contudo, um canal privado cipriota ofereceu-se para organizar uma final nacional e levar o país ao certame, assumindo todos os custos da deslocação. Resta saber a resposta por parte do Chipre, que espero que seja positiva. É ainda mais evidente a catástrofe económica que este país atravessa, mas ao recordar actuações como Christos Mylordos e Ivi Adamou, torço bastante pela aceitação da referida proposta.
A desistência da Sérvia foi, sem dúvida, aquela que mais me surpreendeu. Para comentar esta decisão aponto apenas uma palavra: amuo. A Sérvia é um dos meus países favoritos na Eurovisão. Em 2012, se não fosse a inquestionável e arrebatadora vitória de Loreen, a Sérvia arrecadaria o seu segundo troféu, com a serena mas marcante actuação de Željko Joksimović. Em 2013, as Moje 3 ficaram-se pela semi-final. Na altura, uma das integrantes do grupo apontou a discriminação pela língua de origem como principal motivo da desvalorização da sua canção. Ora, para mim, razão essa completamente absurda, uma vez que a Sérvia apresentou sempre o seu dialecto desde a sua participação como país independente e não foi por isso que deixou de obter bons resultados, alcançando até uma vitória com a imortal “Molitva”. Apesar de tudo isto, a Sérvia decidiu “dar a desculpa do costume”, apontando, para a sua desistência, razões financeiras e falta de patrocinadores. Apenas espero deste país que não siga o caminho da Turquia, que queria a vitória em Baku, não reapareceu no ano seguinte por “birra” e agora não há forma de voltar.
Por agora, resta-nos aguardar até Janeiro, pela lista definitiva de participantes e torcer para que a mesma se alargue. Portugal já lá está e que tão cedo de lá não saia.
Portugal e Bósnia & Herzegovina fazem, para já, parte da lista dos regressos, aguardando ainda a possibilidade de ingressão da Polónia que está, há 2 anos, fora do concurso. Na Croácia, Bulgária, Chipre e Sérvia a decisão final apontou numa outra direcção: a desistência do ESC. A Turquia e a Eslováquia, que tão adoradas por mim foram em 2011, continuam de fora.
Por mim, quantos mais países participarem melhor: o importante é a complexidade da cultura eurovisiva. Concordo que, com a suposição da presença de países como Cazaquistão ou Kosovo, o certame começa a deslocar-se da sua área geográfica que a caracteriza: a Europa. Mas, por outro lado, teríamos um festival ainda maior e mais diversificado (as 2 horas de cada semi final e as 3 horas da final passam a voar…). Portanto, é certo que fico triste com estas desistências.
Todos os quatro países apontaram como principal razão para a sua retirada as dificuldades financeiras. Ora, neste sentido, tiro o chapéu à RTP, que encarou o ESC, este ano, como uma prioridade, (apesar de Portugal ser um país que ainda atravessa problemas económicos) deixando assim para trás a realização de outros projectos, tal como referiu o próprio Hugo Andrade, director de programas da estação pública.
A Croácia aponta também os maus resultados como motivo complementar para a sua desistência do certame. Tendo em conta os últimos anos, poderei concordar que este, de facto, é o país que fará menos falta, uma vez que não tem sido bem-sucedido tanto nos resultados como no carisma que coloca nas suas apostas.
A Bulgária baixou os braços. Penso que o problema foi a elevação da fasquia em 2013: com a aposta na dupla que, em 2007, arrecadou o melhor resultado até hoje para o país, a esperança da repetição do sucesso era esperada pelos Búlgaros. No entanto, não conseguiram passar das semifinais. Neste caso, eu apontaria o exemplo de São Marino, que, com a participação em 2011 e 2012 de Valentina Monetta, e as duas sucessivas retidas na semi-final (apesar de uma delas não ter sido merecida), Valentina volta em 2014 com o lema “não há duas sem três”, tentando novamente a sua sorte. A Bulgária poderia ter a mesma garra e não desistir por um mau resultado em 2013.
Ainda há esperança para o Chipre, que, apesar de tudo, já confirmou a sua desistência. Contudo, um canal privado cipriota ofereceu-se para organizar uma final nacional e levar o país ao certame, assumindo todos os custos da deslocação. Resta saber a resposta por parte do Chipre, que espero que seja positiva. É ainda mais evidente a catástrofe económica que este país atravessa, mas ao recordar actuações como Christos Mylordos e Ivi Adamou, torço bastante pela aceitação da referida proposta.
A desistência da Sérvia foi, sem dúvida, aquela que mais me surpreendeu. Para comentar esta decisão aponto apenas uma palavra: amuo. A Sérvia é um dos meus países favoritos na Eurovisão. Em 2012, se não fosse a inquestionável e arrebatadora vitória de Loreen, a Sérvia arrecadaria o seu segundo troféu, com a serena mas marcante actuação de Željko Joksimović. Em 2013, as Moje 3 ficaram-se pela semi-final. Na altura, uma das integrantes do grupo apontou a discriminação pela língua de origem como principal motivo da desvalorização da sua canção. Ora, para mim, razão essa completamente absurda, uma vez que a Sérvia apresentou sempre o seu dialecto desde a sua participação como país independente e não foi por isso que deixou de obter bons resultados, alcançando até uma vitória com a imortal “Molitva”. Apesar de tudo isto, a Sérvia decidiu “dar a desculpa do costume”, apontando, para a sua desistência, razões financeiras e falta de patrocinadores. Apenas espero deste país que não siga o caminho da Turquia, que queria a vitória em Baku, não reapareceu no ano seguinte por “birra” e agora não há forma de voltar.
Por agora, resta-nos aguardar até Janeiro, pela lista definitiva de participantes e torcer para que a mesma se alargue. Portugal já lá está e que tão cedo de lá não saia.
Imagem: Google
04/12/2013
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