
Não vamos mais longe… 2013 ofereceu-nos um segundo classificado como há muitos anos não víamos. Uma música bastante bonita e uma atuação que classificamos de fantástica. Poucas são as palavras que nos vêm à cabeça para falar na performance que Farid Mammadov nos ofereceu este ano. “Hold Me” é uma música com poucas características que se destaquem, não nos convence à primeira audição e, apesar de gostarmos dela previamente, foi com a atuação eurovisiva que passámos a vê-la “com outros olhos”. Ainda nos está a “dar a volta à cabeça” o “gémeo” do Farid dentro daquela caixa de vidro a fazer os movimentos exatos do cantor. Já pensaram no tempo que terá demorado a aperfeiçoar tudo aquilo? Como é que uma música tão simples se transformou em algo tão complexo? Como se não fosse suficiente, Farid ainda nos presenciou com uma voz bastante superior a muitas que o país tem enviado nos últimos anos. O Azerbaijão é um daqueles países que sai constantemente favorecido da Eurovisão (veja-se a quem elegemos como pior vitória de sempre), mas desta vez teve um lugar mais que merecido pela excelente prestação que nos apresentou.
Como portugueses que somos, não podemos deixar de salientar uma canção cujo último lugar obtido nos choca profundamente: “E depois do Adeus” de Paulo de Carvalho. Quem não sabe a letra desta balada que ficou para a história como uma das senhas usadas aquando da revolução de 25 de Abril? Esta posição podia ser explicada por uma fraca exibição eurovisiva, no entanto o que vimos foi uma interpretação de grande qualidade vocal do português. Talvez os europeus tivessem achado a música uma “seca” (coitados, realmente é verdade que eles têm um bocado de dificuldade em reconhecer o talento onde o há), mas de qualquer das maneiras não é justificação para o último lugar. Poucos há que conseguiam fazer um trabalho tão bom como Paulo de Carvalho fez, mas infelizmente nunca iremos deixar de ser o pequeno país do canto da Europa que, por muito que se esforce, não vai vencer a Eurovisão tão cedo.
Lembram-se de uma música que não passava do mesmo tom e era a maior “seca” de sempre? Ninguém dava nada por “Kevdesem” e, no entanto, a canção lá passou para a final não se sabe bem como. Choviam comentários de felicidade nas redes sociais depois de se saberem os resultados, mas outros estavam não tão felizes e incrédulos com esta decisão. Passado o choque da semifinal e depois de uma ida à casa de banho durante os três minutos gregos, começámos a ver a votação e … a Hungria acaba o concurso em 10º lugar. Vejamos os factos: a Hungria raramente vai à final, a Hungria nunca acaba com boas posições e a Hungria levava uma música de que a maioria não gostava. O pouco que se destacava era o background, mas não nos lembramos de ver um país acabar no top 10 graças a isso. Como é que algo tão monótono acaba no top 10? É que neste caso nem se pode falar em vizinhos, o que torna a questão ainda mais difícil de responder.
ENGLISH VERSION
We don’t need to look back … 2013 gave us a second place contestant like we haven’t seen for many years. A lovely song and a performance that we classify as fantastic. There are not many words to describe Farid’s performance this year in Sweden. “Hold Me” is not one of those songs that keeps in your head the first time you hear it and, besides we liked it previously, it was after seeing the eurovision presentation that we started loving it. We are still thinking about how Farid’s “twin” did his exact movements inside that box. Have you ever thought about the time it took to practice that until it got as perfect as it was? How did an ordinary song like that became something so complex? And, as if it wasn’t enough, Farid also provided us his great voice (much better than the singers Azerbaijan usually sent to the show). Azerbaijan is one of those countries that always gets better places than it actually deserves (look at the song we classified as worst winner ever), but this time it got a deserved place!
As portugueses, we must point out a song which shocked us deeply by finishing last: "And E Depois do Adeus" by Paulo de Carvalho. Who does not know the lyrics of this ballad that is in our history as one of the passwords used during the revolution of April 25? This position could be explained by a poor Eurovision performance, however what we saw (we have not seen, but others did) was a great vocal quality of the Portuguese singer. Perhaps the Europeans had found the music boring (poor things, it is true that they have a bit of difficulty to recognize the talent), but either way there is no justification for the last place. There are not a lot of people who could do such a good a job as Paulo de Carvalho did, but unfortunately we will never stop being the little country in the corner of Europe that will not win the Eurovision no matter what.
A SONG THAT SHOULDN'T HAVE BEEN IN TOP10
Do you remember the song that was totally boring? No one would bet in “Kevdesem” and after all the song passed into the final we don’t really know how. In the social networks there were lots of happy comments and even more shocked ones after the final results were known. After the shock and going to the bathroom during those 3 minutes of the final, starts the voting period and… Hungary finishes in 10th place. Let’s fact the facts: Hungary doesn’t go to the final very often; Hungary presented us a song that the majority didn’t like; Hungary doesn’t get a lot of good positions in the contest. The only thing that stood out was the background but we never saw a country ended up in the top 10 because of that. How did anything so boring ended up in top 10? We can’t even blame the neighbors in this case.
Sem comentários
Enviar um comentário
Não é permitido:
. Publicar comentários de teor comercial ou enviar spam;
. Publicar ou divulgar conteúdo pornográfico;
. O uso de linguagem ofensiva ou racista, ou a publicação de conteúdo calunioso, abusivo, fraudulento ou que invada a privacidade de outrem;
. Desrespeitar o trabalho realizado pelos colaboradores do presente blogue ou os comentários de outros utilizadores do mesmo - por tal subentende-se, criticar destrutivamente ou satirizar as publicações;
. Divulgar informações sobre atividades ilegais ou que incitem o crime.
Reserva-se o direito de não serem publicados comentários que desrespeitem estas regras.