Novidades

latest

A Eurovisão e o Festival da Canção na imprensa nacional - 1990 e 1991


1990 – Há sempre alguém a vencer que não Portugal

     O início da década de 90, para além de ser marcado pela estreia do Eurofestival num país de Leste, pode também ser considerado como o princípio de um período de “sucesso” de Portugal no festival. 
    Os preparativos para o Festival RTP da Canção, que se realizou a 10 de março no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, foram acompanhados por publicações como a TV7Dias que, entre o anúncio dos participantes e respetivas canções, até aos apresentadores – nesse ano, Nicolau Breyner e Ana do Carmo -, salientou a ânsia por uma música com qualidade superior às apresentadas nos anos transatos e a esperança de, em termos classificativos, tirar Portugal dos últimos lugares. 


    Na mesma peça é apresentada a ordem pela qual irá decorrer o espetáculo, descrevendo o próprio genérico da emissão ao pormenor. A abertura conteve imagens de arquivo onde se destacaram as do primeiro dia de emissão da RTP, a inauguração da Ponte 25 de abril e o incêndio do Chiado, findando com imagens da fachada do edifício da RTP, na Avenida 5 de outubro. 
   Esta edição seria marcada por uma homenagem à mítica dupla do cinema, que fez delícias aos miúdos e graúdos, “Bucha e o Estica”, celebrando o 100º aniversário do “Estica”, Stan Laurel. No Casino Estoril também estiveram presentes Serenella Andrade, Ana Zanatti, Helena Ramos, Vasco Granja, entre outros. 
     A lista de participantes foi a seguinte:

Canção nº 1: “Uma Rainha” – Onda Média
Canção nº 2: “Na ilha do Tesouro” – João Paulo
Canção nº 3: “ Essência da Vida” – Karamurú
Canção nº 4: “Via Aérea” – Jorge Fernando
Canção nº 5: “Jú Jú e a sua Banda” – Afonsinhos do Condado
Canção nº 6: “Mais e Mais” – Toy
Canção nº 7: “Sempre (Há Sempre Alguém)” – Nucha
Canção nº 8: “Terceiro Milénio” – Kika
Canção nº 9: “Ele é um Playboy” – Os Helena
Canção nº 10: “Deixa Lá (O Pior Já Passou)” – Sara

     A preocupação em dar a conhecer cada concorrente era uma constante na imprensa portuguesa. Uns mais conhecidos do grande público até então, outros nem tanto. 


    O Diário de Notícias (DN), promovendo uma reportagem mais extensa no dia seguinte, anunciou que a canção vencedora do XXVII Festival RTP da Canção e escolhida para representar Portugal em Zagreb foi “Sempre (Há Sempre Alguém)”, interpretada por Nucha, escrita pelos irmãos Francisco e Frederico Teotónio Pereira, com música de Luís Filipe e Jan Van Dijck e orquestração de Carlos Alberto Moniz.


     Francisco e Frederico Teotónio Pereira descreveram esta vitória como a vitória da democracia, da paz, do amor e da liberdade. Contudo, esta não foi bem aceite por todos. O grupo Os Helena, que ficaram posicionados no quinto lugar, afirmaram mesmo que o júri tinha sido drogado. Após a vitória, houve mesmo quem subisse ao palco para convidar todos para uma “bebedeira” para comemorar o último lugar da Kika.


   Nesta mesma peça do DP, lê-se fortes críticas a esta edição do Festival RTP da Canção, inclusivamente que foi o “pior festival de sempre… pelo menos, até chegar o próximo”, citando Bernardo de Brito e Cunha. Este critica fortemente a apresentação, definindo os apresentadores como desastrados, baralhados, enganados e a corrigirem-se constantemente um ao outro – necessitando mesmo de um terceiro elemento que os corrigisse aos dois. Foca ainda as reviravoltas do regulamento do festival e a falta de alguma regra que diga que “já que se vai fazer a despesa, então ao menos que as canções tenham qualidade”. 


    Viajando para outra final nacional com acontecimentos caricatos, temos a austríaca. Monika Sutter e Peter Risavy, que compõem o duo Duett, estavam a concorrer nesta final. Ao iniciarem a sua atuação, perante a plateia televisiva, Monika desmaiou. O evento continuou na sua normalidade, sendo que saiu daqui vencedora a cantora Simone. Contudo, a persistência de Monika e Peter fez com que os Duett tivessem a possibilidade de repetir a atuação, o que resultou na sua vitória. O júri mudou de ideias, dando-lhes o passaporte directo para Zagreb. 

