Pedro Granger, apresentador do Festival da Canção e do Eurovision Live Concert 2012 e assumido fã eurovisivo, disse ao Crónicas o que achava sobre a nossa desistência do Festival Eurovisão da Canção. As principais razões da desistência, soluções que o próprio aponta, etc. Pode ler na íntegra as declarações do apresentador e ator de seguida:
"É com pena que vejo a nossa ausência em Malmö no Festival Eurovisão da Canção 2013. Sei que não foi uma decisão fácil para o Hugo Andrade (diretor de programas da RTP), ele próprio que gosta e é um defensor do Festival da Canção, mas a situação da RTP e do país não é de facto a melhor, economicamente falando.
Se penso que se poderia tentar dar a volta e arranjar maneira de ir, a resposta é talvez. Acho que excecionalmente poderíamos tentar escolher internamente um artista (à semelhança da Holanda que escolheu a Anouk, Espanha o ano passado que escolheu Pastora Soler, e tantos outros países) e convidar alguns compositores de maneira a termos uma gala onde depois durante a semana o público poderia votar através de televoto para escolher o seu tema preferido, arranjar patrocinadores ....
Acho que os próprios fãs eurovisivos se deviam ou poderiam mobilizar e propor à RTP maneiras de angariar fundos de maneira a garantir a nossa presença.
Penso que foi uma decisão difícil de tomar e que deve ter custado muito ao Hugo Andrade e acredito que no futuro próximo voltaremos a marcar presença e aí fica o apelo à comunidade eurovisiva portuguesa para que nos juntemos já, agora, de maneira a pensar em maneiras de arranjar fundos e quem sabe até patrocinadores caso o problema financeiro se mantenha em 2014.
Acho triste países que ainda estão piores que nós financeiramente marcarem presença como o Chipre, Espanha e, pelo que tudo indica, a Grécia também. Acho que mandamos a imagem errada para o exterior. Devemos mandar a mensagem de que estamos a poupar e a fazer um esforço mas que estamos vivos e de boa saúde.
Para além disso, este é um programa importantíssimo para a enorme e querida comunidade emigrante que temos por essa Europa fora, e é de facto uma pena não podermos estar mais próximos este ano através do festival.
Quanto aos pessimistas e destrutivos do costume: Músicas boas e más sempre ouve ao longo da nossa história no festival, acho que algumas músicas dos últimos tempos como a da Vânia Fernandes, Filipa Azevedo, Filipa Sousa não nos envergonham nada, muito pelo contrário, e com melhor ou pior pontuação fizeram e fazem sucesso lá fora; e que independentemente das classificações o importante é marcar presença neste evento cultural europeu. Se fossemos ver as coisas pelo prisma de entrar só para ganhar, então a comitiva olímpica portuguesa tinha sido 1% da que foi, deixávamos de ir a Europeus e Mundiais de futebol coisa que não quero que aconteça, também claro, logo eu que sou um aficionado de futebol e acho que é importantíssimo marcar presença em eventos internacionais sejam eles culturais, desportivos, ...).
O que há a fazer é basicamente ver como ir gastando menos dinheiro, como angariar dinheiro e como fazer o festival dar lucro (coisa que penso ser possível);
Há que ter orgulho nas comitivas portuguesas que têm ido e sido conscientes e bastante poupadas a nível de custos, agora é ver o que se pode fazer para optimizar ainda mais isso.
Estamos a falar de um evento que se goste ou não, faz parte da história da nossa televisão e é sem dúvida serviço público, factor de união com a comunidade emigrante, importante para a classe dos músicos portugueses e é um dos 10 programas mais vistos do mundo. Os óscares no ano passado foram vistos por 39 milhões de pessoas, o Eurofestival por mais 120 milhões.
Respeito a decisão da RTP porque sei que foi difícil de tomar e muito ponderado, mas quero acreditar que com o tempo (temos um ano até ao próximo) todos juntos, RTP, artistas, fãs, podem, devem e vão trabalhar em maneiras para tornar o festival viável, lucrativo e ainda com mais qualidade".
