Olá a todos,
Já estou em Malmo há três dias, hoje é a festa de abertura do Eurovision Song Contest 2013, e não pensem que Portugal ficou assim ‘tão de fora’ este ano.
Claro que não entramos no festival e não temos música nem artista, mas a verdade é que acabou por surgir, aqui na Suécia, uma mini delegação improvisada, constituída por vários fãs do nosso país.
O que escrevo pode parecer exagero mas os fãs são, de facto, a grande alma deste evento, e não deixa de ser engraçado ver a enorme quantidade de pessoas solidárias e com pena de não estarmos representados este ano.
No Euroclub (sitio onde se encontram artistas, delegações, fãs e imprensa de todos os países), não há dia em que não se ouça o “Bem bom”, “Conquistador”, “Playback”,... e acreditem que ouvir suecos, islandeses, israelitas e noruegueses a tentar cantar as nossas músicas faz-nos sentir que ainda somos parte disto.
Estamos num dos países onde se vive com maior intensidade o festival e o ambiente por aqui ainda é de grande descontração, estando os nervos guardados para a semana que se segue.
Os ensaios correram bem e como é óbvio já se adivinham vencedores, comentam-se desilusões e fazem-se apostas. Não fosse Malmo a dois passos de Copenhaga, muitos são os que dizem que a Dinamarca é a senhora que se segue.
As músicas da Holanda e Itália também estão bem cotadas entre a imprensa e os fãs aqui presentes. No que diz respeito à Itália, após um grande interregno eurovisivo, voltou ao concurso há dois anos e conseguiu um segundo lugar há dois anos e um nono em 2012. Quanto à Holanda a coisa pia mais fininho: não conseguem passar à final do festival desde 2004 e as expectativas com Anouk e o seu “Birds” são mais que muitas.
Outra, mas inesperada, favorita para muitos aqui presentes é a música do Azerbaijão que aposta forte nos efeitos especiais, tentando fazer o festival regressar ao Baku Crystal Hall. “Tomorrow” é a grande surpresa do ano, e por estas bandas tudo cantarola a música de Malta (que, como vão poder ver, é das atuações mais boa onda e descontraídas da competição). Geórgia é um país ao qual ninguém está indiferente, se bem que os ensaios não correram na perfeição. As músicas da Alemanha e Noruega estão também bem cotadas, ao contrário da de Espanha que, para grande tristeza dos fãs espanhóis (e minha também, confesso) é dada como uma das mais fracas dos últimos anos.
A voz da cantora israelita é considerada a melhor voz feminina do festival e a sala de imprensa foi ao rubro quando Moran Mazor improvisou a sua própria versão de “Euphoria” (vencedora de 2012). Já o titulo de melhor voz masculina pertence a Itália e a Marco Mengoni.
Isto é o que se diz por aqui, uma semana após terem começado os ensaios para o maior evento, não desportivo, de televisão a nível mundial. Até às semi finais muita coisa pode acontecer e todas estas opiniões e expectativas podem mudar.
De Malmo para Portugal um grande abraço em nome da (mini e não oficial) delegação portuguesa.
12/05/2012
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