.
(veja a partir do minuto 1:40)

    Os jornais portugueses chegaram, inclusive, a brincar com a situação, deduzindo que Simone ainda não deveria ter recuperado do choque e estaria, naquela altura, a perguntar-se se não teria sido melhor desmaiar na sua atuação.
   Numa data próxima da realização da Eurovisão, a TV 7 Dias fala da aposta na cantora. Evidenciando a controvérsia do país anfitrião, a Jugoslávia, a revista realça o facto de este país não ser “nem mais nem menos, que um estado dividido em seis repúblicas e duas regiões autónomas, distribuído entre seis grandes grupos étnicos e 18 minorias”. 
   No mesmo artigo, que promove a “magnífica cidade de Zagreb”, é claro o ceticismo da representante portuguesa, assumindo que a canção não tem hipóteses: “Até hoje, os portugueses não tiveram hipóteses no Eurofestival… Por isso, não quero construir castelos no ar”. O carácter opinativo do artigo prevalece até ao seu final, afirmando que os portugueses são os únicos que ainda têm uma réstia de esperança e que iriam, como todos os anos, manter os olhos presos no ecrã.


   Nucha nunca teve a vitória do festival da Eurovisão como algo garantido. No dia da emissão do festival, o DN noticia que a sua própria representante não acreditava na vitória. Esta, para si, era uma “ironia”. Contudo, manifestou a sua vontade ficar posicionada entre os dez primeiros lugares, visto que a realização de vários projetos e o futuro da sua carreira estava nas mãos do desfecho deste festival.


    Nas mudanças que decorreram neste de estreia da Eurovisão num país de Leste, encontra-se a adesão de cinco países desta zona da Europa que não pertenciam à UER mas que iam transmitir o certame: as televisões da União Sovietica (TSS), Checoslováquia (CST), Hungria (MTV), Roménia (TVR), e Bulgária (BT).


     Em Zagreb, palco do 35º Festival Eurovisão da Canção, só um saiu vencedor. Toto Cutugno, que, segundo muitas publicações, não é “tótó” nenhum, sendo que entrou ali para ganhar. O cantor era já considerado um dos mais importantes nomes da cena musical italiana dos últimos 15 anos, e é autor de êxitos como “L’Italiano”, “L’Êté Indien” e “Et Si Tu N’Existais Pas", que também foram dois dos momentos mais marcantes da carreira do famoso Joe Dassin. Até poucos anos antes do festival do qual saiu vencedor, Toto já teria vendido cerca de 60 milhões de discos.


      Interpretando o tema “Insieme”, Toto arrecadou para a Itália a sua segunda vitória, 26 anos depois de Gigliola Cinquentti ter vencido o Eurofestival com “Non Ho l’Etá” (ano de estreia de Portugal no certame). A canção romântica obteve 149 pontos, mais 17 que os segundos classificados (a França e a Irlanda). Logo por aqui se nota que a vitória nunca foi garantida. As surpresas da 35ª edição da Eurovisão foram as boas posições obtidas pela Islândia, pela Áustria e pela Espanha, apesar de ter sofrido com os problemas técnicos, e a má classificação de Israel.


      Quanto a Portugal, não houve novidades. Mais uma vez, as publicações referiram-se ao falhanço do país como algo a que todos já estamos habituados. Nucha, representante portuguesa, foi a 16ª a atuar no palco de Zagreb. Quanto à classificação, nunca chegámos a ver Portugal fugir dos últimos lugares da tabela, apesar de Nucha ter, efectivamente, realizado uma boa atuação. O veredicto final foi um 20º lugar entre 22 países, com apenas nove pontos, que foram dados pela Holanda e Grã-Bretanha.


     Os destaques na organização do evento, que foi a marcante estreia da Eurovisão a Leste, momento em que se levantou “ao que parece de vez, a Cortina de Ferro”, foram o “belo cenário e um bom jogo de luzes, que deram a cor necessária ao acontecimento.”
    A insatisfação lusitana voltou a fazer correr tinta, sendo uma das razões dadas para o nosso constante fracasso a falta de investimento nas participações portuguesas.