Mais uma vez agradecemos ao Pedro Granger pela rápida resposta e pela simpatia!
Acho que os próprios fãs eurovisivos se deviam ou poderiam mobilizar e propor à RTP maneiras de angariar fundos de maneira a garantir a nossa presença.
Penso que foi uma decisão difícil de tomar e que deve ter custado muito ao Hugo Andrade e acredito que no futuro próximo voltaremos a marcar presença e aí fica o apelo à comunidade eurovisiva portuguesa para que nos juntemos já, agora, de maneira a pensar em maneiras de arranjar fundos e quem sabe até patrocinadores caso o problema financeiro se mantenha em 2014.
Acho triste países que ainda estão piores que nós financeiramente marcarem presença como o Chipre, Espanha e, pelo que tudo indica, a Grécia também. Acho que mandamos a imagem errada para o exterior. Devemos mandar a mensagem de que estamos a poupar e a fazer um esforço mas que estamos vivos e de boa saúde.
Para além disso, este é um programa importantíssimo para a enorme e querida comunidade emigrante que temos por essa Europa fora, e é de facto uma pena não podermos estar mais próximos este ano através do festival.
Quanto aos pessimistas e destrutivos do costume: Músicas boas e más sempre ouve ao longo da nossa história no festival, acho que algumas músicas dos últimos tempos como a da Vânia Fernandes, Filipa Azevedo, Filipa Sousa não nos envergonham nada, muito pelo contrário, e com melhor ou pior pontuação fizeram e fazem sucesso lá fora; e que independentemente das classificações o importante é marcar presença neste evento cultural europeu. Se fossemos ver as coisas pelo prisma de entrar só para ganhar, então a comitiva olímpica portuguesa tinha sido 1% da que foi, deixávamos de ir a Europeus e Mundiais de futebol coisa que não quero que aconteça, também claro, logo eu que sou um aficionado de futebol e acho que é importantíssimo marcar presença em eventos internacionais sejam eles culturais, desportivos, ...).
O que há a fazer é basicamente ver como ir gastando menos dinheiro, como angariar dinheiro e como fazer o festival dar lucro (coisa que penso ser possível);
Há que ter orgulho nas comitivas portuguesas que têm ido e sido conscientes e bastante poupadas a nível de custos, agora é ver o que se pode fazer para optimizar ainda mais isso.
Estamos a falar de um evento que se goste ou não, faz parte da história da nossa televisão e é sem dúvida serviço público, factor de união com a comunidade emigrante, importante para a classe dos músicos portugueses e é um dos 10 programas mais vistos do mundo. Os óscares no ano passado foram vistos por 39 milhões de pessoas, o Eurofestival por mais 120 milhões.
Respeito a decisão da RTP porque sei que foi difícil de tomar e muito ponderado, mas quero acreditar que com o tempo (temos um ano até ao próximo) todos juntos, RTP, artistas, fãs, podem, devem e vão trabalhar em maneiras para tornar o festival viável, lucrativo e ainda com mais qualidade".
Mais uma vez agradecemos ao Pedro Granger pela rápida resposta e pela simpatia!
Sem comentários
Enviar um comentário
Não é permitido:
. Publicar comentários de teor comercial ou enviar spam;
. Publicar ou divulgar conteúdo pornográfico;
. O uso de linguagem ofensiva ou racista, ou a publicação de conteúdo calunioso, abusivo, fraudulento ou que invada a privacidade de outrem;
. Desrespeitar o trabalho realizado pelos colaboradores do presente blogue ou os comentários de outros utilizadores do mesmo - por tal subentende-se, criticar destrutivamente ou satirizar as publicações;
. Divulgar informações sobre atividades ilegais ou que incitem o crime.
Reserva-se o direito de não serem publicados comentários que desrespeitem estas regras.