     No rescaldo da Eurovisão de 1990, os jornais portugueses, sobretudo o DP, focaram a preocupação crescente em enviar uma música para o festival cujo texto não fosse completamente inócuo, concebendo a canção como uma arma. No artigo lê-se que mesmo que a canção que nos representou fosse boa, “é fácil compreender que não poderia competir com algumas destas componentes, seriamente estudadas.”


      O jornal foca também uma realidade muito discutida até os dias de hoje, ainda que tenham passado mais de vinte anos. O facto de que o nosso país vai ao festival fazer “figura de corpo presente”, tendo a certeza de que nunca iremos ganhar, evocando a necessidade de aproveitarmos as “centenas de milhões que a ele assistem para levarmos até lá uma canção que fosse diferente das outras – porque efetivamente preocupada em ser canção”.

1991 – Uma Lusitana Paixão que fez renascer a esperança da vitória

    A TVGuia fez uma excelente promoção ao Festival RTP da Canção neste ano. Uma peça, com várias páginas, onde cada página correspondia a um dos cantores participantes. Cada uma delas era ocupada com uma breve biografia dos intérpretes, e ainda a letra da canção concorrente. Na parte inferior de cada página constavam pequenos depoimentos dos antigos vencedores do certame.


    Curiosamente, no fim da peça, estava uma tabela, com as canções a concurso e várias características onde os leitores teriam de atribuir a sua votação quando estivessem a assistir ao evento. 
     Foram oito os concorrentes a disputar pelo bilhete para Roma:

Canção nº 1: “No Teu Sorriso” – Mariel
Canção nº 2: “E Até Quando” – Toy
Canção nº 3: “Bye Lili Bye” – T & Gus
Canção nº 4: “Fazer Uma Canção” – Blocco
Canção nº 5: “Lusitana Paixão” – Dulce Pontes
Canção nº 6: “Sem Adeus” – Paula Monteiro e Pedro Chaves
Canção nº 7: “Te Amo e Não Pensei” – Carla Sofia
Canção nº 8: “Com Muito Amor” – Emanuel


    A organização do festival foi feita da seguinte forma: uma primeira parte, com a apresentação das oito canções e uma segunda parte, que antecedeu a votação do júri nacional, que consistiu num espetáculo de variedades, com música, canções e bailados inspirados em alguns dos mais conhecidos filmes portugueses produzidos nos anos 30 e 40, como a Canção de Lisboa (tema “Agulha e Dedal”), Bocage (“O Amor é Cego e Vê), O Costa do Castelo (“Cantiga da Rua”) entre outros.


    Foram convidados artistas nacionais ligados ao festival como Lena d’Água, Nucha e Paulo de Carvalho.


   Do festival, realizado na FIL, saiu vencedora Dulce Pontes, com o tema “Lusitana Paixão”, conquistando o passaporte direto para a Eurovisão, que se estava já agendada para 4 de maio, na Cinecitá, em Roma. O tema vencedor, com letra e música de Fred Micael, Jorge Quintela e José da Ponte, orquestrada por Jorge Quintela, arrecadou 166 pontos do júri nacional, constituído por 198 elementos.
    Em 2º e 3º lugar ficaram os temas “Fazer uma Canção” e “Te Amo e Não Pensei”, de Blocco e Carla Sofia, respetivamente.


    Entre algumas entrevistas dadas aquando da sua vitória, e considerando a sua música um tema relativamente comercial mas que podia não ser de fácil assimilação, Dulce afirmou que, para si, alcançar um bom lugar na Itália era muito relativo e que o que importava mais era o que iria acontecer em cima do palco, e que sentia o peso da responsabilidade que exigia representar o seu país.


    A promoção internacional feita ao tema consistiu unicamente na distribuição de umas capas com cassetes e fotografias.
    Quando foram divulgadas pela RTP as canções concorrentes nesse ano à Eurovisão, contendo, como é habitual, as músicas apontadas como possíveis vencedoras, a TVGuia publicou um artigo onde realçava a participação da França e Inglaterra. A revista deu logo a vitória lusa por algo inatingível, sendo que estava cada vez mais longe, com base na audição das músicas concorrentes.


    O espirito derrotista prolonga-se ao longo de toda a peça jornalística, relembrando os nossos melhores resultados dos anos transatos. Dois sétimos lugares, pertencentes a José Cid e a Carlos Mendes, com a “Festa da Vida”. Este último teve uma palavra a dizer, nesse ano, quanto ao constante insucesso de Portugal. Carlos culpa a falta de interesse e de ambição de quem realiza o Festival RTP da Canção: “Em Edimburgo tínhamos tudo para ganhar o Festival, mas a RTP pedia «Um honroso terceiro lugar»". Ora, quem pede um terceiro não pede um primeiro.” No que toca aos dias de hoje, o intérprete refere que continua a não haver apostas nisto, talvez por não haver estruturas para organizar o certame em Portugal.


      Simone de Oliveira tem a opinião de que o seu nono lugar no Eurofestival teve muita importância: “Foi um «degrauzinho» na minha carreira, sobretudo por ter tido a sorte de interpretar excelentes autores. Aliás, a “Desfolhada” significou uma viragem a nível da canção ligeira portuguesa, e também, em relação à minha forma de estar na canção.” A cantora e atriz afirma que não sabe o que é que nos falta para conseguirmos uma classificação a nível, por exemplo, dos quatro ou cinco primeiros lugares: “É muito complicado. Será um problema político, ou de editoras? Não sei. Era importantíssimo que vencêssemos, seria bom para o intérprete, para a nossa música ligeira e para o país. E era uma forma de promovermos Portugal, que no exterior é mal conhecido.”
      José Cid, relembrando o resultado da sua presença em Haia, refere que em termos de carreira, não significou nada, e que o que restou foram as boas recordações do companheirismo que existia no Eurofestival. Quanto às classificações de Portugal, o cantor é da opinião de que os outros países não votam em Portugal pois sabem que, à partida, não temos condições para organizar o festival seguinte: “Julgo que, neste momento, já temos os meios técnicos e uma boa orquestra para montarmos o espectáculo. Espero que a participação portuguesa consiga uma classificação melhor do que a minha.”


     Dulce Pontes viu na vitória do XXVIII Festival RTP da Canção o início da sua carreira profissional como intérprete, tanto ficou desde logo prometida a gravação do seu primeiro LP após a Eurovisão. Dulce reconheceu que ir representar o país lá fora iria exigir persistência, visto que este é, segundo a mesma, um meio muito violento: “Sem esse espírito mais valia comprar um cão e ficar em casa”.


      A 36ª edição do Festival Eurovisão da Canção realizou-se a 4 de maio, em Roma. A apresentação ficou a cargo dos dois vencedores italianos até à data: Gigliota Cinquentti (1964) e Toto Cutugno, vencedor no ano anterior. A vitória coube a Carola, representante da Suécia, com a canção “Fångad av en stormvind”. Segundo muitos artistas, esta edição do festival foi marcada pela sua desorganização nas questões do backstage.


      Quanto à estada da delegação portuguesa em Roma, esta implicou algum espírito aventureiro. Para além das falhas na organização de que tanto se falou nas publicações, a delegação chegou a perder-se pelas ruas da cidade a altas horas da noite, alcançando o ponto de terem de pedir boleia a um cidadão italiano, por não terem conseguido encontrar uma única paragem de metro, nem nenhum táxi nas proximidades. 
      A vitória sueca esteve envolta em alguma polémica. Carola e Amina, intérprete francesa, estavam a um passo da vitória. Passo esse que foi, nada mais, nada menos, do que um empate.


     Relembramos que, em 1969, quatro canções foram declaradas vencedoras devido a um empate, algo semelhante com o que estava a acontecer em Roma. No entanto, em 1970, as regras foram alteradas para que só um país pudesse ser o vencedor. O critério de desempate formulado nesse ano foi usado pela primeira vez em 1991. Este critério define que seria vencedor aquele que tivesse arrecadado um maior número de 12 pontos. Neste caso, foi tido em conta o maior número de 10 pontos. A Suécia recebeu 10 pontos cinco vezes, enquanto a França recebeu apenas duas. 
     Atualmente, a regra foi reformulada e, se este polémico acontecimento se tivesse passado nos dias de hoje, a França teria vencido, por ter sido votada por 18 países, enquanto a Suécia foi votada por 17.


    Portanto, a expetativa prevaleceu até ao ultimo minuto. Segundo publicações como a TVGuia, Carola não foi a grande vencedora. Amina, tunisina que defendeu as cores da França, sentiu o amargo sabor de uma derrota “certamente injusta, ditada por um regulamento que não admite primeiros lugares ex-aequo.” 
     A intérprete de “Le Dernier qui A Parlé” pronunciou-se, visivelmente revoltada, quanto ao que aconteceu: “Perder para uma canção original, como a de Israel, por exemplo, tudo bem, mas para uma canção feita à pressa, não…” Quando manifestou a sua opinão, Amina aproveitou para dizer que não iria tomar parte no jantar de encerramento do festival, que reuniu as delegações de 22 países. 
      É importante referir também que Amina foi a concorrente que esteve mais em foco na imprensa local, pela sua excentricidade. Um exemplo foi o facto de se ter recusado a deslocar-se no autocarro cedido pela organização, exigindo uma limousine. Outra situação caricata foi a resposta que deu a um jornalista quando este perguntou como é que a cantora se sentia por estar a representar a França sendo tunisina: “Por causa de gente como você é que o muro de Berlim se manteve tanto tempo de pé”.


    Quanto a Carola, à segunda, foi de vez. Carola apresentou-se na Eurovisão pela primeira vez quando tinha 16 anos, em 1983, em Munique. Essa foi a sua estreia como cantora, e classificou-se na terceira posição. Oito anos depois, Carola afirmava que daí para cá, a sua carreira cresceu irremediavelmente, com uma grande estrutura de apoio. O seu estilo teve grandes alterações nesse relativamente curto período de tempo. Passou do rock ao gospel e do pop à música ligeira.


     Contudo, para si o mais importante foi proteger o coração, afirmando que o que é importante para uma vida artística longa é o sentimento de felicidade. Receita para o sucesso? “Uma boa voz, alegria e uma máquina poderosa por trás.”
     Em relação a Portugal, não foi desta que subimos mais alto na tabela de classificações. O veredicto final foi um honroso 8º lugar.
    Segundo o jornal Correio da Manhã (CM), a cantora, vestida de negro por Augustus, proporcionou um bom espetáculo. Cantou com a sua voz profunda uma balada romântica cheia de força. Na publicação é referido que esta foi uma atuação meritória que honrou Portugal, mas, que no entanto, a sua canção “Lusitana Paixão”, “tão batida como o Eurofestival, não ajudou.”


     Dulce foi considerada, nos bastidores, uma das melhores vozes presentes em Roma. E, segundo as publicações analisadas, Dulce revelou estar à altura do acontecimento, fazendo uma brilhante atuação. Quanto aos resultados, a cantora manifestou instantaneamente a sua opinião: “Além de gostar da canção francesa, achava ser a canção sueca a que mais força de festival tinha.”
    A verdade é que a Eurovisão trouxe para Dulce o que ela procurou: uma carreira. Foi algo que conseguimos visionar logo com o finalizar do festival: um digno oitavo lugar, um convite de Toto Cutugno para que Dulce prosseguisse a sua carreira artística em San Remo e um convite, através da Namouche, para gravar com editoras internacionais. “Estou francamente feliz, estava um pouco nervosa, mas senti-me muito bem naquele palco tão teatral. Mais de metade dos países votaram na minha canção. Foi bom! Como contactos foi óptimo! Um mundo aliciante que se pode abrir no panorama da canção internacional. Gravações, São Remo… “, afirma a cantora.


     Atentemos que “desde 1980 que nenhum cantor português ia tão longe no Eurofestival”. Ao contrário do que se esperava e dizia, Dulce foi a Roma arrancar uma das mais destacadas classificações portuguesas de sempre no evento, dando aos portugueses menos esperançosos um leve sabor da vitória, visto que “Lusitana Paixão” tevaqe de competir com muito mais países a comparar com os anos em que Portugal teve resultados igualmente bons.

23/11/2013

Apoio oficial:
OGAE PORTUGAL - [AQUI]

Texto redigido por:
Outros colaboradores da rubrica:

Sem comentários

Enviar um comentário


Não é permitido:

. Publicar comentários de teor comercial ou enviar spam;

. Publicar ou divulgar conteúdo pornográfico;

. O uso de linguagem ofensiva ou racista, ou a publicação de conteúdo calunioso, abusivo, fraudulento ou que invada a privacidade de outrem;

. Desrespeitar o trabalho realizado pelos colaboradores do presente blogue ou os comentários de outros utilizadores do mesmo - por tal subentende-se, criticar destrutivamente ou satirizar as publicações;

. Divulgar informações sobre atividades ilegais ou que incitem o crime.

Reserva-se o direito de não serem publicados comentários que desrespeitem estas regras.

A não perder
© all rights reserved